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PLANO DE AULA
Lição 1 – Apocalipse, a Revelação de Jesus Cristo

 Objetivo: O aluno após a aula deverá entender o Apocalipse como uma revelação divina dada a João, o autor terrestre, pelo autor supremo, Jesus, quando o apóstolo estava exilado na ilha de Patmos.

Introdução
Para a glória de Deus chegamos ao início de mais um trimestre do ano de 2012 que, cabalisticamente muitos o mistificam como o ano do fim do mundo, simplesmente porque os maias não completaram o seu calendário, encerrando-o em 21 de dezembro de 2012. Diferente desta idéia hermética, mas com uma simbologia singular o Apocalipse vem nos trazer mensagens de correção, perseverança, atitude, compromisso, transformação, arrependimento e principalmente a manutenção da fé no cordeiro que tira o pecado do mundo, mesmo diante de todas as intempéries desta vida.

O contexto histórico do tempo do escrito da revelação apocalíptica é ao mesmo tempo pitoresco, tanto quanto grotesco. Pitoresco porque nos assusta o alto grau de preocupação e cuidado com as igrejas, algo que visionado com uma óptica cristã vemos a doçura do noivo amado com sua noiva a igreja, a alertando de todos os males que ela deve se desviar e, ao mesmo tempo grotesco porque o contexto ambiental não era tão favorável ao evangelho do Senhor Jesus, já que satanás (Domiciano) o imperador retaliava o povo cristão com perseguição de morte e exílio até o ano de 96 d.C. Período que João termina o escrito da Revelação a cristandade.
Por isso, antes de qualquer ensino feito pelo professor da Escola Dominical neste trimestre sugiro que leia todo o livro de apocalipse, como também, procure se inteirar de todo o contexto do livro e em especial a situação das igrejas que receberam as cartas de Cristo, nosso Senhor.

1º Momento: Após cumprimentar inicialmente o alunado, faça o seguinte questionamento: Alguém poderia dizer o que significa Apocalipse? (Espere as respostas) Depois relacione o nome Apocalipse com a primeira palavra do livro (Ap 1.1) Revelação, veja o artigo A REVELAÇÃO para fazer-se entender aos alunos e dá uma melhor compreensão deste conceito.
Logo depois ponha no quadro a palavra Revelação na forma hebraica (gãlô) e grega (apokálypsis). Trabalhe o significado dessas palavras e faça os comentários que achar pertinente. Para melhor esclarecer use o Artigo da Wikipedia Apocalipse.
2º Momento: Faça a dinâmica A carta do Noivo.
3º Momento: Interaja com os alunos fazendo a seguinte indagação: Quem era João? O que ele estava fazendo na ilha de Patmos? (Espere as respostas) Depois comente sobre o primeiro ponto do segundo tópico da lição.
Faça outra pergunta: Alguém já ouviu falar em Domiciano? (Espere as respostas) Depois comente de acordo com  artigo A Perseguição de Domiciano aos Cristãos. Mostre o contexto histórico da inscrição do livro do Apocalipse, dos problemas que a igreja da época enfrentava e que Domiciano é chamado de Satanás pelo apóstolo João.
4º Momento: Comente sobre o tópico III. Apocalipse o livro profético do Novo Testamento e diga:
“É muito importante notarmos que o livro de Apocalipse não se limita simplesmente a profecia, mas também tem o objetivo de corrigir as distorções doutrinárias e disso iremos falar mais enfaticamente a partir da lição 3. Não diferente dos dias hodiernos, ou seja,  atuais, a Igreja cristã tem inúmeras vezes se associado com a sinagoga de satanás e isso é prejudicial, em alto grau, à saúde espiritual do povo. Vigiemos e estejamos alerta!”
5º Momento: No fim da aula faça uma proposta a seus alunos: Peça-os que pratiquem a leitura diária de um capítulo do livro de Apocalipse.
Se achar pertinente fale com o pastor e lance a proposta para que a Igreja leia a cada culto um capítulo do livro de Apocalipse nos próximos três meses. Minha dica é que seja na hora da leitura oficial do culto, pois a leitura do Apocalipse é edificante para nossa vida espiritual.







SOMENTE EM JESUS TEMOS A VERDADEIRA PROSPERIDADE. Subsídio para Lição Bíblica 1º Trimestre/2012




Do blog do Pr. Altair Germano

Amados, para cooperar com superintendentes e professores de EBD, segue abaixo alguns links de textos publicados neste blog que servirão de subsídio para o preparo da última lição deste presente trimestre:








Abraços,



Lição 11 - Como Acançar a Verdadeira Prosperidade

Rede Brasil de Comunicação

Igreja Evangélica Assembleia de Deus – Recife / PE
Superintendência das Escolas Bíblicas Dominicais
Pastor Presidente: Ailton José Alves
Av. Cruz Cabugá, 29 – Santo Amaro – CEP. 50040 – 000 Fone: 3084 1524

LIÇÃO 11 – COMO ALCANÇAR A VERDADEIRA PROSPERIDADE
INTRODUÇÃO
Já foi explicado ao longo deste trimestre, que a verdadeira prosperidade não consiste em acumular bens ou dinheiro, nem em depositar o coração nas incertezas das riquezas. Por isso, veremos nesta lição, primeiramente, que a verdadeira prosperidade bíblica, contempla as necessidades supridas com a bênção divina por intermédio do trabalho que foi instituído por Deus como uma benevolência antes da “Queda” do homem. Em segundo lugar, analisaremos que, a verdadeira prosperidade fundamenta-se também, na providência de Deus através da nossa obediência à sua Santa Palavra, e concluiremos observando que devemos fazer uso do nosso dinheiro de modo consciente e sábio.

I – OBEDECENDO A DEUS – O SEGREDO DA VERDADEIRA PROSPERIDADE
Já vimos em lições anteriores que existem diversos termos traduzidos do hebraico para “prosperidade” tais como: hadal, “ser próspero”, shalû“prosperidade”, shalew “ser próspero”, shalwâ “ter prosperidade”, sakal, que significa “prosperar”. Percebe-se claramente que nas Sagradas Escrituras, ser próspero não significa, necessariamente, possuir riquezas e bens materiais (Gn 39.2,3; 39.23; Dn 3.30; 6.28; Lc 19-31).

1.1 Nas páginas do AT - A prosperidade depende, exclusivamente, da obediência a Deus, e à Sua Bendita Palavra. “Mas Moisés disse: Por que transgredis o mandado do Senhor? Pois isso NÃO PROSPERARÁ.” (Nm 14.41; Dt 5.32-33; 17.18-20; Dt 29.9; Js 1.7-8; Js 1.8; I Rs 2.3; II Cr 24.20).

1.2 Nas páginas do NT – Da mesma maneira que no AT a prosperidade depende, exclusivamente, da obediência a Deus, e à Sua Palavra, no NT não é diferente. Tão importante quanto compreender e crer nas bênçãos divinas é saber a quem elas se destinam. Ao lermos a Bíblia, vamos encontrar bênçãos para toda a humanidade. Por isso, faz-se necessário analisar a quem essas promessas de bênçãos estão direcionadas . Vejamos: Aquele que é obediente(2 Cor 2:9; Rm 6:12; 16; Gl 3:1; 2 Ts 3:14; Hb 3:18; 1 Ped 1:4); Aquele que é submisso (Mt 11:29: 2 Cor 9:13; Ef. 4:32; Col 3:12-16); Aquele que é humilde(Mt 11:29; 18:14; Lc 1:52; Rm 12:16; 2Cor 10:1; 1 Ped 5:5; Tg 4:10; ); Aquele que não dá lugar a incredulidade (Rm 4:18-20; Hb 3:12,13, 19; Tg 1:6,7).

II – TRABALHANDO – EXERCENDO UMA BÊNÇÃO ENTREGUE POR DEUS
O trabalho é uma bênção de Deus e necessário aos homens. “Pois comerás do trabalho das tuas mãos, FELIZ SERÁS, e te irá bem” (Sl 128.2). “Em todo trabalho há proveito” (Pv. 14.23-a). No hebraico a palavra “ãmãl” é usada para se referir a “trabalho, labuta” (Gn. 41.51; Sl.105.44). A palavra “ergon” do grego denota “trabalho, emprego, tarefa” (Gn. 41.52; Sl. 73.3; Mc.13.34; Jo. 4.34; 17.4; At. 13.2; Fp. 2.30; 1Ts. 5.13). A palavra “katergazomai” também do grego significa “trabalhar para fora, efetuar por labuta”. Deus honra aqueles que trabalham para se manter. “... se alguém não quiser trabalhar, não coma também” (2Ts. 310-b).

2.1 O trabalho veio antes do pecado do homem. Diferente do que algumas pessoas imaginam, o trabalho não é o julgamento de Deus por causa do pecado de Adão (Gn 3.17 19). Se examinarmos corretamente as Escrituras, veremos que Deus colocou o homem no jardim do Éden para o “lavrar e o guardar”, ou seja, para trabalhar antes mesmo da desobediência ao Senhor (Gn 2.15). Adão já trabalhava antes de pecar, cuidando do jardim. Uma das consequências do pecado, além da morte, foi que o trabalho seria “penoso e suado” (Gn 3.19)e isso não significa que ele seja amaldiçoado por Deus. “Não é, pois, bom para ohomem que coma e beba e que faça gozar a sua alma do bem do seu trabalho? Isto também eu vi que vem da mão de Deus” (Ec. 2.24).

2.2 O trabalho não foi o resultado do pecado – Desde a criação de Deus que o homem foi colocado no jardim para “trabalhálo, “cultivá-lo” (Gn 2.15) do hebraico “âbad”. A maldição (Gn. 3.16-17) era apenas “a dor e a fadiga” que haviam de acompanhar o trabalho, não o trabalho em si. Isso é destacado quando Lameque diz, por ocasião do nascimento de Noé, que este “nos consolará dos nossos trabalhos e das fadigas de nossas mãos, nesta terra que o Senhor amaldiçoou” (Gn 5.29).

2.3 O homem “imita” seu criador quando trabalha – Ao trabalhar seis dias e descansar ao sétimo, Israel imitava a Deus ao criar o “kosmos” (Gn 2.1-2)O homem deve descansar, imitando assim a Deus, que “descansou de seu trabalho” (Êx 20.11; Dt 5.14-15). O apóstolo Paulo disse: “Em trabalhos e fadigas...” (2Co. 11.27-a).

2.4 Deus honra aquele que trabalha – Temos vários exemplos na Bíblia, de homens que sempre trabalharam para se manterem e não serem “pesados aos seus irmãos”, como por exemplo: Davi era pastor de ovelhas (1Sm 16.19, 2Sm 7.8), Amós ganhava a vida como boieiro (Am 1.1), Jesus era carpinteiro (Mt. 13.55; Mc. 6.3), Paulo era fabricante de tendas (At.18.1-3). “Vós mesmo sabeis que, para o que me era necessário, a mim e aos que estão comigo, estas mãos me serviram” (At 20.34). “Trabalhando com nossas próprias mãos” (1Co 4.12-b). “Porque bem vos lembreis, irmãos, do nosso trabalho e fadiga; pois, trabalhando noite e dia, para não sermos pesados a nenhum de vós...” (1Ts 2.9). “...nem, de graça, comemos o pão de homem algum, mas com trabalho e fadiga, trabalhando noite e dia, para não sermos pesados a nenhum de vós”(2Ts
3.8).

III – FAZENDO USO DO DINHEIRO DE FORMA SÁBIA
Ser próspero é também saber utilizar de forma sábia o dinheiro. Analizemos alguns pontos importantes:

3.1 Provisão familiar (Alimentação, saúde, moradia, vestes, etc.) - 1Tm 5.8“Mas, se alguém não tem cuidado dos seus, e principalmente dos da sua família, negou a fé, e é pior do que o infiel.”

3.2 Contribuir com a obra de Deus (Dízimos e ofertas) – Pv 3.9 “Honra ao Senhor com a tua fazenda e com as primícias de toda tua renda” Ml 3.10“Trazei todos os dízimos à casa do tesouro, para que haja mantimento na minha casa, e depois fazei prova de mim nisto, diz o senhor dos exércitos, se eu não vos abrir as janelas do céu, e não derramar sobre vós uma bênção tal até que não haja lugar suficiente para a recolherdes.”

3.3 Pagar as contas pontualmente (Bom testemunho) - Pv 3.28 “Não digas ao teu próximo: vai, e volta amanhã que to darei, se já o tens contigo.”

3.4 Ajudar ao próximo (Comunhão) - At 2. 44-45 “Todos os que criam estavam juntos e tinham tudo em comum. Vendiam suas propriedades e fazendas e repartiam com todos, segundo cada um tinha NECESSIDADE.”Mt 5.42 “Dá a quem te pedir, e não te desvies daquele que quiser que lhe emprestes”.

IV - FAZENDO MAL USO DO DINHEIRO
Ser próspero, também é saber utilizar os recursos financeiros com sabedoria. Vejamos alguns problemas do mal uso do dinheiro:

4.1 Consumismo - De acordo com o Aurélio, consumismo é o “Sistema que favorece o consumo exagerado” é a “tendência a comprar exageradamente”. A Bíblia adverte: “O que amar o dinheiro nunca se fartará de dinheiro; e quem amar a abundância nunca se fartará da renda; também isto é vaidade”(Ec 5.10). Alcançar todos os bens que se deseja não confere a ninguém a satisfação plena. O apóstolo Paulo encontrou na pessoa de Cristo, o equilíbrio no que tange às coisas materiais (Fp 4.11): “...aprendi a contentar-me com o que tenho”.

4.2 Avareza - É o amor ao dinheiro, que causa uma verdadeira escravidão e dependência. “Por que o amor ao dinheiro é a raiz de toda espécie de males; e nessa cobiça alguns de desviaram da fé e se transpassaram a si mesmos com muitas dores” (I Tm 6.9,10). Deus não condena o dinheiro em si, mas, a ambição, cobiça, exploração, e usura. Abraão era homem muito rico; Jó era riquíssimo, antes e depois de sua provação (Jó 1.3,10); Davi, Salomão e outros reis acumularam bens e nenhum deles foi condenado por isto. O que a Bíblia condena é a ambição desenfreada pelos bens (Pv 28.20; Dt 8.11; Pv 11.28; Mc 4.19; Pv 23.4,5; Pv 28.11; Pv 5.10).

4.3 Dívidas - Muitas pessoas estão em situação difícil, por causa do uso irracional de benefícios oferecidos como facilidades pelo comércio, tais como: cartão de crédito, cheque, crediário, empréstimos, etc. As dívidas podem provocar muitos males, tais como: desequilíbrio financeiro, inadimplência, intranquilidade; provocando até certos aparecimentos de doenças, desavenças no lar; perda de autoridade e o mau testemunho perante os ímpios (Pv 6.1-5; 11.15). “O rico domina sobre os pobres, e o que toma emprestado é servo do que empresta” (Pv 22.7).

CONCLUSÃO
Podemos concluir que, para sermos bem-sucedidos, precisamos confiar na suficiência e providência de Deus mediante nossa obediência a sua bendita Palavra (Nm 14.41; Dt 5.32-33; 17.18-20; Dt 29.9; Js 1.7-8; Js 1.8; I Rs 2.3; II Cr 24.20). Conscientizarmo-nos de que o trabalho foi instituído por Deus antes mesmo da Queda do homem como uma bênção do Senhor (Gn 2.15; 3. 17-19) e que, devemos fazer uso do nosso dinheiro de modo consciente e sábio para glória do nome do nosso Deus. “Portanto, quer comais, quer bebais ou façais qualquer outra coisa, fazei para glória de Deus” (1Co. 10.31).

REFERÊNCIAS
· BÍBLIA de Estudo Pentecostal. CPAD.
· BÍBLIA de Estudo Aplicação Pessoal. CPAD.
· BOYER, Orlando. Pequena Enciclopédia Bíblica. CPAD.
· GONÇALVES, José. A prosperidade à luz da Bíblia. CPAD.



Lição 11 - Como Acançar a Verdadeira Prosperidade

Ev Caramuru Afonso Francisco

                                   A verdadeira prosperidade alcança-se pela observância da Palavra de Deus.
INTRODUÇÃO
- Na sequência do estudo deste trimestre, analisaremos hoje como alcançar a verdadeira prosperidade.
A verdadeira prosperidade é alcançada quando obedecemos à Palavra de Deus.
I – A VERDADEIRA PROSPERIDADE INICIA-SE COM A RESTAURAÇÃO DA COMUNHÃO COM DEUS
- Neste último bloco do trimestre, estamos a estudar o que é a verdadeira prosperidade e, na lição anterior, vimos quando se está diante de uma Igreja verdadeiramente próspera. Nesta lição, veremos como a verdadeira prosperidade pode ser alcançada.
- Lembramo-nos de que, no início do estudo deste tema, vimos que o homem foi criado num ambiente de prosperidade. O primeiro casal foi posto no jardim que Deus formou no Éden e vivia prosperamente. Quando falamos em alcançar a verdadeira prosperidade, estamos, naturalmente, falando no retorno a este estado primeiro da humanidade, que foi interrompido com a entrada do pecado no mundo.
- Temos, pois, como intuitivo que, para que tenhamos a possibilidade de restauração do ambiente próspero que Deus destinou para a humanidade, que,por primeiro, venhamos a retirar a causa de toda a perda daquele estado primitivo, ou seja, a remoção do pecado.
- O pecado estabeleceu uma inimizade entre Deus e o homem (Gn.3:15) e tal inimizade somente pode ser extirpada mediante a “semente da mulher”. Por isso, ao apresentar a Cristo diante do povo, João Batista foi claríssimo ao dizer que ali estava “o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo” (Jo.1:29). É em Cristo, a posteridade de Abraão (Gl.3:16), que todas as nações da Terra são benditas (Gn.12:3).
- Não há como restauramos o ambiente próspero inicialmente criado para o homem por Deus se não desobstruirmos o caminho da árvore da vida, cujo acesso se tornou impossível após o pecado (Gn.3:22-24), o que somente se pode fazer mediante a fé em Cristo Jesus e o consequente arrependimento dos pecados, tema do anúncio do Evangelho (Mc.1:14,15; Lc.24:46,47; At.3:18-21).
Para que se possa, portanto, alcançar a verdadeira prosperidade é mister que, em primeiríssimo lugar, haja arrependimento dos pecados e conversão, com a resposta positiva ao anúncio do Evangelho e a crença de que Jesus é o Senhor e Salvador do mundo. Deve-se, pois, para se alcançar a verdadeira prosperidade, entregar-se a Cristo Jesus e reconhecê-l’O como único e suficiente Senhor e Salvador.
A verdadeira prosperidade inicia-se na circunstância de tudo deixarmos, de tudo abandonarmos por Cristo Jesus. O Senhor Jesus, mesmo, assim o ensinou, como vemos em Mc.10:29,30: “Em verdade vos digo que ninguém há, que tenha deixado casa, ou irmãos, ou irmãs, ou pai, ou mãe, ou mulher, ou filhos, ou campos, por amor de Mim e do Evangelho, que não receba cem vezes tanto, já neste tempo, em casas, e irmãos, e irmãs, e mães, e filhos, e campos, com perseguições; e, no século futuro, a vida eterna.”
- Percebamos que o Senhor é bem claro ao afirmar que, a partir do momento em que tudo deixamos, em que nos negamos a nós mesmos para segui-l’O, aceitando a proposta pregada pelo Evangelho, iniciamos o caminho para a prosperidade, que é o “cem vezes tanto” aludido pelo Senhor, mas não um cêntuplo materialista, como é ensinado pelos falsos pregadores da prosperidade, mas um “cêntuplo” que, inclusive, não impede a perseguição, mas que nos conduz à vida eterna.
- O cêntuplo, que é a fartura prometida pelo Senhor Jesus, é um novo estado espiritual, o estado da comunhão com Deus, uma nova dimensão de relacionamento com o Senhor, pois passamos a estar “nos lugares celestiais em Cristo”, onde somos abençoados com todas as bênçãos espirituais (Ef.1:3).
- O cêntuplo é a máxima frutificação do homem (Mt.13:23), objetivo primeiro de Deus para o ser humano (Gn.1:28), frutificação que nada mais é do que produzir frutos de justiça para glória e louvor de Deus (Fp.1:11), frutos dignos de arrependimento (Mt.3:8; Lc.3:8).
Quando nos negamos a nós mesmos, tomamos a nossa cruz e passamos a seguir a Cristo Jesus (Mt.16:24; Mc.8:34; Lc.9:23), damos início à prosperidade, pois abandonamos o pecado e, deste modo, passamos a ter livre acesso à arvore da vida, entramos novamente em comunhão com Deus e, deste modo, passamos a ser um com o Senhor (Jo.17:21) e o mundo passa a entender que Cristo foi enviado pelo Pai e que é o Senhor e Salvador do mundo.
- O resultado desta comunhão com Deus é que passamos a ser luz do mundo e sal da terra, realizando boas obras e os homens passam a glorificar a Deus (Mt.5:13-16) e a prosperidade que nos alcançou é compartilhada com os demais homens, com nítida modificação no “modus vivendi” de todos os que nos cercam, como está a provar a história da humanidade, que teve inegável incremento e mudança com a propagação do Evangelho, não só no aspecto espiritual, mas, também, com repercussões nos campos moral, social, cultural e econômico.
- O primeiro passo para se alcançar a prosperidade, pois, está no arrependimento dos pecados e na conversão, um processo que é imediato na medida em que depende da fé em Cristo Jesus, que vem pelo ouvir pela Palavra de Deus (Rm.10:17), mas que é tão somente o início de um processo, o processo da salvação, que perdura até a vinda de Cristo para arrebatar a Sua Igreja ou, então, individualmente falando, a partida de cada um para a eternidade. Por isso, o Senhor diz que a salvação está na “perseverança até o fim” (Mt.24:13).
- Neste processo da salvação, o estágio que mais se estende no tempo é o da “santificação progressiva”, ou seja, a contínua e cada vez mais intensa separação do pecado (Ap.22:11), que, juntamente com o embaraço, está sempre a nos rodear de perto (Hb.12:1). Estamos, pois, diante de uma constante luta contra o mundo, a carne (a nossa natureza pecaminosa) e o diabo, para que nos mantenhamos separados do pecado, em santidade, para que persistamos fiéis até a morte (Ap.2:10).
O segundo passo, pois, para a prosperidade é a santificação, a manutenção de nossa separação do pecado, o inconformismo com este mundo e a constante transformação pela renovação do nosso entendimento (Rm.12:2).
- Quando vemos a quase ausência de mensagens de santificação em nossos púlpitos nestes dias finais da dispensação da graça, a falta de prioridade e ênfase a busca de u’a maior intimidade com o Senhor por meio de atividades espirituais como a oração, a meditação e aprendizado das Escrituras, a busca do batismo com o Espírito Santo e dos dons espirituais, verificamos quão distantes estamos da verdadeira prosperidade e como há imensa necessidade de as lideranças acordarem para terem um povo verdadeiramente próspero.
- No Éden, em toda viração do dia, o Senhor vinha entrar em contato mais próximo com o primeiro casal (Gn.3:8) e isto deve ser uma característica da vida próspera de todos quantos aceitaram a Cristo como seu único e suficiente Senhor e Salvador. Não foi por outro motivo que o Senhor Jesus prometeu estar conosco todos os dias até a consumação dos séculos (Mt.28:20).
- Tendo acesso à árvore da vida, tendo passado da morte para a vida (Jo.5:24),é absolutamente necessário que nos encontremos diariamente com o Senhor, por intermédio dos meios de santificação, a saber: a Palavra de Deus (Jo.17:17), a oração (I Tm.4:15; o jejum (Mc.2:18-20), o temor a Deus (II Co.7:1) e a participação digna na ceia do Senhor (I Co.11:23-29).
- A prosperidade, ao exigir a santificação como segundo passo, está também a nos impor o crescimento espiritual, crescimento que é constante e contínuo, pois nosso alvo é chegarmos todos “à unidade da fé, e ao conhecimento do Filho de Deus, a varão perfeito, à medida da estatura completa de Cristo” (Ef.4:13), fator que, decididamente, somente será alcançado quando da nossa glorificação no dia do arrebatamento da Igreja.
- Por isso, apesar de toda a sua estatura espiritual, o apóstolo Paulo foi bem claro ao afirmar que não se considerava perfeito e que prosseguia buscando este estágio (Fp.3:12,13), estágio que somente viria com a sua morte física (II Tm.4:7,8).
Grande perigo que se apresenta no alcance da prosperidade é, portanto, o comodismo, a satisfação com o que já se alcançou na vida espiritual e que leva a uma sensação de autossuficiência, a uma acomodação. Neste ponto, corre-se o risco de se raciocinar como o anjo da igreja em Laodiceia e de se entender que se é rico e de que nada mais tem falta, caminho célere para se alcançar a desgraça espiritual (Ap.3:17).
- Quando se entende que se atingiu um patamar espiritual suficiente e que não é mais necessário crescer espiritualmente, buscar mais a face do Senhor, entra-se num campo extremamente perigoso, pois não há mais vontade de se separar do pecado. Quem não caminha em direção a Deus, caminha em direção ao mundo, não se pode ser estático no mundo espiritual. O resultado é que se inicia uma decadência espiritual, uma mistura com o pecado e é por isso que o anjo da igreja de Laodiceia era chamado de “morno”, pois, ao estancar a sua progressão espiritual, passou a se misturar rapidamente com o pecado.
- Moisés, inspirado por Deus, em seu último cântico, falou desta triste realidade, ao mostrar que Israel, após ter engordado, deu coices, deixando e desprezando a Deus (Dt.32:15), tendo como triste consequência o próprio desprezo divino (Dt.32:19,20). Assim também ocorre com muitos crentes que, tendo alcançado as bênçãos espirituais, envaidecem-se e acabam deixando o próprio Senhor. Tomemos cuidado, amados irmãos!
II – A VERDADEIRA PROSPERIDADE TEM REPERCUSSÃO NA VIDA SOBRE A FACE DA TERRA
- Embora a verdadeira prosperidade esteja vinculada à comunhão com Deus, tem ela repercussão na vida que estamos a levar sobre a face da Terra. No Éden, além do acesso à árvore da vida, Deus plantou no jardim que formou “toda árvore agradável à vista” e “toda árvore boa para comida” (Gn.2:9), ou seja, havia bem-estar psíquico e físico para o homem.
A comunhão com Deus, restabelecida com o perdão dos nossos pecados quando reconhecemos a Cristo como nosso Senhor e Salvador, vem acompanhada de uma vida psíquica e física favorável. Assim que temos nosso encontro com o Senhor Jesus, passamos a gozar de um equilíbrio psíquico, eis que nossa alma passa a ser governado pelo espírito humano, vivificado e controlado pelo Espírito Santo (Rm.8:1), bem como se passa a ter a “bênção da abastança”, ou seja, passamos a ter a promessa divina de que teremos o suficiente para nossa manutenção nesta Terra, o suficiente para comida, bebida e vestido, com o que devemos, inclusive, nos contentar (I Tm.6:8).
- A prosperidade envolve, pois, de um lado, o equilíbrio psíquico, que advém do fato de sermos controlados pelo Espírito Santo, que derrama sobre nós o amor de Deus (Rm.5:5), o que nos leva a ter uma vida baseada no amor divino, base de todo o comportamento que passa a ser seguido pelo discípulo de Jesus Cristo. Não é por outro motivo, aliás, que o sábio Salomão chama todo desequilíbrio psíquico de “aflição de espírito” (Ec.1:17).
- De outro lado, a prosperidade envolve a “suficiência material”, a “benção da abastança”, ou seja, o suficiente para sobrevivermos fisicamente nesta Terra, o suficiente para nossa subsistência em termos de comida, bebida e vestido.
Esta bênção da abastança, no entanto, é dada pelo Senhor dentro dos parâmetros estabelecidos quando da criação do homem, ou seja, tem como base o trabalho, característica que nos faz, inclusive, semelhantes a Deus, que é um ser trabalhador (Jo.5:17).
- Já no Éden, antes mesmo do pecado, o homem foi chamado para trabalhar, pois deveria lavrar e guardar o jardim (Gn.2:15), trabalho que, com o pecado, tornou-se penoso e absolutamente necessário para a sobrevivência (Gn.3:17-19). Não foi outra a razão da expressão do apóstolo Paulo aos tessalonicenses: “…se alguém não quiser trabalhar, não coma também” (II Ts.3:10 “in fine”).
A prosperidade advinda da comunhão com Deus, portanto, não dispensa a necessidade do trabalho, antes a reforça, pois, quando alguém passa a servir a Deus entende que todo o trabalho que realizar não é para o seu empregador, mas, sim, uma atividade feita para o próprio Senhor (Ef.6:5,6).
- No entanto, o inimigo de nossas almas tem disseminado, entre os homens, uma mentalidade em tudo contrária ao que nos ensinam as Escrituras Sagradas. Quando se fala em “prosperidade”, de imediato vem a ideia de se ter muito mais do que o suficiente para a sobrevivência e tudo isto amealhado com o trabalho dos outros. O que todos desejam, no mundo, é “sombra e água fresca”, ou seja, terem do bom e do melhor, muito além do necessário, obtido não pelo próprio trabalho, mas, sim, pela exploração do trabalho alheio, pela apropriação do que foi feito por outras pessoas.
- A prosperidade material propalada e almejada pelos seguidores da “teologia da prosperidade” e pelos gentios, em geral, é o acúmulo de riquezas por meio da colocação de pessoas à disposição dos que enriquecem, a redução dos homens a meras mercadorias, o que foi eficazmente conseguido pelo sistema capitalista, que é, sem dúvida, o sistema econômico que, hoje já consolidado em todo o mundo, baseará o governo do Anticristo, como nos mostra o cenário constante de Apocalipse 18.
OBS: E não pensem os amados que o sistema socialista, que rivalizou com o capitalista durante todo o século XX seja diferente. Como disse o jornalista e humorista Millôr Fernandes certa feita: “O contrário da exploração da mesa pela cadeira é a exploração da cadeira pela mesa. O capitalismo é a exploração do homem pelo homem e o socialismo, exatamente o contrário”.
- Deus abençoa o homem que passa a ter comunhão com Ele, prometendo-lhe a suficiência, o necessário para a sua sobrevivência e isto faz parte da prosperidade, mas, para alcançar esta suficiência, faz-se necessário que o homem trabalhe, pois ainda estamos neste mundo, sofrendo as consequências do pecado, uma das quais é a necessidade do trabalho para a nossa sobrevivência.
- Esta realidade é tanta que, mesmo quando o Senhor Se encarregou de providenciar o sustento do povo de Israel no deserto, nem por isso o povo israelita deixou de trabalhar. Embora o maná viesse diariamente da parte de Deus, sem que houvesse qualquer necessidade de cultivo ou produção, mesmo assim Israel tinha de se levantar, antes do nascer do sol, para fazer a colheita do maná, com exceção do dia de sábado (Ex.16:4,16,21).
- Não há, pois, base bíblica alguma para qualquer ensino que diga que uma pessoa salva por Cristo Jesus estará dispensada do trabalho, que a bênção de Deus será tal que ela poderá viver completamente na ociosidade, apenas “desfrutando daquilo que Deus lhe deu”. Tudo isto é mentira, amados irmãos!
- Se a prosperidade nos restaura o estado de comunhão com Deus que havia antes do pecado, isto nos levará, inevitavelmente, a um estado onde o trabalho é existente, não havendo, pois, lugar algum para o ócio. A ociosidade, aliás, é uma característica da sociedade de Sodoma, cuja impenitência foi tal que o Senhor a destruiu com fogo e enxofre (Ez.16:49). Lembremo-nos disto, amados irmãos!
- Esta obrigatoriedade do trabalho envolve a todos, inclusive os que se dedicam à obra de Deus. Os que foram chamados pelo Senhor para se dedicarem, em tempo integral, a cuidar do povo de Deus também devem trabalhar, pois o cuidado no apascentar das ovelhas é um trabalho, cuja execução é muito bem verificada pelo Senhor (Ez.34:1-4). Por isso, não há problema algum em se assalariar aqueles que dedicam suas vidas no apascentar as ovelhas do Senhor Jesus, desde que realmente trabalhem (I Tm.5:18) e se contentem com o necessário, visto que também a eles não é lícito estabelecer uma vida regalada à custa da exploração dos servos do Senhor.
- Vezes há, porém, em que as circunstâncias farão que até mesmo estes obreiros tenham de se dedicar ao trabalho secular, como foi o caso do apóstolo Paulo (II Co.11:8,9; I Ts.2:9), seja porque não há condições de a igreja mantê-los, seja para evitar murmurações e escândalos.
III - PRINCÍPIOS DE ADMINISTRAÇÃO DO DINHEIRO
- Havendo uma repercussão material na prosperidade, vez que estamos neste mundo, embora dele não sejamos, é natural que a Bíblia Sagrada contenha princípios a respeito da administração dos bens materiais.
- Para que possamos entender o que a Bíblia diz a respeito da conduta do ser humano frente aos bens materiais é imperioso verificarmos a própria declaração primeira da revelação de Deus ao homem. Em Gn.1:1, a Bíblia deixa claro que Deus criou os céus e a terra, o que repete em Gn.1:31-2:3. Assim, tanto no início quanto no término do relato da criação, a Palavra não deixa qualquer dúvida de que Deus é o Senhor do Universo, ou seja, o dono de tudo.
- Assim, não deve causar espanto a declaração do salmista (Sl.24:1), segundo a qual “Do Senhor é a terra e a sua plenitude, o mundo e aqueles que nele habitam”. Com efeito, por ter criado o mundo e tudo o que nele há, Deus é o legítimo dono de todas as coisas.
- Se isto é assim, o homem é apenas um administrador da criação. Com efeito, ao criar o homem e a mulher, Deus concedeu a eles o domínio sobre toda a criação (Gn.1:26,28), domínio este que não representa senhorio, mas uma autoridade, uma autorização para administrar a criação terrena (observemos que no mandato dado ao ser humano por Deus não se incluem as criações celestiais. É por isso que o salmista afirma que o homem foi feito pouco menor do que os anjos – Sl.8:5).
- Partindo deste pressuposto, não pode o homem achar-se dono de coisa alguma sobre esta terra e deveria comportar-se desta maneira, ou seja, plenamente consciente de que é apenas um administrador daquilo que Deus lhe deu. É exatamente esta a consciência do cristão, a de que é apenas um mordomo, um despenseiro de Deus ( I Co.4:1,2; Tt.1:7; I Pe.4:10).
- Assim, se temos a capacidade, dada por Deus, de sujeitarmos à nossa vontade os bens existentes na natureza (e bem, aqui, é tudo o que pode suprir as nossas necessidades e nos trazer alguma utilidade) e isto é o princípio da propriedade (por isso o jurista alemão Windscheid conceituava propriedade como a sujeição absoluta de algo à vontade de uma pessoa), ao mesmo tempo devemos observar que a propriedade não é um fim em si mesma, mas tem a função de, por meio desta sujeição, tornarmo-nos um instrumento da vontade divina.
- É, por isso, que a propriedade deve ser considerada como um direito natural, um direito inerente à pessoa humana, devendo ser respeitada e garantida, não tendo cabimento nem qualquer respaldo bíblico qualquer iniciativa que tenda a suprimi-la dos indivíduos, mesmo se o fizer em nome de uma suposta igualdade social (como o fizeram os comunistas marxista-leninistas no século XX), por ser algo contrário à ordem estabelecida por Deus ao gênero humano, mas, ao mesmo tempo, não se pode conceber uma propriedade que não tenha por objetivo a realização da vontade divina na humanidade. Assim, tão contrário à Bíblia como a supressão da propriedade privada é a sua exacerbação, a busca desenfreada pelo acúmulo de riquezas e de posses em detrimento do próximo e da sociedade.
OBS: "...O capitalismo, como princípio básico, sem os seus abusos, concorda com os ideais do cristianismo. O conceito de propriedade privada era uma das vigas mestras do judaísmo. Cada família contava com a sua propriedade particular, protegidas pelas leis da herança. O ideal era e continua sendo que cada homem tenha a sua própria vinha e a sua própria figueira ( I Rs.4:25; Mq.4:4). Porém, é deveras instrutivo ver como a legislação mosaica também defendia os direitos dos pobres. De acordo com o cristianismo, o conceito de propriedade privada não somente é exposto como normal, mas, igualmente, como meio de proteger o indivíduo de medidas ditatoriais do Estado...O Novo Testamento, naturalmente, combate os típicos abusos do capitalismo, como a desconsideração pelos direitos do indivíduo e a escravização dos mais pobres pelos ricos, mediante medidas econômicas....Adam Smith, que tinha um ponto de vista otimista da natureza humana, supunha que, - finalmente, surgiria do mercado livre uma espécie de harmonia automática, visto que o homem seria essencialmente bom em sua natureza, a qual controlaria os seus interesses pessoais. Mas o cristianismo ensina que isso só começa a ser curado com a conversão espiritual. Esse preceito, pois, volta-se tanto contra os abusos do capitalismo como contra o ateísmo do comunismo, sistema este que supõe que o mundo é governado por princípios econômicos, e não por princípios espirituais." (CHAMPLIN R.N..Dicionário de Bíblia, Teologia e Filosofia, v.1, p.646).
- Assim, ao mesmo tempo em que a Palavra de Deus garante a cada ser humano a possibilidade de sujeitar bens de acordo com a sua vontade e de deles usufruir para a satisfação de suas necessidades, também estabelece que o objetivo do homem e da mulher não deve ser o acúmulo de riquezas para si ou a sua exaltação por causa dos bens que tenha a seu dispor, mas que tudo isto seja um instrumento para que a glória de Deus se manifeste na administração destes bens que lhe forem confiados por Deus, o único e verdadeiro dono de todas as coisas.
- Entretanto, o homem sem Deus e, consequentemente, sem uma dimensão da eternidade, tem sua vista obscurecida pelas coisas temporais e passageiras e, portanto, acaba se deixando dominar pela avareza, pelo desejo de acumulação de riquezas, que é uma insensatez total, como deixou bem claro Jesus na parábola do rico insensato (Lc.12:13-21), “porque a vida de qualquer não consiste na abundância do que possui”(Lc.12:15).
- Lamentavelmente, não são poucos os que acabam se perdendo na caminhada para o céu por causa dos bens materiais e por causa do dinheiro. A Bíblia revela que a ganância pelas coisas, que a avareza tem sido um obstáculo para muitos alcançarem a salvação, como nos casos do mancebo de qualidade (Mt.19:22; Lc.18:23), de Judas Iscariotes (Lc.22:3-6; Jo.12:4-6), de Ananias e Safira (At.5:1-5,8-10),  de Simão (At.8:18-23) e de muitos outros, como afirmou Paulo em sua carta a Timóteo (I Tm.6:9,10).
O dinheiro não é um mal em si. Ariqueza é uma bênção de Deus, tanto que Deus a concedeu a Salomão (I Rs.3:13), mas, e aqui está um caso típico, não podemos pôr nas riquezas o nosso coração (Mt.6:19-21). Devemos, sempre, buscar servir a Deus e Lhe agradar. Esta deve ser a intenção do cristão. Se Deus nos conceder a riqueza, que nós a usemos para agradar a Deus. Se nos der a pobreza, que nós a usemos para agradar a Deus. O importante é que não façamos dos bens materiais o objetivo e a intenção de nossas vidas. Quem passa a viver em função dos bens materiais, quem passa a pôr o seu coração nos tesouros desta vida, passa a ser um avarento, um ganancioso e, como tal, será um idólatra (Cl.3:5) e, assim, está fora do reino dos céus (Ap.22:15).
- Neste ponto, devemos, pois, contrariar ensinamentos a respeito da “opção pelos pobres”, que tem sido o mote da teologia católico-romana, principalmente após o Concílio Vaticano II, com especial ressonância na Igreja Romana da América Latina. Em momento algum, na Bíblia Sagrada, Deus manifesta Sua opção em favor dos pobres, em detrimento aos ricos. A Bíblia, aliás, expressamente, afirma que Deus fez tanto o pobre quanto o rico (Pv.22:2) e seria injusto caso preferisse um ao outro, se ambos são obra de Suas mãos.
- Buscam os idealizadores desta “opção pelos pobres” fundamentação na passagem do mancebo de qualidade em que Jesus afirma que dificilmente um rico entrará no reino dos céus (Mt.19:212-26). Tal afirmação de Jesus é uma constatação, porquanto a existência de riquezas, diante da natureza pecaminosa do homem, faz com que o ser humano seja mais facilmente enganado pela sensação de autossuficiência, que conduz à perdição eterna, mas, em momento algum, revela que Deus tenha feito uma opção pelos pobres em detrimento dos ricos. Tanto assim é que a Bíblia está repleta de homens que gozavam de confortável situação financeira e que serviam a Deus, como são exemplos, para ficar só no ministério de Jesus, José de Arimateia, Nicodemos e as mulheres que acompanhavam o Mestre e que, diz a Bíblia, serviam-nos com suas fazendas, ou seja, com seus recursos financeiros.
- A Bíblia nos mostra que a aquisição de bens materiais é uma necessidade para o homem depois da sua queda, pois deverá, do seu trabalho, obter o seu sustento (Gn.3:19). Deste modo, a obtenção dos meios necessários para a nossa sobrevivência deve vir do trabalho. É por isso que Paulo, numa afirmação dura, mas que é a verdade nua e crua, disse que “se alguém não quiser trabalhar, não coma também” (II Ts.3:10), máxima que foi, inclusive, incorporada em várias Constituições de países comunistas no século XX, mas que traduz um princípio bíblico.
- Portanto, a primeira fonte de aquisição de bens materiais deve ser o trabalho, devendo, pois, o cristão valorizar o trabalho e buscá-lo como forma de sustento seu e de sua família. É, aliás, este traço da ética cristã que foi objeto de estudo do sociólogo alemão Max Weber, que, em seu livro, “A Ética Protestante e o Capitalismo”, que foi considerado um dos principais livros do século XX (foi considerado a maior obra de ciências humanas daquele século), entendeu que, graças a este valor dado pelos cristãos ao trabalho, em virtude do que diz a seu respeito a Bíblia Sagrada, que foi possível o surgimento dos países desenvolvidos da Europa Ocidental (Inglaterra, França, Holanda e Alemanha, fundamentalmente) e, posteriormente, a grandeza dos Estados Unidos da América.
- Assim, o cristão deve, sempre, dignificar o trabalho, valorizá-lo e, através dele, obter o seu sustento, levantando-se contra toda estrutura sócio-econômica que venha a desprestigiar o trabalho. Neste passo, é dever de todo cristão incentivar e estimular o aumento da oferta de emprego, bem como resistir a toda prática que vise a supressão de postos de trabalho sem a devida compensação. As políticas compensatórias, ademais, não devem ser de cunho meramente assistencialista, mas devem sempre ser tais que incentivem e estimulem a busca de novos empregos, ainda que se tenha de preparar convenientemente o desempregado.
- Neste ponto, aliás, como a busca pelos bens materiais deve ser com vistas à satisfação de Deus e não a uma incessante corrida pelo prazer, pelo luxo e pela autossuficiência, temos que há uma clara distinção entre a ética cristã e a ética do capitalismo. O capitalismo é um sistema econômico em que se busca, sempre, o máximo lucro com o menor custo, com o aumento incessante da produção e do consumo. Dentro da lógica do capitalismo, é preciso sempre produzir cada vez mais, com o maior lucro e com a redução crescente dos custos. A ética cristã, entretanto, é bem diversa: não há que se buscar o máximo lucro, mas, bem ao contrário, deve-se buscar o suficiente para se ter uma vida digna, uma vida sossegada, mas sem a “febre do ouro” que tem dominado o mundo de hoje. Diz o sábio Agur que devemos, sempre, buscar a “porção acostumada de cada dia” (Pv.30:8,9).
- Não se está aqui afirmando que o cristão não deve procurar uma melhoria de vida, um melhor emprego, capacitar-se para obter melhores posições, ou seja, em absoluto se nega ao servo de Deus a busca de melhores oportunidades, um progresso maior, até porque o filho de Deus não é cauda, mas cabeça (Dt.28:13), mas se está afirmando, isto sim, que não devemos colocar como alvos únicos e exclusivos de nossas vidas uma prosperidade material, como objetivo as benesses desta vida (Pv.27:24). Nunca nos esqueçamos que, se cremos em Cristo só para esta vida, seremos os mais miseráveis de todos os homens! (I Co.15:19).
- Quando o homem tenta progredir na vida material tendo consciência de que existe uma dimensão eterna, de que é mero administrador do que Deus lhe confiou, ele jamais se comporta de forma nociva ao seu semelhante, jamais busca usar de todos os métodos, lícitos ou não, visando à acumulação de riquezas, pois tem pleno conhecimento de que nu saiu do ventre de sua mãe e de que nu terminará a sua existência (Jó 1:21; I Tm.6:7). Como dizem as Escrituras, aqueles que se envolvem na ilusão das riquezas, trazem para si somente males e problemas, já nesta vida, que dirá quando se encontrar com o reto e supremo Juiz de toda a terra (Pv.28:22; I Tm.6:9; Hb.9:27).
- Dentro desta perspectiva, o cristão deve, consciente de que o que tem amealhado de bens materiais, é para ser um instrumento de satisfação da vontade divina, administrar o seu patrimônio de forma a obter este agrado de Deus, fazendo-o conforme a Sua Palavra.
- Em primeiro lugar, como devemos ser imitadores de Cristo (I Co.11:1),devemos ver como Jesus administrava as suas finanças. Ao contrário do que muitos pensam, Jesus não era uma pessoa totalmente despreocupada ou alienada em relação aos bens materiais. Não era preso a eles, como o cristão não deve sê-lo também, mas jamais mostrou ser pessoa que não tivesse organizadas as suas finanças. Vemos que Jesus tinha uma bolsa, ou seja, um verdadeiro caixa para a assistência social (Jo.12:5,6), bem assim tinha um grupo de mulheres que sustentava o Seu ministério com recursos (Lc.8:3), tendo, inclusive, tido o cuidado de recolher o tributo que lhe foi cobrado (Mt.17:24-27). Jesus sempre foi uma pessoa responsável para com o que tinha de administrar, tanto que, às vésperas da morte, tratou de deixar amparada a Sua mãe, que era Sua responsabilidade, como filho primogênito (Jo.19:26,27).
- Em segundo lugar, devemos, na organização de nossas finanças, partir de um princípio fundamental, qual seja, o de que não podemos, em hipótese alguma, gastar mais do que ganhamos. Deus nos concede a bênção da abastança, ou seja, o necessário, o suficiente para sermos um instrumento Seu neste mundo. Assim, como bons administradores, devemos ser fiéis (I Co.4:2) e isto significa sermos cumpridores de nossas obrigações para com Deus, com a família e com a sociedade. A fidelidade que se exige do servo de Deus também alcança o aspecto financeiro e, num mundo materialista como o que vivemos, esta fidelidade é a que mais fará realçar o nome do Senhor entre os incrédulos. Nunca nos esqueçamos de que os homens devem nos considerar ministros de Cristo e despenseiros dos mistérios de Deus (I Co.4:1) e ver as nossas obras e, ao vê-las, glorificar ao nome do nosso Pai (Mt.5:16) e, repetimos, isto passa necessariamente pelo aspecto financeiro de nossas vidas.
- A fidelidade começa em reconhecermos a soberania de Deus em nossas vidas. Como já temos dito, o verdadeiro cristão reconhece que é apenas um mordomo dos bens divinos que lhe foram confiados e, deste modo, tem noção e consciência de que Deus é o dono de tudo que temos e de tudo que somos. Este reconhecimento se dá, na prática da vida financeira, mediante a entrega do dízimo. O dízimo é o primeiro gesto de administração de bens de um cristão fiel. É um ato pelo qual se reconhece que Deus é o Senhor, como foi  estudado na lição 9.
A segunda atitude de um cristão fiel nas finanças, após a entrega do dízimo ao Senhor, é a separação do necessário para o sustento e educação de seus filhos. Com efeito, os filhos são herança do Senhor (Sl.127:3) e os pais têm uma grande responsabilidade em relação a eles, que não vieram ao mundo senão por nossa causa. Devemos ter o mesmo cuidado que o servo exemplar que era Jó tinha com relação a seus filhos (Jó 1:4,5). Isto inclui, inclusive, aqueles servos de Deus que, por um motivo ou outro, têm de pagar pensões alimentícias a filhos com quem não convivem. Trata-se de despesa prioritária e que, depois do dízimo, deve ser imediatamente cumprida pelo cristão fiel.
A terceira atitude de um cristão fiel nas finanças é o pagamento de suas obrigações. O cristão fiel é santo e diferente do mundo. Os ímpios se caracterizam, diz a Bíblia, por serem infiéis nos contratos (Rm.1:31). Por isso, deve o cristão ser muito cauteloso ao contrair obrigações, fugindo do consumismo que tem dominado as consciências dos homens sem Deus. Graças a uma eficaz publicidade e a pregação da busca de bens materiais a qualquer custo, as pessoas ingressam numa corrida pelo consumo sem medir as consequências. O resultado é o endividamento sem medida, a inserção das pessoas nos diversos órgãos de restrição ao crédito (SPC, SERASA etc.), o que faz com que as pessoas sejam aviltadas em sua dignidade e, não poucas vezes, levadas a situações angustiantes. Lamentavelmente, muitos cristãos têm se deixado levar por esta "febre consumista" e já não são poucos os crentes que têm seus "nomes sujos" na praça e que são tratados como "caloteiros", envergonhando o Evangelho e dando motivo para que o nome do Senhor seja blasfemado. Tudo como consequência de uma má administração dos bens. Devemos ter todo o cuidado na montagem do orçamento doméstico, para assumir apenas obrigações que possamos cumprir. Devemos fugir das compras a prazo, salvo nos casos de extrema necessidade como habitação, porquanto os juros (notadamente no Brasil, que é o paraíso dos juros altos) evoluem de forma muito maior que os salários e o endividamento se tornará, certamente, impagável. Neste particular, o papel da mulher no lar é fundamental (Pv.31:11).
OBS: "...A atitude consumista não leva em conta toda a verdade sobre o homem: nem a verdade histórica nem a verdade interior e metafísica. Antes, é uma fuga dessa verdade. Deus criou o homem para a felicidade. Sim ! Mas a felicidade do homem não é a mesma coisa que o prazer ! O homem de orientação 'consumística' perde, nesse gozo do prazer, a dimensão plena de sua humanidade, perde a consciência do sentido mais profundo da vida. Essa orientação do progresso mata, portanto, no homem, aquilo que é mais profunda e mais essencialmente humano..." (JOÃO PAULO II. Meditações, p.125).
- Se o cristão for empresário, dentre as suas obrigações, a primeira a ser cumprida é o pagamento do salário de seus empregados, obrigação que não pode atrasar sequer um dia, pois isto fará com que Deus requererá esta atitude do empregador (Tg.5:1-5).
OBS: " Tiago critica agora os proprietários que se enriquecem à custa dos trabalhadores. Visando unicamente ao lucro, esses latifundiários cometem graves injustiças sociais: retenção do salário devido aos operários (cf. Dt.24,14); acumulação de riquezas que não revertem para o bem comum, mas servem unicamente para uma vida regalada e luxuosa; opressão jurídica e condenações conseguidas graças ao suborno contra os pobres inocentes que não têm meios de defesa. Fruto do roubo e da injustiça, o tesouro amontoado pelos ricos será testemunho que os condenará na hora do julgamento." (BÍBLIA SAGRADA. Edição Pastoral, Tg.5:1,6, p.1565-6)
- Ensina Salomão, o homem mais sábio que já existiu, que o homem não deve ser fiador de pessoa alguma. Trata-se de uma obrigação que o cristão não deve assumir e muito menos a igreja local exigir de seus membros (Pv.6:1-5, 11:15). Hoje já muitas outras formas de se garantir dívidas, de modo que não se trata de questão de vida ou de morte a constituição de fiança por parte de alguém.
OBS: " Este versículo (Pv.6:1, observação nossa) é uma advertência para que ninguém seja 'fiador' de um amigo (cf. 11.15; 17.18; 22.26). Ser fiador significa aceitar a responsabilidade pela dívida doutra pessoa, se esta deixa de pagá-la. Esse ato torna a situação financeira do co-signatário dependente dos atos do amigo e fica sujeita a fatos que escapam ao seu controle. Pode levar à pobreza (cf.22.26,27) e à perda de amizades vitalícias. Isso não significa, porém, que devemos recusar-nos a ajudar alguém que esteja realmente sofrendo, sem meios para atender às necessidades básicas da vida (Ex.22.14; Lv.25.35; Mt.5.42). Quanto aos pobres, não devemos emprestar e sim dar-lhes (cf. Mt.14.21; Mc.10.21..)" (Bíblia de Estudo Pentecostal. com. Pv.6.1, p.935-6).
O cristão, também, deve pagar os tributos, pois devemos dar ao governo que lhe é devido (Mt.22:17-21; Rm.13:7). Sabemos que o sistema tributário do Brasil é um dos mais injustos, senão o mais injusto, do mundo, mas isto não nos autoriza a sonegarmos tributos, porquanto, como filhos de Deus, estamos sujeitos à ordenação humana e devemos cumprir com as obrigações tributárias (Mt.17:24-27; I Pe.2:13). Nada impede, entretanto, o cristão de participar de movimentos ordeiros e legais que visem a uma maior justiça tributária. Aliás, o cristão sincero e verdadeiro deve sempre lutar pelo que é justo (Fp.4:8).
A quarta atitude de um cristão fiel nas finanças é o suprimento das necessidades de seu lar. Necessidade é o que é preciso. É o suprimento do que, realmente, faz-se preciso para uma vida digna, como alimentação, habitação, despesas com tributos, preços públicos, transportes, saúde, educação e previdência social. Devemos, repetimos, fugir daquilo que não é necessário, do supérfluo e do dispensável. Na aquisição de bens, o cristão deve ser econômico, pesquisar e pechinchar preços, tendo, aqui, mais uma vez, papel fundamental a mulher no lar (Pv.31:13,14,18). Neste ponto, vemos que o cristão deve ser previdente e sempre ter uma poupança para os dias de adversidade (Pv.31:21).
A quinta atitude de um cristão fiel nas finanças é a voluntariedade e a disposição em ajudar os necessitados, compartilhando com eles o seu pão, pois é este o objetivo divino quando nos dá além do necessário para nossa subsistência (II Co.8:14; Ef.4:28).
- O cristão deve ser generoso, usando parte de sua economia para sustentar o necessitado. Neste particular, interessante o pensamento de um pastor que, recentemente, nos fez ver que o maior pecado de um cristão que se comporte como um consumista e que gaste com bens supérfluos está em desperdiçar recursos que, como não lhe está fazendo falta no suprimento das necessidades essenciais, poderia ser direcionada para a ajuda aos mais necessitados.
- Como dissemos, Jesus tinha uma caixa de assistência durante o Seu ministério e cada cristão deve contribuir para a ajuda aos domésticos da fé e aos demais seres humanos. É de uma administração cautelosa que surgirão os recursos que poderão mitigar as dificuldades dos mais necessitados. Neste contexto, também, estão as ofertas alçadas que se devem dar nas igrejas, bem assim as contribuições específicas para determinadas obras na casa do Senhor e para a obra missionária. Seria muito bom que, na administração de seus bens, o cristão pudesse dedicar sempre uma parcela fixa de seu rendimento para esta parte. Lembremo-nos de que vivemos no país de maior desigualdade social do mundo e que, como cristãos, devemos demonstrar o amor de Deus que há em nossos corações.
- Atendendo a estes princípios bíblicos da administração do dinheiro, manteremos aquilo que Deus nos tem dado e o usaremos para a glória do Senhor. O ex-chefe da Igreja Romana, João Paulo II, costumava dizer que os “dons” de Deus tornavam-se “empenhos”, ou seja, em interesse, em grande disposição para a concretização, a realização de algo. Assim, uma vez tendo recebido de Deus bens materiais, devemos ter a disposição de empregá-los para a glória do nome do Senhor e não para nosso deleite, para o nosso prazer. Assim agindo, alcançaremos, em todas as áreas, a prosperidade que nos é prometida pelo Senhor.

Fonte: Portal EBD



UMA IGREJA VERDADEIRAMENTE PRÓSPERA

Pb. José Roberto A. Barbosa - www.subsidioebd.blogspot.com

Texto Áureo: Gl. 6.16 - Leitura Bíblica: Ef. 2. 11-13; Rm. 11.1-5



INTRODUÇÃO



 O que significa ser igreja? Essa pergunta deveria ser feita por toda agremiação que se diz cristã. Nem todas as igrejas que se dizem cristãs podem ser consideradas como tais de acordo com o parâmetro bíblico. Há quem defenda a prosperidade financeira como o critério de uma igreja verdadeira e abençoada por Deus. Na aula de hoje estudaremos a esse respeito, ressaltando que, uma igreja próspera é aquela que se pauta em conformidade com a Bíblia, a Palavra de Deus.

1. A VERDADEIRA IGREJA

A igreja - ekklesia em grego - é uma assembleia edificada por Jesus (Mt. 16.18), é um corpo que tem Cristo como cabeça (I Co. 12.17; Cl. 1.18), chamada para estar fora dos valores do mundo (Rm. 12.2) e composta por pessoas de todas as etnias e línguas (Cl. 3.11; Ap. 7.9). Os que estão em Cristo é uma nova criação (II Co. 5.17), participante de uma natureza divina (II Pe. 1.4), revestida do amor, o elo perfeito (Cl. 3.12-14) com o propósito de manifestar as grandezas daquele que a chamou das trevas para a Sua maravilhosa luz (I Pe. 2.9). A igreja de Cristo é peregrina no mundo (Ef. 2.14-18), é cidadã dos céus, espera ansiosamente a Jesus Cristo (Fp. 3.20), por isso, não ama o mundo, já que está alicerçada no amor do Pai (I Jo. 2.15-17). Uma das marcas da igreja verdadeira é a comunhão - koinonia em grego - expressão exemplificada pela igreja de Jerusalém (At. 2.42), fundamentada no relacionamento comum em Cristo (I Co. 1.9). Essa koinonia inclui partilha tanto material quanto sacrificial (II Co. 8.1-5), sobretudo, sensibilidade para as necessidades dos domésticos da fé (Gl. 6.10). A unidade também é uma das características centrais da verdadeira igreja. A tendência humana, em razão do pecado, é criar facções, mas o desejo de Cristo é o de que todos sejam um (Jo. 17.11), que todos estejam unidos em um só pensamento e parecer (I Co. 1.10), ainda que na diversidade de dons e ministérios (I Co. 12-14; Rm. 12; Ef. 4; I Pe. 4.10). A divisão na igreja é problemática porque significa dividir a Cristo (I Co. 1.13), é uma demonstração de que seus membros não compreenderam as implicações do ministério (I Co. 3.5-20). A igreja é uma família, sendo Cristo o Primogênito entre muitos irmãos (Rm. 8.29), uma noiva que busca a pureza para o Seu amado (I Co. 11.2; Ap. 19.7), feita santa e inculpável (EF. 5.26,27).

2. A MISSÃO DA IGREJA VERDADEIRA

Ao contrário do que argumentam os adeptos da Teologia da Prosperidade, a missão precípua da igreja verdadeira é o crescimento espiritual, atingindo a plenitude de Cristo (Ef. 4.13). Para tanto ela deva se pautar pelo evangelho, a Palavra de Deus, que é o leite espiritual puro que conduz ao crescimento (I Pe. 2.2), que ilumina o caminho e guarda contra a tentação (Sl. 119.105) e purifica do pecado (Ef. 5.26), portanto, deva ser encorajada à santidade, à abstenção da imoralidade (I Ts. 4.4-8). A verdadeira igreja está em movimento, ela segue fazendo discípulos de todas as nações (Mt. 28.19), sendo testemunha fiel de Cristo, no poder do Espírito Santo (At. 1.8). Como corpo de Cristo, a igreja encarna-O (Cl. 1.15-20; 2.9), atuando em amor, não se deixando moldar aos padrões do mundo (Rm. 12.1). Sendo assim, a agenda da igreja não pode ser a do mundo, tendo em vista que sobre este impera Satanás (Ef. 6.10-18). A agenda da igreja não pode se alicerçar apenas em aspectos morais, denunciando o pecado, precisa também fazer o bem (At. 10.38), lembrando que Deus é Pai das misericórdias e Deus de toda consolação (II Co. 1.3-5). Talvez a igreja não seja capaz de modificar as estruturas sociais, mas poderá alterá-lo, agindo como sal da terra e luz do mundo (Mt. 5.13-16). Essa deva obedecer às autoridades (Rm. 13.1-13) e interceder por elas para que viva uma vida tranquila e mansa, com toda piedade e respeito (I Tm. 2.1-4), mas, em alguns casos, se fará necessário que a igreja resista a sistemas injustos (At. 4.19), isso quando Cesar ultrapassar seus limites (Mt. 22.21). Como consequência sobrevirá sobre ela a perseguição, que a conduzirá à bem-aventurança (Mt. 6.10) e ao sofrimento por amor a Cristo (II Tm. 3.12; I Co. 12.26; Hb. 13.3).

3. PROSPERIDADE VERDADEIRA DA IGREJA
Uma igreja verdadeiramente próspera é semelhante à igreja de Filadelfia, para qual o Senhor Jesus lhe dirigiu uma carta (Ap. 3.7-13). Ela sabe que Cristo conhece as suas obras, pois não nega o Seu nome através das ações (Ap. 3.8). Mesmo se encontrando ao redor de uma sinagoga de Satanás, não se deixa contaminar pelos benefícios mundanos (Ap. 2.9; 3.9), antes permanecer fieis à palavra, perseverante na doutrina, por isso será guardada na hora da provação (Ap. 3.10). Satanás é o enganador, e tem ludibriado muitas igrejas com suas propostas mundanas, resistidas por Cristo no monte da tentação (Mt. 4.1-11). Quando o Senhor vier arrebatar a Sua igreja, muitas daquelas agremiações religiosas que se dizem cristãs, mas que não se alicerçam na Palavra, antes seguem os anseios do mundo, ficarão para trás (II Ts. 2.9-12) A igreja verdadeira, entretanto, será levada para estar com Cristo, retirada do mundo por Deus antes da Tribulação (Jo. 14.1-3; I Ts. 4.13-18; I Co. 15.50-57). As “igrejas” da Teologia da Ganância já receberam seus galardões, tendo em vista que investem apenas no reino temporal. Mas a igreja verdadeiramente próspera colherá seus frutos na eternidade (Ap. 3.12). As “igrejas” pseudopentecostais se assemelham à igreja de Laodiceia, que também recebeu uma carta de Cristo (Ap. 3.14-22). As obras dessa igreja são conhecidas, pois nem são frias nem quentes, sem caráter ou identidade cristã, por isso será vomitada da boca do Senhor (Ap. 3.15,16). Instalada em uma cidade financeiramente próspera, a igreja de Laodicéia dispunha de uma medicina considerada avançada para a época, e da manufatura de roupas de lã, mesmo assim, Jesus a ela se dirige como pobre, cega, miserável e nua. Aconselha que essa compre, dEle, ouro refinado no fogo, roupas brancas para cobrir as vergonhas, e colírio para ungir os olhos e poder enxergar (Ap. 3.15-17).

CONCLUSÃO
Uma igreja verdadeiramente próspera não é aquela que tem uma arquitetura arrojada, instalações modernas, cadeiras confortáveis, sistema de condicionamento de ar. Uma igreja verdadeiramente próspera não é aquela que tem um patrimônio vultoso, que chama a atenção dos políticos pela sua imponência. Uma igreja verdadeiramente próspera é aquela que ama ao Senhor, que se pauta pela Sua Palavra, que O ama e que demonstra esse amor através da comunhão entre os irmãos. Uma igreja verdadeiramente próspera não prioriza as bênçãos terrenas, que o ladrão rouba e a traça corrói, mas as riquezas celestiais em Cristo Jesus, o qual se manifestará, ao Seu tempo, para dar o Seu galardão conforme lhe apraz.

BIBLIOGRAFIA

GETZ, G. A. Igreja: forma e essência. São Paulo: Vida Nova, 2007.

MULHOLLAND, D. M. Teologia da Igreja. São Paulo: Shedd Publicações, 2004.

Publicado no blog Subsidio EBD

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Dinâmica: E os 90%?


Objetivos:

Estudar sobre dízimo e ofertas.
Refletir sobre a mordomia financeira.

Material:
Palavras digitadas( ALEGRIA ,  LEGALISMO, OBRIGAÇÃO, AMOR , INTERESSE , ADORAÇÃO, BÊNÇÃOS,  MALDIÇÃO, DEVOLUÇÃO).
Quadro ou cartolina.
01 rolo de fita adesiva.
01 bolo ou 01 pizza.

Procedimento:
- Coloquem no quadro ou cartolina as palavras abaixo:
ALEGRIA             LEGALISMO             OBRIGAÇÃO              AMOR
INTERESSE     ADORAÇÃO      BÊNÇÃOS      MALDIÇÃO      DEVOLUÇÃO
- Em seguida, perguntem: O que estas palavras têm a ver com dízimos e ofertas?
Observem as respostas dos alunos. É interessante que as respostas estejam relacionadas com as palavras acima mencionadas.
- Depois, acrescentem outras informações sobre o tema, trabalhando o conteúdo proposto na lição.
- Em seguida, leiam com os alunos parte do texto “Você deu Gorjeta?“

“Muitos cristãos vêem suas doações financeiras como um pouco mais do que um gesto de boa vontade para com Deus, pelo que Ele nos proporciona. Acham que desde que tenham dado seu dízimo para Deus, o resto lhe pertence para utilizarem da forma que desejarem. Mas a vida cristã consiste em muito mais do que dinheiro!” Fonte: Nosso Andar Diário – 28.03.2009




- Perguntem:

Depois que entregamos o dízimo, o que fazemos com os 90%?
Em que consiste a verdadeira prosperidade?
O que estas duas perguntas tem a ver com texto lido (“Você deu Gorjeta?“)?
- Para concluir, apresentem a pizza ou o bolo, com as 10 partes divididas. Perguntem : O que faremos com as 9 partes e com a décima parte?

Sugestão: Dividam entre os alunos os 9 pedaços. Ressaltem a idéia da décima parte, para tanto, sugiro que alguém compre a décima parte e o dinheiro deve ser colocado na oferta da EBD.


Dízimos e Ofertas - Ev. Luiz Henrique

Complementos, ilustrações, questionários e vídeos: Ev. Luiz Henrique de Almeida Silva

TEXTO ÁUREO
“Cada um contribua segundo propôs no seu coração, não com tristeza ou por necessidade; porque DEUS ama ao que dá com alegria” (2 Co 9.7).


VERDADE PRÁTICA 
A chave da verdadeira prosperidade está em ser fiel a DEUS em tudo, inclusive, na prática dos dízimos e das ofertas.

LEITURA DIÁRIA
Segunda - 1 Co 9.13 A liberalidade no ofertar
Terça - Gn 28.22 A prática dos dízimos e ofertas precede a lei
Quarta - Gn 14.20 Dízimos e ofertas como gratidão
Quinta - 2 Co 9.8 Dízimos e ofertas em toda boa obra
Sexta - Ml 3.10,11 Dízimos e ofertas e a bênção da proteção
Sábado - Jl 2.25 Dízimos e ofertas e a bênção da restituição

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - Malaquias 3.10,11; 2 Coríntios 9.6-8.
Malaquias 3

10 - Trazei todos os dízimos à casa do tesouro, para que haja mantimento na minha casa, e depois fazei prova de mim, diz o SENHOR dos Exércitos, se eu não vos abrir as janelas do céu e não derramar sobre vós uma bênção tal, que dela vos advenha a maior abastança.11 - E, por causa de vós, repreenderei o devorador, para que não vos consuma o fruto da terra; e a vide no campo não vos será estéril, diz o SENHOR dos Exércitos.

2 Coríntios 9

6 - E digo isto: Que o que semeia pouco pouco também ceifará; e o que semeia em abundância em abundância também ceifará.7 - Cada um contribua segundo propôs no seu coração, não com tristeza ou por necessidade; porque DEUS ama ao que dá com alegria.8 - E DEUS é poderoso para tornar abundante em vós toda graça, a fim de que, tendo sempre, em tudo, toda suficiência, superabundeis em toda boa obra.
É uma vergonha ver como as igrejas evangélicas hoje aplicam seus recursos. O enriquecimento de seus líderes é visto e conhecido por todos sem nenhum tipo de cuidado (para não dizer vergonha), pois se consideram reis da prosperidade financeira, sem impostos e sem cobrança de qualquer pessoa. Creio que já chegou a hora dos membros começarem a dar palpite na administração que é feita por pastor sem capacidade para administrar corretamente os bens da Igreja de CRISTO. Igrejas com pastores de caminhonete zero, mansões, mas, sem missionários, sem dependências pára escola bíblica dominical, sem instrumentos e sonorização adequada, sem assentos dignos, sem climatização, sem capacidade para se fazer cruzadas e sem verba para divulgação, sem salários dignos para seus funcionários que muitas vezes, e na maioria das vezes, nem carteira assinada têem; isso é demais para nossas pobres mentes cristãs.
Para onde está indo os dízimos e ofertas? para a obra de DEUS é que não é. Pastores, se vocês não quiserem ver a grana sumir, comecem a administrar as coisas de DEUS com zelo e temor!
Sabemos que os dízimos são dados à Igreja e na Igreja, mas o mínimo de senso crítico devemos ter ao depararmos com a atual situação da Igreja. Falta dinheiro para tudo, menos para uns poucos pivilegiados.
Até quando meu DEUS? Ajude-nos a continuar contribuindo sem olharmos para os que recebem, sabendo que estamos dando para o SENHOR e não para eles.  ficando cada dia mais difícil!

PORQUE SOU DIZIMISTA?
1. Sou Dizimista porque o Dízimo é SANTO. Lv 27.30 Também todos os dízimos da terra, quer dos cereais, quer do fruto das árvores, pertencem ao senhor; santos são ao Senhor. 31 Se alguém quiser remir uma parte dos seus dízimos, acrescentar-lhe-á a quinta parte. 32 Quanto a todo dízimo do gado e do rebanho, de tudo o que passar debaixo da vara, esse dízimo será santo ao Senhor.
2. Sou Dizimista porque quero ser participante das grandes bênçãos. Ml 3.11 Também por amor de vós reprovarei o devorador, e ele não destruirá os frutos da vossa terra; nem a vossa vide no campo lançará o seu fruto antes do tempo, diz o Senhor dos exércitos. 12 E todas as nações vos chamarão bem-aventurados; porque vós sereis uma terra deleitosa, diz o Senhor dos exércitos.
3. Sou Dizimista porque amo a obra de DEUS na face da Terra. Ml 3.10 Trazei todos os dízimos à casa do tesouro, para que haja mantimento na minha casa, e depois fazei prova de mim, diz o Senhor dos exércitos, se eu não vos abrir as janelas do céu, e não derramar sobre vós tal bênção, que dela vos advenha a maior abastança.
4. Sou Dizimista porque não quero ser amaldiçoado.  Ml 3.9 Vós sois amaldiçoados com a maldição; porque a mim me roubais, sim, vós, esta nação toda.
5. Sou Dizimista porque DEUS é dono de tudo. Sl 24. 1 Do Senhor é a terra e a sua plenitude; o mundo e aqueles que nele habitam.
6. Sou Dizimista porque eu mesmo vou goza-lo na casa de DEUS. Dt 14.23 E, perante o Senhor teu DEUS, no lugar que escolher para ali fazer habitar o seu nome, comerás os dízimos do teu grão, do teu mosto e do teu azeite, e os primogênitos das tuas vacas e das tuas ovelhas; para que aprendas a temer ao Senhor teu DEUS por todos os dias.
7. Sou Dizimista porque mais bem-aventurado é dar do que receber. At 20.35 Em tudo vos dei o exemplo de que assim trabalhando, é necessário socorrer os enfermos, recordando as palavras do Senhor JESUS, porquanto ele mesmo disse: Coisa mais bem-aventurada é dar do que receber.
8. Sou Dizimista porque DEUS ama ao que dá com alegria. 2 Co 9.7 Cada um contribua segundo propôs no seu coração; não com tristeza, nem por constrangimento; porque DEUS ama ao que dá com alegria.
9. Sou Dizimista porque tudo vem das Mãos de DEUS. 1Cr 29.14 Mas quem sou eu, e quem é o meu povo, para que pudéssemos fazer ofertas tão voluntariamente? Porque tudo vem de ti, e do que é teu to damos.
10. Sou Dizimista porque não sou avarento. 1 Tm 6. 10 Porque o amor ao dinheiro é raiz de todos os males; e nessa cobiça alguns se desviaram da fé, e se traspassaram a si mesmos com muitas dores
11. Sou Dizimista porque meu rico tesouro está no céus. Mt 6.19-21 19 Não ajunteis para vós tesouros na terra; onde a traça e a ferrugem os consomem, e onde os ladrões minam e roubam; 20 Mas ajuntai para vós tesouros no céu, onde nem a traça nem a ferrugem os consumem, e onde os ladrões não minam nem roubam. 21 Porque onde estiver o teu tesouro, aí estará também o teu coração.
12. Sou Dizimista porque tudo que peço recebo. Mt 7.7-9. 7 Pedi, e dar-se-vos-á; buscai, e achareis; batei e abrir-se-vos-á. 8 Pois todo o que pede, recebe; e quem busca, acha; e ao que bate, abrir-se-lhe-á. 9 Ou qual dentre vós é o homem que, se seu filho lhe pedir pão, lhe dará uma pedra?
13. Sou Dizimista porque obedeço a DEUS. At 5.29 Respondendo Pedro e os apóstolos, disseram: Importa antes obedecer a DEUS que aos homens. Pv 10. 22 A bênção do Senhor é que enriquece; e ele não a faz seguir de dor alguma.
14. Sou Dizimista porque a benção de DEUS é que enriquece. Pv 10:22 A bênção do Senhor é que enriquece; e ele não a faz seguir de dor alguma.
15. Sou Dizimista porque para cada lei, DEUS promete recompensa. Sl 19. 7 A lei do Senhor é perfeita, e refrigera a alma; o testemunho do Senhor é fiel, e dá sabedoria aos simples
16. Sou Dizimista porque receberei de DEUS com a mesma medida. Lc 6. 33 E se fizerdes bem aos que vos fazem bem, que mérito há nisso? Também os pecadores fazem o mesmo
17. Sou Dizimista porque os pensamentos de DEUS são mais altos que os meus. Is 55. 9 Porque, assim como o céu é mais alto do que a terra, assim são os meus caminhos mais altos do que os vossos caminhos, e os meus pensamentos mais altos do que os vossos pensamentos.
18. Sou Dizimista porque DEUS me escolheu e me nomeou. Jo 15. 16 Vós não me escolhestes a mim mas eu vos escolhi a vós, e vos designei, para que vades e deis frutos, e o vosso fruto permaneça, a fim de que tudo quanto pedirdes ao Pai em meu nome, ele vo-lo conceda.
19. Sou Dizimista porque DEUS diz: “Fazei prova de Mim” . Ml 3. 10 Trazei todos os dízimos à casa do tesouro, para que haja mantimento na minha casa, e depois fazei prova de mim, diz o Senhor dos exércitos, se eu não vos abrir as janelas do céu, e não derramar sobre vós tal bênção, que dela vos advenha a maior abastança.
20. Sou Dizimista porque minha descendência não vai mendigar o pão. Sl 37. 25 Fui moço, e agora sou velho; mas nunca vi desamparado o justo, nem a sua descendência a mendigar o pão.
21. Sou Dizimista porque meu salário não será posto em saco furado. Ag 1. 6 Tendes semeado muito, e recolhido pouco; comeis, mas não vos fartais; bebeis, mas não vos saciais; vestis-vos, mas ninguém se aquece; e o que recebe salário, recebe-o para o meter num saco furado.
22. Sou Dizimista porque é minha responsabilidade o sustento da igreja. Ml 3. 10 Trazei todos os dízimos à casa do tesouro, para que haja mantimento na minha casa, e depois fazei prova de mim, diz o Senhor dos exércitos, se eu não vos abrir as janelas do céu, e não derramar sobre vós tal bênção, que dela vos advenha a maior abastança.
23. Sou Dizimista porque quero ter a consciência tranqüila. 1Tm 1. 19 conservando a fé, e uma boa consciência, a qual alguns havendo rejeitado, naufragando no tocante à fé;
24. Sou Dizimista porque tudo o que o homem plantar, isso ceifará.  Gl 6. 7 Não vos enganeis; DEUS não se deixa escarnecer; pois tudo o que o homem semear, isso também ceifará.
25. Sou Dizimista porque DEUS suprirá todas as minhas necessidades. Fl 4. 19 Meu DEUS suprirá todas as vossas necessidades segundo as suas riquezas na glória em CRISTO JESUS.
Na verdade na nova aliança tudo o que é meu, não é meu, mas de DEUS, eu administro e aplico na obra.
Estudo adquirido a partir de       www.estudosbiblicos.com

RESUMO:   
1- O que é Dízimo?
Corresponde à décima parte do que se arrecada.
2- Porque dar ou entregra o Dízimo?
Não sei se a palavra certa seria dar, ou pagar, ou entregar, mas básicamente quando alguém sente o desejo de ajudar a obra de DEUS, reconhecendo em seus líderes pessoas que estão vivendo exclusivamente pela causa do mestre JESUS; levam sua contribuição ao templo ou congregação para que haja mantimento e suficientes fundos para as despesas na obra de DEUS, isso sempre agradecidos a DEUS, sabendo que é DELE mesmo que receberam aquilo que estão devolvendo.
3- Todos os membros biblicamente são “obrigados” a dar o Dízimo?
Ninguém é obrigado a dar o dízimo. O dízimo é uma opção de ajuda na obra de DEUS, devendo o dizimista ter em mente de que é apenas um mordomo de DEUS aqui na terra, aplicando seus rendimentos provindos de DEUS, na obra do próprio DEUS e não se esquecendo que tudo o que temos ou possuímos devemos ao próprio DEUS e devemos não só dar o dízimo, mas também ofertas para que o trabalho do Senhor não seja prejudicado e sempre possa progredir na evangelização dos povos.
“ MAIS BEM-AVENTURADA COISA É DAR DO QUE RECEBER!” (JESUS)
“Do Senhor é a terra e a sua plenitude; o mundo e aqueles que nele habitam” (Sl 24.1).
LEITURA BÍBLICA: I Tm 6.6-10

MORDOMIA CRISTÃ
Há uma grande diferença entre POSSE e MORDOMIA: DEUS é o possuidor de todas as coisas (Gn 14.19-22; Sl 24.1; 50.1-12; 68.19; 89.11; Ag 2.8). Enquanto Mordomia implica que não somos donos; somos apenas mordomos responsáveis que devem prestar contas (Mt 25.14-30;

Lc 19.11-26). Temos diferentes relações entre dono-mordomo:

a) Vida, o que recebemos (Gn 1.27-28; At 17.25; Tg 1.17).

b) Tempo, o que nos foi outorgado (Pv 24.30-34); Sl 90:12).

c) Talentos, o que nos foi dado para usar (Mt 25.14-30).

d) Possessões, o que nos é confiado (Mt 6.19-21; Co 3.1- 2).

e) Finanças, o que ganhamos com o nosso trabalho (I Co 16.1-2).

Para sermos um bom mordomo são necessários os requisitos:

a) Fidelidade (I Co 4.1-2).

b) Disposição a receber ensino (Sl 27.11).

c) Desejo de servir as pessoas (Rm 12.10-13).

d) Um coração de servo (Gl 5.13).

e) Disposição para dar (Lc 6.38).


AS FINANÇAS
A questão financeira tem um tratamento bíblico bastante sério:
a) Os Evangelho contém mais advertências contra o dinheiro e seu mau uso do que contra qualquer outro assunto.

b) Um em cada seis versículos do N.T. faz alguma referência ao dinheiro.

c) Quase a metade das parábolas de JESUS tem alguma referência a dinheiro, especialmente advertência contra a cobiça.

d) Judas vendeu CRISTO por dinheiro, que nunca chegou a usá-lo.

e) Satanás na cena da glória da igreja primitiva através do dinheiro, quando se vivia um ambiente de doação (At 5:1-10).

f) O pecado de “Simonia” refere-se a dinheiro e a tentar comprar os dons de DEUS com ele (At 8:14-24).

g)  Riqueza e tradição (Ap 13:16-18), são palavras ligadas ao poder de comprar e vender. Em si o dinheiro não é mau. É o amor ao dinheiro que é a raiz de todos os males (I Tm 6.7- 10).


DÍZIMOS E OFERTAS
As Escrituras dizem o seguinte sobre dízimos e ofertas:

a) Devemos trazer nossos dízimos e ofertas à tesouraria da casa de DEUS (casa do tesouro, Ml 3.7- 12).

b) A casa de DEUS é o lugar onde o povo de DEUS é “alimentado”.

O dízimo é para nossos dias? Sim, tanto no V.T. como no N.T. os participativos devem entregar o dízimo das suas rendas:
I ) O DÍZIMO ANTES DA LEI

a) Abraão (sob aliança, Gn 14:18-20).

b) Jacó (sob aliança, Gn   28:22).

II) O DÍZIMO SOB A LEI: Israel, aliança mosáica (Lv 27.30-33; Nm 18.20-24; 25-32).

III) O DÍZIMO SOB A GRAÇA: JESUS confirmou o dízimo. O dízimo não era da lei, mas antes da lei (Mt 23.33; Lc 11:42; 18.12; Hb 7.1-21).

“Roubará o homem a DEUS? todavia vós me roubais, e dizeis: Em que te roubamos: Nos dízimos e nas ofertas. Com maldição sois amaldiçoados, porque me roubais a mim, vós, toda a nação. Trazei todos os dízimos à casa do tesouro, para que haja mantimento n a minha casa, e depois fazei prova de mim, diz o Senhor dos Exércitos, se eu não derramar sobre vós uma bênção tal, que dela vos advenha a maior abastança” (Ml 3.8-10).

PRINCÍPIOS DO DAR
a) Dar-nos primeiramente ao Senhor (II Co 8.5).

b) Dar de boa vontade (II Co 8:3-12).

c) Dar com alegria (II Co 9:7).

d) Dar com generosidade, com liberalidade (II Co 8.2; 9.13).

e) Dar proporcionalmente (II Co 9.6; 8.14-15).

f) Dar regularmente (I Co 16.1-2).

g) Dar sistematicamente (II Co 9.7).
h)Dar com amor (II Co 8.24).
i) Dar com gratidão (II Co 9.11-12).
j) Dar como ministração ao Senhor e seus santos (II Co 9.12- 13).

DESTAQUE: O que dá pela LEI, dá por obrigação. O que dá por AMOR, dá por prazer. Louvado seja DEUS.

CONCLUSÃO
Hoje alguns grupos, até evangélicos, vivem uma verdadeira exploração das pessoas bem intencionadas, em relação ao dinheiro. Há denominações que administram bem os seus dízimos e ofertas, à estas que o tempo já demonstrou responsabilidade e compromisso com o Reino de DEUS,  são dignas de receberem os dízimos e ofertas de seus membros, porque neste caso está administrando o trabalho e a dignidade de vida de cada um. Sejamos dizimistas.

MELQUISEDEQUE ABENÇOA ABRAÃO
Ao voltar vitorioso da guerra, Abraão encontrou-se com Melquisedeque.
1. Quem era Melquisedeque? 
Era rei de Salém e sacerdote do DEUS Altíssimo (Gn 14.18). Certamente era um rei cananita que servia o DEUS verdadeiro. (SC)
2. Melquisedeque, um tipo de CRISTO. 
Consideremos alguns pontos de coincidência entre os dois: **Feito semelhante ao Filho de DEUS * * (Hb 7.3).
a) Seu nome. Melquisedeque significa “rei de justiça”. JESUS é a nossa justiça (Jr 23.6). Ele é Rei (l Tm 6.15). Melquisedeque era rei de paz. JESUS é o Príncipe da Paz (Is 9.6). Ele é a nossa Paz (Ef 2.14).
b) Seu ministério. A investidura de Melquisedeque no sacerdócio do DEUS Altíssimo não estava vinculada à condição de pertencer à tribo de Lê vi, pois este ainda nem existia. Melquisedeque era cananeu. DEUS falou por Davi uma mensagem profética a respeito de JESUS:  Tu és sacerdote eterno, segundo a ordem de Melquisedeque” (SI 110.4). Assim como Melquisedeque, CRISTO foi chamado por DEUS para ser o Sumo Sacerdote.sem ter vínculo com a tribo de Levi. JESUS, enquanto homem ,nasceu na tribo de Judá.
c) Sua genealogia. ”Sem pai, sem mãe, sem genealogia, não tendo princípio nem fim de dias” (Hb 7.3). Estes dados acerca de Melquisedeque não ficaram registrados na história da sua vida. E esta omissão foi aproveitada pelo ESPÍRITO SANTO como uma alegoria de CRISTO, o qual é DEUS de eternidade a eternidade e não teve pai terreno (SI 90.2).
d) Seu ministério gentílico. Melquisedeque era cananeu e. portanto. sacerdote em um país gentílico. CRISTO veio para trazer salvação a todos os homens, isto inclui os gentios. **E no seu nome os gentios esperarão” (Mt 12.21).
e) Melquisedeque confortou Abraão com pão e vinho (Gn 14.18). CRISTO nos convida à sua mesa, para com o pão e o vinho, símbolos de sua morte, tonificar a vida daqueles que estão empenhados numa luta que não é contra a carne e o sangue, mas. sim. contra as hostes espirituais da maldade nos lugares celestiais (Ef 6.12).


Genesis 14.20 - E bendito seja o DEUS Altíssimo, que entregou os teus inimigos nas tuas mãos! E Abrão deu-lhe o dízimo de tudo.
3. A bênção sobre Abraão. Melquisedeque abençoou Abraão em nome do DEUS Altíssimo (Gn 14.19). Dessa maneira, Melquisedeque glorificou a DEUS porque Ele (não a força de Abraão) havia sido a causa da vitória sobre os inimigos naquela peleja (Gn 14.20).
4. Abraão» o dizimista. Abraão pagou o dízimo do despojo a Melquisedeque (Gn 14.20). Isto ele fez porque DEUS lhe havia revelado o valor espiritual de Melquisedeque. Foi assim que Abraão encontrou-se pela primeira vez com um homem de DEUS, desde que iniciou a sua caminhada de fé, e deve ter experimentado uma profunda comunhão espiritual, e deve ter saído deste encontro enriquecido em sua vida espiritual. É assim que deve ser entre os verdadeiros servos de DEUS (Rm 1.11.12).

DÍZIMOS E OFERTAS (CPAD - BEP)

Ml 3.10 “Trazei todos os dízimos à casa do tesouro, para que haja mantimento na minha casa, e depois fazei prova de mim, diz o SENHOR dos Exércitos, se eu não vos abrir as janelas do céu e não derramar sobre vós uma bênção tal, que dela vos advenha a maior abstança.”


DEFINIÇÃO DE DÍZIMOS E OFERTAS. A palavra hebraica para “dízimo” (ma’aser) significa literalmente “a décima parte”.

(1) Na Lei de DEUS, os israelitas tinham a obrigação de entregar a décima parte das crias dos animais domésticos, dos produtos da terra e de outras rendas como reconhecimento e gratidão pelas bênçãos divinas (ver Lv 27.30-32; Nm 18.21,26; Dt 14.22-29; ver Lv 27.30). O dízimo era usado primariamente para cobrir as despesas do culto e o sustento dos sacerdotes. DEUS considerava o seu povo responsável pelo manejo dos recursos que Ele lhes dera na terra prometida (cf. Mt 25.15; Lc 19.13).

(2) No âmago do dízimo, achava-se a idéia de que DEUS é o dono de tudo (Êx 19.5; Sl 24.1; 50.10-12; Ag 2.8). Os seres humanos foram criados por Ele, e a Ele devem o fôlego de vida (Gn 1.26,27; At 17.28). Sendo assim, ninguém possui nada que não haja recebido originalmente do Senhor (Jó 1.21; Jo 3.27; 1Co 4.7). Nas leis sobre o dízimo, DEUS estava simplesmente ordenando que os seus lhe devolvessem parte daquilo que Ele já lhes tinha dado.

(3) Além dos dízimos, os israelitas eram instruídos a trazer numerosas oferendas ao Senhor, principalmente na forma de sacrifícios. Levítico descreve várias oferendas rituais: o holocausto (Lv 1; 6.8-13), a oferta de manjares (Lv 2; 6.14-23), a oferta pacífica (Lv 3; 7.11-21), a oferta pelo pecado (Lv 4.1-5.13; 6.24-30), e a oferta pela culpa (Lv 5.14-6.7; 7.1-10).

(4) Além das ofertas prescritas, os israelitas podiam apresentar outras ofertas voluntárias ao Senhor. Algumas destas eram repetidas em tempos determinados (ver Lv 22.18-23; Nm 15.3; Dt 12.6,17), ao passo que outras eram ocasionais. Quando, por exemplo, os israelitas empreenderam a construção do Tabernáculo no monte Sinai, trouxeram liberalmente suas oferendas para a fabricação da tenda e de seus móveis (ver Êx 35.20-29). Ficaram tão entusiasmados com o empreendimento, que Moisés teve de ordenar-lhes que cessassem as oferendas (Êx 36.3-7). Nos tempos de Joás, o sumo sacerdote Joiada fez um cofre para os israelitas lançarem as ofertas voluntárias a fim de custear os consertos do templo, e todos contribuíram com generosidade (2Rs 12.9,10). Semelhantemente, nos tempos de Ezequias, o povo contribuiu generosamente às obras da reconstrução do templo (2Cr 31.5-19).

(5) Houve ocasiões na história do AT em que o povo de DEUS reteve egoisticamente o dinheiro, não repassando os dízimos e ofertas regulares ao Senhor. Durante a reconstrução do segundo templo, os judeus pareciam mais interessados na construção de suas propriedades, por causa dos lucros imediatos que lhes trariam, do que nos reparos da Casa de DEUS que se achava em ruínas. Por causa disto, alertou-lhes Ageu, muitos deles estavam sofrendo reveses financeiros (Ag 1.3-6). Coisa semelhante acontecia nos tempos do profeta Malaquias e, mais uma vez, DEUS castigou seu povo por se recusar a trazer-lhe o dízimo (Ml 3.9-12).


A ADMINISTRAÇÃO DO NOSSO DINHEIRO. Os exemplos dos dízimos e ofertas no AT contêm princípios importantes a respeito da mordomia do dinheiro, que são válidos para os crentes do NT.
(1) Devemos lembrar-nos que tudo quanto possuímos pertence a DEUS, de modo que aquilo que temos não é nosso: é algo que nos confiou aos cuidados. Não temos nenhum domínio sobre as nossas posses.
(2) Devemos decidir, pois, de todo o coração, servir a DEUS, e não ao dinheiro (Mt 6.19-24; 2Co 8.5). A Bíblia deixa claro que a cobiça é uma forma de idolatria (Cl 3.5).

(3) Nossas contribuições devem ser para a promoção do reino de DEUS, especialmente para a obra da igreja local e a disseminação do evangelho pelo mundo (1Co 9.4-14; Fp 4.15-18; 1Tm 5.17,18), para ajudar aos necessitados (Pv 19.17; Gl 2.10; 2Co 8.14; 9.2; ver o estudo O CUIDADO DOS POBRES E NECESSITADOS), para acumular tesouros no céu (Mt 6.20; Lc 6.32-35) e para aprender a temer ao Senhor (Dt 14.22,23).

(4) Nossas contribuições devem ser proporcionais à nossa renda. No AT, o dízimo era calculado em uma décima parte. Dar menos que isto era desobediência a DEUS. Aliás equivalia a roubá-lo (Ml 3.8-10).

Semelhantemente, o NT requer que as nossas contribuições sejam proporcionais àquilo que DEUS nos tem dado (1Co 16.2; 2Co 8.3,12; ver 2Co 8.2).

(5) Nossas contribuições devem ser voluntárias e generosas, pois assim é ensinado tanto no AT (ver Êx 25.1,2; 2Cr 24.8-11) quanto no NT (ver 2Co 8.1-5,11,12). Não devemos hesitar em contribuir de modo sacrificial (2Co 8:3), pois foi com tal espírito que o Senhor JESUS entregou-se por nós (ver 2Co 8.9). Para DEUS, o sacrifício envolvido é muito mais importante do que o valor monetário da dádiva (ver Lc 21.1-4).

(6) Nossas contribuições devem ser dadas com alegria (2Co 9.7). Tanto o exemplo dos israelitas no AT (Êx 35.21-29; 2Cr 24.10) quanto o dos cristãos macedônios do NT (2Co 8.1-5) servem-nos de modelos.

(7) DEUS tem prometido recompensar-nos de conformidade com o que lhe temos dado (ver Dt 15.4; Ml 3.10-12; Mt 19.21; 1Tm 6.19; ver 2Co 9.6).


INTERAÇÃO
Professor, você é um dizimista fiel? Contribuir com os dízimos e as ofertas é um grande privilégio. Precisamos fazê-lo com alegria, pois tudo que temos pertence ao Senhor. Tudo vem dEle - nosso trabalho, saúde, família. A vida já é uma dádiva divina. De que adianta contribuir por constrangimento ou legalismo? DEUS não precisa do nosso dinheiro. Ele é o dono da prata e do ouro. Temos de contribuir impulsionados pelo amor abnegado e desinteresseiro. DEUS não está preocupado com a quantia que entregamos, mas com o nível de desprendimento, sacrifício e fé. Que sejamos mordomos fiéis do Senhor, sabendo que Ele é fiel para suprir todas as nossas necessidades.

OBJETIVOS - Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
Analisar a questão do dízimo e das ofertas dentro de uma perspectiva bíblica.
Conscientizar-se de que a prática do dízimo e das ofertas é uma forma de adoração ao Senhor.
Explicar os dízimos e as ofertas como fontes de bênçãos.

RESUMO DA LIÇÃO 9, DÍZIMOS E OFERTAS

I. DÍZIMOS E OFERTAS NA BÍBLIA 
1. O Antigo Testamento. 
2. O Novo Testamento. 

II. A PRÁTICA DO DÍZIMO E DAS OFERTAS COMO FORMA DE ADORAÇÃO 
1. Reconhecimento da soberania e da bondade de DEUS. 
2. Reconhecimento do valor do próximo.
III. DÍZIMOS E OFERTAS COMO FONTES DE BÊNÇÃOS 
1. A bênção da multiplicação. 
2. A bênção da restituição. 
3. A bênção da provisão. 

VOCABULÁRIO 
Ab-rogar: Anular, revogar.

BIBLIOGRAFIA SUGERIDA 
RICHARDS, L. O. Comentário Histórico-Cultural do Novo Testamento. 1.ed., RJ: CPAD, 2007.

ZUCK, R. B. Teologia do Antigo Testamento. 1.ed., RJ: CPAD, 2009.

AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO I - Subsídio Teológico 
“Embora a Bíblia revele claramente o dízimo como uma disciplina financeira divinamente ordenada, com as maravilhosas promessas que o acompanham e garantidas pelo próprio DEUS, alguns ainda fazem uma pergunta já bastante batida: ‘O dízimo não se aplica apenas ao Antigo Testamento?’
A ideia aqui expressa é que o dízimo faz parte da Lei e, portanto, não tem significado algum para os crentes do Novo Testamento. Esta resistência geralmente projeta a noção de que ensinar o pagamento do dízimo privará o cristão da sua ‘liberdade’ ou levará o crente a ‘entrar na Lei e sair da graça’. Mas a verdade do dízimo não se encontra apenas no Antigo, pois o Novo Testamento mostra-o tão apropriado para nós, hoje, quanto para os crentes do passado. A Palavra de DEUS revela que todas as suas bênçãos e alianças pertencem à graça, não à lei. O próprio JESUS referiu-se à questão do dízimo. Está registrado em dois livros do Novo Testamento: Mateus e Lucas.
JESUS tratava com os fariseus, um grupo de religiosos radicais que se limitavam à letra da Lei sem atender às exigências espirituais. JESUS observou que eles na verdade davam o dízimo, mas atacou a sua suposição de que a obediência a um ‘ritual’ liberava-os da realidade maior: a obediência às responsabilidades do amor.
[…] O dízimo pode ter começado no Antigo Testamento, mas seu espírito, verdade e prática, continuam válidos” (HAYFORD J.A Chave de Tudo. 1.ed., RJ: CPAD, 1994, pp.93-4).

AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO II - Subsídio Teológico
“A prática do dízimo ensinada no Novo Testamento
Há três referências do dízimo no Novo Testamento. Duas delas são paralelas e se referem ao ensino de JESUS dado aos fariseus (Mt 23.23; Lc 11.42). A terceira referência encontra-se na carta aos Hebreus (Hb 7.1-10). Existe uma teoria anti-dizimista que utiliza esse texto para rejeitar a prática do dízimo na dispensação da graça. O texto está provando a superioridade de CRISTO sobre a velha dispensação, e de modo particular, sobre o sacerdócio judaico. O texto diz que Abraão pagou seu dízimo a Melquisedeque, que era sacerdote do ‘DEUS Altíssimo’. Ora, isto foi muito antes da instituição da Lei do Antigo Testamento. Se Melquisedeque era figura de CRISTO, Abraão lhe deu o dízimo. Assim sendo, hoje os crentes em CRISTO lhe dão os dízimos, pois Ele é Sacerdote Eterno, segundo a ordem de Melquisedeque. Se Melquisedeque recebeu os dízimos de Abraão, por que CRISTO não receberia o dízimo de seus fiéis para a propagação do evangelho?
Paulo declara e ensina à igreja em Corinto que os que trabalham no ministério cristão também devem viver do ministério (1 Co 9.13). Destaca também que o princípio do sustento do ministério sacerdotal na dispensação da lei é o mesmo da graça. Paulo estava discutindo o seu direito ao seu sustento por parte das igrejas com as quais estava trabalhando. Com esse argumento ele estabelece o princípio entre as duas dispensações, a lei e a graça, e diz: ‘Assim ordenou também o Senhor aos que anunciam o evangelho, que vivam do evangelho’” (1 Co 9.14) (CABRAL, E. Mordomia Cristã: Aprenda como Servir Melhor a DEUS. 1.ed., RJ: CPAD, 2003, p.138).

AJUDA
CPAD - http://www.cpad.com.br/ - Bíblias, CD’S, DVD’S, Livros e Revistas. BEP - BÍBLIA de Estudos Pentecostal.
VÍDEOS da EBD na TV, DE LIÇÃO INCLUSIVE - http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/videosebdnatv.htm
BÍBLIA ILUMINA EM CD - BÍBLIA de Estudo NVI EM CD - BÍBLIA Thompson EM CD.
BANCROFT, E. H. Teologia Elementar. São Paulo, IBR, 1975.
CEGALLA, D. P. Novíssima Gramática da Língua Portuguesa. São Paulo, Companhia Editora Nacional, 1977.
BÍBLIA. Português. Bíblia Sagrada. Edição contemporânea. São Paulo, Vida, 1994.
McNAIR, S. E. A Bíblia Explicada. Rio de Janeiro, CPAD, 1994.
Espada Cortante 2 - Orlando S. Boyer - CPAD - Rio de Janeiro - RJ
CHAMPLIN, R. N. Enciclopédia de Bíblia, Teologia e Filosofia. 5. ed. São Paulo: Hagnos, 2001. v. 1

VOS, Howard F.; REA, John. Dicionário Bíblico Wycliffe. Rio de Janeiro: CPAD, 2006.

VINE, W. E.; UNGER, Merril F.; WHITE JR, William. Dicionário Vine. 2. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2003.

GILBERTO, Antonio. A BÍBLIA Através dos Séculos. Rio de Janeiro: CPAD, 1987. HORTON, Stanley. Teologia Sistemática. Rio de Janeiro: CPAD, 1996.

Romeiro, Paulo - Decepcionados com a graça : esperanças e frustrações no Brasil neopentecostal / Paulo Romeiro. - São Paulo : Mundo Cristão, 2005.

Ari Pedro ORO, Igreja Universal do Reino de DEUS: Os novos conquistadores da fé, p. 32,33. V. tb. entrevista sobre o mesmo tema na revista Eclésia, dezembro de 2003, p. 18.
Paulo ROMEIRO, Super Crentes e Evangélicos em crise.

Dennis A. SMITH, “Pistas polêmicas para uma pastoral no final do milênio” in

Benjamin F. GUTIÉRREZ e Leonildo S. CAMPOS, Na força do ESPÍRITO, p. 286.

Peq.Enc.Bíb. - Orlando Boyer - CPAD
Livro Jó - Claudionor De Andrade - CPAD
Introdução e Comentários de Francis I.Andersen - Sociedade Religiosa Edições Vida Nova - S.Paulo - SP
Impressão 05/1996  -  http://www.vidanova.com.br/
MURPMY, R. E. - Jó e Salmos. Encontros e Confrontos com DEUS, Ed Paulinas, 1985.
Mateus, introdução e comentário - Série cultura bíblica - R. V. G. Tasker - Editora: Vida Nova


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O Perigo de Querer Barganhar com Deus - Rede Brasil de Comunicação

Igreja Evangélica Assembléia de Deus - Recife / PE
Superintendência das Escolas Bíblicas Dominicais






LIÇÃO 08 - O PERIGO DE QUERER BARGANHAR COM DEUS
INTRODUÇÃO

Nesta lição iremos aprender que Deus condena a barganha e que seu relacionamento conosco não se dá de uma forma mercantil, mas por sua graça e seu favor imerecido (Tt 2.11). Veremos também que apesar de Cristo ter nos concedido direitos ao consumar a sentença pelos nossos pecados (Rm 6.23), deu-nos também deveres a serem cumpridos (Jo 15.10). E estes direitos não concedem a nenhum servo de Deus ousadia de exigir dele algo, mas de pedir (Hb 4.16). Enfim, analisaremos também os perigos que cercam aqueles que se deixam envolver por falsos ensinamentos.

I - CONCEITO DA PALAVRA BARGANHA
Segundo o Aurélio, a palavra barganha, vem do latim bargagnare” e significa: trocar, negociar, vender com fraude. Ou seja, é a consagrada expressão brasileira do “toma lá, dá cá”. No contexto religioso, barganhar é usar a fé para obter vantagens pessoais.

II - O QUE SIGNIFICA TEOLOGIA DA BARGANHA
Segundo os teólogos da prosperidade, os cristãos devem obedecer a Deus para conquistar as bênçãos prometidas por Ele em Sua Palavra. Dizem que, se obedecermos a Deus, jamais sofreremos privações. Esse ensinamento pode ser denominado de Teologia da Barganha.
Na verdade, essa teologia era também defendida por um dos amigos de Jó, chamado de Elifaz. Este alegava veementemente que nenhum sofrimento poderia vir ao justo, mas somente ao ímpio; e que se este estava passando por qualquer infortúnio, o motivo seria pecado. Vejamos uma de suas declarações: -Lembra-te agora: qual é o inocente que jamais pereceu? E onde foram os sinceros destruídos? Segundo eu tenho visto, os que lavram iniquidade e semeiam o mal, segam isso mesmo. Com o hálito de Deus perecem; e com o sopro da sua ira se consomem” (Jó 4.7-9).
Será de fato isto que nos ensinam as Escrituras Sagradas? A obediência a Deus deve ter como motivação o mero interesse de alcançar seus favores? É evidente que não. As bênçãos devem ser consequência, e não causa da nossa devoção a Deus. Na verdade, esse comportamento se constitui numa relação mercantil, e não numa relação que o Pai deseja ter com seus filhos. A Bíblia aponta algumas motivações para nós obedecermos ao nosso Deus.
Destacaremos pelo menos três:
  • Amor: Amarás, pois, ao SENHOR teu Deus, e guardarás as suas ordenanças, e os seus estatutos, e os seus juízos, e os seus mandamentos, todos os dias” (Dt 11:1). “Aquele que tem os meus mandamentos e os guarda esse é o que me ama; e aquele que me ama será amado de meu Pai, e eu o amarei, e me manifestarei a ele” (Jo 14:21);
  • Gratidão: “Bendize, ó minha alma, ao SENHOR, e não te esqueças de nenhum de seus benefícios” (Sl 103:2). “Entrai pelas portas dele com gratidão, e em seus átrios com louvor; louvai-o, e bendizei o seu nome” (Sl 100:4);
  • Alegria: “Servi ao SENHOR com alegria; e entrai diante dele com canto” (Sl 100:2). “E, perseverando unânimes todos os dias no templo, e partindo o pão em casa, comiam juntos com alegria e singeleza de coração” (At 2:46).
III - ALGUNS PRESSUPOSTOS DA TEOLOGIA DA BARGANHA

Os adeptos da Teologia da Prosperidade ensinam ainda em suas deturpações duas grandes inverdades: a falsa doutrina do direito legal, e a prática do determinismo. Vejamos ambas detalhadamente:

3.1 A falsa doutrina do direito legal: Essa crença afirma que a morte vicária de Cristo concedeu uma série de direitos aos que nele creem. Isto supostamente dá poder aos cristãos de exigirem de Deus seus favores, ao invés de pedir.
Observe o que diz Hagin em um de seus livros: “Descobri que o modo mais eficaz de se orar é aquele pelo qual você requer os seus direitos. É assim que eu oro: “Exijo meus direitos” (PIERATT, 1993, p.70 ).
Refutação: É verdade que o sacrifício de Cristo nos concedeu poder e/ou direitos (Jo 1:13), porém também nos responsabilizou com deveres (Ap 22.14). Tais direitos não poderão ser desfrutados se os deveres não forem cumpridos.
No entanto, isto não significa dizer que como filhos devemos exigir algo do Pai, pois, em nenhum lugar na Bíblia somos ensinados a exigir de Deus alguma coisa, pelo contrário, Jesus nos ensina a pedir: “Pedi, e dar-se-vos-á; buscai, e encontrareis; batei, e abrir-se-vos-á” (Mt 7:7). A expressão pedir no grego “aiteõ” sugere na maioria das vezes a atitude de um suplicante, ou seja, a petição daquele que está em posição inferior (o cristão), aquele que está em posição superior e a quem a petição é feita (Deus). Este verbo é encontrado nas seguintes passagens bíblicas: (Ef 3.20; Cl 1.9; Tg 1.5,6;4.2,3; I Jo 3.22; 5.14-16).

3.2 A prática do determinismo: Segundo essa doutrina, o cristão deve determinar ao invés de orar e esperar. Como podemos ver, esse falso ensinamento, contraria a soberania divina, de decidir, querer ou não ao crente o que este lhe pede. É o que ensina os teólogos da prosperidade: “Não orei uma só oração em 45 anos sem obter uma resposta.
Sempre recebi uma resposta - e a resposta foi sempre “sim”. Algumas pessoas dizem: “Deus sempre responde às orações. Às vezes diz: “Sim,” e às vezes diz: “Não”. Nunca li isto na Bíblia. Trata-se apenas de raciocínio humano (PIERATT, 1993, p. 79).

Refutação: Jesus e os seus santos apóstolos nunca ensinaram a prática de determinar alguma coisa, nem que sempre as respostas das orações seriam imediatas, mas, ensinaram a prática da oração seguida da perseverança: (Lc 18.1-7;Rm 12.12; I Ts 5.17). Daniel orou vinte um dias por uma resposta (Dn 10.2,12); Elias orou setes vezes consecutivas para que chovesse (I Rs 18.43,44). Outra coisa deve-se ressaltar, que nem sempre Deus responde com um “sim” as nossas petições, a exemplo disto temos: Moisés (Dt 3:25) e Paulo (II Co 12:7).

IV - O PERIGO DE SE TENTAR BARGANHAR COM DEUS

A difusão da Teologia da Barganha tem feito com que uma geração de crentes tornem-se materialistas, cheios de direitos, e pouco ou quase nenhum dever a ser cumprido, servindo a Deus apenas por conveniência. No entanto, os verdadeiros servos de Deus, lhe obedecem independente do que Deus lhes possa conceder, tais como: O patriarca Jó que, quando foi provado, perdeu tudo, porém, não deixou escapar a fé, o amor e esperança (Jó 19.25-27); como o profeta Habacuque que, apesar de estar passando privações, podia exultar no Senhor (Hc 3.17,18); e ainda como Misael, Hananias e Azarias, que não se curvaram diante do ídolo que Nabucodonosor, ainda que sentenciados a morte pela fornalha (Dn 3.17,18).
Os Teólogos da Prosperidade com seus ensinos deturpados, trazem consigo uma grande inversão de valores, pois, o material torna-se mais importante que o espiritual; o ter mais importante que o ser; e a terra mais importante que o céu. Não bastasse essa série de absurdos, outras doutrinas danosas a fé cristã, têm sido introduzidas de forma encoberta, entre as quais podemos citar:

4.1 Humanização de Deus e divinização do homem: Este estranho ensinamento é defendido a partir do momento que o homem passa a exigir, ao invés de pedir a Deus, e Deus passa a cumprir, porque é obrigado a fazê-lo. No entanto, a Bíblia nos diz que apesar de Deus interferir na criação, como um ser imanente (não se encontra a parte da sua criação), ele é um ser transcendende (é superior e está acima da criação), e que também é soberano para fazer como e quando quiser (Is 43.13). Diferente do homem que foi feito do pó (Gn 3.19), é menor que os anjos (Sl 8.4,5) e que seus mais altos atos de justiça são como trapos de imundícia diante da perfeição do Criador (Is 64.6);

4.2 Amar as coisas e usar as pessoas: Torna-se perceptível o tratamento que os propagadores da Teologia da prosperidade dão as pessoas. Com o objetivo de manterem seus programas na TV em horário nobre, fazem inúmeras campanhas para arrancar dos seus membros o que puder, alegando astuciosamente que estas ofertas são sementes, e que Deus lhes recompensará devolvendo cem ou até mil vezes mais. O apóstolo Pedro anteveu o surgimento desta falácia quando disse: “E por avareza farão de vós negócio com palavras fingidas; sobre os quais já de largo tempo não será tardia a sentença, e a sua perdição não dormita” (II Pe 2.3)No entanto, é importante saber que Deus condena a barganha (Êx 23.8) pois o seu relacionamento conosco não se dá de uma forma comercial ou troca de favores (Dt 10.17)mas por sua graça e bondade (Sl 103.8);

4.3 Práticas mágicas ao invés da disciplina da oração: Ainda encontra-se entre os seus ensinos as práticas mágicas, ou seja, o caminho mais curto que a oração. A fé na Palavra fora substituída pela fé nos artefatos supostamente consagrados que trazem algum “poder”, como por exemplo (lenço, água, óleo, flor…). Como podemos ver a história se repete, pois tal comércio se fazia com relíquias na época de Lutero. Porém, a citação paulina: -Mas o justo viverá da fé. (Hc 2.4;Rm 1.17)que desabrochou na reforma protestante, e que resgatou a verdadeira direção da fé: a pessoa de Cristo (Jo 3.16), a Palavra de Cristo e o poder de Cristo (Mt 22.29).

CONCLUSÃO
Concluímos dizendo que o fato de sermos filhos Deus não significa dizer que Ele atenderá todos os nossos pedidos. Existem condições estabelecidas por Deus em Sua Palavra, para que possamos receber suas bençãos. Porém, faz-se necessário permanecer em Cristo (Jo 15.17); guardar seus mandamentos (I Jo 3.22); e orar de acordo com a Sua vontade (I Jo 5.14), pois se pedirmos mal, não seremos atendidos (Tg 4.3).

REFERÊNCIAS
  • PIERATT, Allan B. O evangelho da prosperidade. Vida Nova.
  • STAMPS, Donald C. Bíblia de Estudo Pentecostal. CPAD.
  • GONÇALVES, José. A verdadeira prosperidade. CPAD
  • ANDRADE, Claudionor de. Lições Bíblicas: o sofrimento dos justos e o seu propósitoCPAD.
  • VINE, W.E, et al. Dicionário Vine. CPAD.
Publicado no site da Rede Brasil de Comunicação





Lição 7 - Tudo Posso Naquele que me Fortalece

Superintendência das Escolas Bíblicas Dominicais
Pastor Presidente: Ailton José Alves

INTRODUÇÃO

A vida cristã não é só de bênçãos, ela inclui sofrimentos e privações, a exemplo disto, temos o apóstolo dos gentios, Paulo. Este instrumento escolhido por Deus, com a finalidade de levar seu nome por onde fosse enviado, padeceu necessidades, como uma pessoa qualquer. No entanto, a despeito das agruras que sofreu, como um fiel seguidor de Cristo, contava com o seu poder que lhe proporcionava condições de viver os altos e baixos da vida, sempre com regozijo e fé, tornando-se exemplo para todas as gerações de cristãos (Fp 4.9).

I - O CONTEXTO DO APÓSTOLO PAULO
A epístola aos filipenses foi escrita pelo apóstolo Paulo, entre o ano de 61 a 63 d.C, quando provavelmente se encontrava preso em Roma (Fp 1.13/4.22). O apóstolo confirma seu encarceramento com suas próprias palavras (Fp 1.7;13). No entanto, apesar de estar sob esta condição, escreveu esta carta aos cristãos com imensa alegria que ardia em seu coração, e que usa como exemplo para exortá-los a sentirem o mesmo: “Regozijai-vos sempre no
Senhor; outra vez digo, regozijai-vos” (Fp 4.4).
A surpreendente ocorrência da palavra “alegria” na carta levou os filipenses a conheceram-na como “a epístola da alegria”. O substantivo “alegria” ocorre cinco vezes (Fp 1.4,25; 2.2,29; 4.1) enquanto o verbo “regozijar-se” aparece nove vezes (1.18; 2.17,18,28; 3.1; 4.4,10). Esta alegria apesar do sofrimento, só pode ser desfrutada por aqueles que têm o fruto do Espírito (Gl 5.22).
É perceptível no conteúdo desta carta, que Paulo conseguia extrair de circunstâncias adversas, coisas boas.
Podemos destacar aqui alguns efeitos positivos tirado de situações negativas, que ele experimentou:
  • As cartas que Paulo escreveu na prisão, em Roma (Efésios, Filipenses, Colossenses e Filemon), serviram e ainda servem como compêndio doutrinário para a igreja de Cristo;
  • A defesa do apóstolo, perante César no pretório, fez com que suas doutrinas se tornassem conhecidas no palácio e em outros lugares: “De maneira que as minhas prisões em Cristo foram manifestas por toda a guarda pretoriana, e por todos os demais lugares” (Fp 1.13);
  • Os cristãos tomaram ânimo ao ver Paulo sendo preso pela fé que professava, e pregavam o evangelho sem receio do que lhes podia acontecer “E muitos dos irmãos no SENHOR, tomando ânimo com as minhas prisões, ousam falar a palavra mais confiadamente, sem temor” (Fp 1.14);
  • Paulo não conseguia escolher qual seria melhor a vida ou a morte, porque em ambos estava com Cristo: “Segundo a minha intensa expectação e esperança, de que em nada serei confundido; antes, com toda a confiança, Cristo será, tanto agora como sempre, engrandecido no meu corpo, seja pela vida, seja pela morte. Porque para mim o viver é Cristo, e o morrer é ganho” (Fp 1.20,21);
  • Sua necessidade despertou nos irmãos de filipos o desejo ardente de ajudá-lo com uma oferta que Paulo considera de grande valor: “Mas bastante tenho recebido, e tenho abundância. Cheio estou, depois que recebi de Epafrodito o que da vossa parte me foi enviado, como cheiro de suavidade e sacrifício agradável e aprazível a Deus” (Fp 4.18).
II - O QUE PAULO QUERIA DIZER
Infelizmente, não são poucos os que declaram a frase: “tudo posso naquele que me fortalece”, ignorando o seu real significado. “O sentido mais popular dada a ela expõe mais presunção do que confiança; mais triunfalismo do que verdadeira fé. Fora do seu contexto, o entendimento que lhe é atribuído é que o crente pode possuir o que quiser, já que é Deus quem lhe garante isso. Tudo posso ganhou o sentido de “tenho posse”. Passa então a ser usado como um mantra que garante a conquista de bens materiais seja em que condição for” (GONÇALVES, 2011, p. 95).
Mas, o que Paulo realmente queria dizer com a célebre frase: “Posso todas as coisas naquele que me fortalece”. Para descobrirmos exatamente o que o apóstolo tinha em mente ao fazer tal declaração, devemos  recorrer ao contexto deste versículo. Afinal de contas um dos grandes erros cometidos quanto a Bíblia, é o de interpretar um texto isoladamente, sem analisar o que diz o contexto, ou seja, o texto que vem antes ou depois do texto. Não devemos interpretar um texto sem o auxílio do contexto, pois, “um texto fora do contexto é um pretexto para heresia”.
Eis aqui o que algumas coisas merecem destaque nas palavras de Paulo em filipenses 4.11-13. Confira:
  • A declaração paulina contida em (Fp 4.13) não se trata de uma confissão positiva, muito pelo contrário. Esta expressão foi dita após as árduas experiências vividas pelo apóstolo (I Co 4.11-13). Estas lhe ensinaram a contentar-se com o que possuia, como ele mesmo confessa em suas palavras:“Não digo isto como por necessidade, porque já aprendi a contentar-me com o que tenho”. Enquanto Hagin ensina aos seus adeptos almejarem coisas altas, aprendemos com Paulo a nos acomodarmos as coisas pequenas (Rm 12:16);
  • A expressão “contentar” usada por Paulo significa: ter prazer; estar satisfeito. Ou seja, ele diz estar satisfeito com o que tem. Esta declaração nos deixa evidente que a Teologia da Prosperidade faz parte de um evangelho que o apóstolo jamais pregaria. Pois enquanto o apóstolo prega contentamento com o que tem “pouco ou muito”, Hagin prega que o cristão obrigatoriamente tem que ter muito, porque pouco é falta de fé ou pecado;
  • Outra coisa que merece ser considerada é que antes de Paulo declarar: “posso todas as coisas em Cristo que me fortalece” (Fp 4.13), ele diz o que pode: “Sei estar abatido, e sei também ter abundância; em toda a maneira, e em todas as coisas estou instruído, tanto a ter fartura, como a ter fome; tanto a ter abundância, como a padecer necessidade” (Fp 4.12). Percebe-se nitidamente o que realmente Paulo queria dizer era que ele podia em Cristo viver sob qualquer condição, porque este lhe supria: “O meu Deus, segundo as suas riquezas, suprirá todas as vossas necessidades em glória, por Cristo Jesus”(Fp 4.19).
III - O QUE CRISTO CONCEDEU A PAULO
Algumas traduções modernas da Bíblia traduzem o verso praticamente igual como “tudo posso naquele que me fortalece”, já a Bíblia NTLH (Nova Tradução da Linguagem de Hoje), traz uma tradução bastante interessante “Com a força que Cristo me dá, posso enfrentar qualquer situação”. Percebe-se claramente que o apóstolo apoiava-se na dependência de Cristo, sua fortaleza. A palavra “fortalecer” no original grego “enduamo” significa: infundir forças, empregado para indicar, dois tipos de força:
3.1 Força da fé: “E não duvidou da promessa de Deus por incredulidade, mas foi fortificado na fé, dando glória a Deus” (Rm 4.20).
3.2 Força espiritual: “No demais, irmãos meus, fortalecei-vos no Senhor e na força do seu poder” (Ef 6.10).
Como podemos ver, a declaração paulina em (Fp 4.13) que diz: “naquele”, que no original está a palavra grega “Cristo” que traduzido é Messias, mostra-nos que Cristo é a fonte da sua força. Por isso, em nenhum momento, encontramos Deus livrando Paulo dos sofrimentos, muito pelo contrário encontramos inúmeras vezes Deus fortalecendo-o nos sofrimentos, isto o fazia pregar sem medo, mesmo sabendo, que podia sofrer as piores agruras: “Ninguém me assistiu na minha primeira defesa, antes todos me desampararam. Que isto lhes não seja imputado. Mas, o Senhor assistiu-me e fortaleceu-me, para que por mim fosse cumprida a pregação, e todos os gentios a ouvissem; e fiquei livre da boca do leão” (II Tm 4.16,17).

CONCLUSÃO
Definitivamente, os pregadores da prosperidade não podem usar a vida do apóstolo Paulo, como uma referência de alguém que nunca passou privações, dores e sofrimentos, para afirmar suas estranhas doutrinas. Visto que o mesmo fora advertido assim que se converteu que “ia sofrer pelo Nome de Cristo” (At 9.15,16). No entanto, gloriava-se nas tribulações que passou por três motivos: 1. porque reconhecia que elas produziam nele paciência (Rm 5.3); 2. porque elas são leves e momentâneas (II Co 4.17) e 3. Porque que não podem ser comparadas com a glória que em nós há de ser revelada (Rm 8.18).

REFERÊNCIAS
  • PIERATT, Allan B. O evangelho da prosperidade. Vida Nova.
  • MACARTHUR. Bíblia de Estudo. SBB.
  • GONÇALVES, José. A verdadeira prosperidade. CPAD.
  • SHEDD. Bíblia de Estudo. SBB.
  • NTLH. Bíblia de Estudo. SBB.


Dinâmica: Querer não é poder!


Objetivo: Entender que nem sempre temos tudo o que queremos.
Material: Lápis ou caneta e um pedaço de papel para cada um dos alunos.
Procedimento: O professor entrega o papel a cada um dos alunos e depois fala: “Queridos muitas vezes temos frustrações na vida e isso é normal, nem sempre conseguimos obter tudo o que queremos, por isso, gostaria que vocês escrevessem nessa folha só um desejo do seu coração que nunca conseguiu realizar!”

Logo depois o professor pede para que os alunos entreguem as folhas e pergunta se pode ler e compartilhar com todos (antes de ler o professor comenta que se algum deles quiser comentar sobre o que escreveu fique à vontade, mas não é obrigado).

Questões:
1.       O que vocês sentem quando não conseguem alcançar um objetivo ou um desejo?
2.       Esse sentimento de impotência mostra-nos o quê?
3.       Por que não podemos tudo o que queremos?
4.       Quem é o único que pode tudo?

Respostas esperadas:
1.       Impotência, frustração.
2.       Que somos limitados, que não conseguimos tudo e etc.
3.       Porque não somos onipotentes, ou porque não somos seres soberanos.
4.       Deus

Reflexão:
É muito bom quando conseguimos atingir um objetivo, realizar um desejo do coração, ou termos bênçãos dadas pelo Senhor, mas na vida cristã é importante que saibamos que muitas vezes perdemos para ganhar, choramos para sermos consolados, paramos para poder continuar, sofremos para poder vencer, mas que em todas as nossas tribulações devemos os gloriar no Senhor, pois Ele tem controle de todas as situações e nos mostra a cada dia que somos pó e dependemos estritamente da sua boa, agradável e perfeita vontade. Pois todo e qualquer sofrimento por Cristo trás benefícios inefáveis.

Texto bíblico:
“E não somente isto, mas também nos gloriamos nas tribulações; sabendo que a tribulação produz a paciência, E a paciência a experiência, e a experiência a esperança”. (Romanos 5:3-4)


Do blog EBD Brasil







A Prosperidade dos Bem-aventurados
Pb. José Roberto A. Barbosa

Texto Áureo: Lc. 4.18 - Leitura Bíblica: Mt. 5.1-12
Pb. José Roberto A. Barbosa
Twitter: @subsidioEBD

INTRODUÇÃO
O movimento da Teologia da Ganância, que nada tem de cristã, foge dos textos bíblicos que tratam a respeito do sofrimento. As bem-aventuranças, apresentadas por Jesus no Sermão do Monte, são desconsideradas. Na lição de hoje, aprenderemos que existe prosperidade para os bem-aventurados, e esses, diferentemente do que defendem o pseudopentecostalismo, tem como marca o sofrimento. Mesmo em meio ao sofrimento, por amor a Cristo, esses são considerados - makarios em grego - isto é, mais do que felizes.

1. BEM-AVENTURADOS OS POBRES, OS QUE CHORAM E OS MANSOS
A pobreza espiritual é o reconhecimento da nossa necessidade de Deus, de que somos pecadores, carentes do Seu perdão. Como bem explicitou Calvino: “só aquele que, em si mesmo, foi reduzido a nada, e repousa na misericórdia de Deus, é pobre de espírito”. O reino de Deus é concedido àqueles que percebam sua carência de Deus, os pecadores, nos tempos de Jesus, concretizados, por exemplo, nos publicanos e prostitutas (Mt. 21.21). Os fariseus, alicerçados em sua vã religiosidade, deixaram de atentar para essa sublime verdade (Mt. 23.23-26). Os que choram também são bem-aventurados, Jesus é um grande exemplo nesse sentido, pois Ele mesmo chorou a miséria dos homens (Jo 11.35; Mt. 23.37; Hb. 5.7). Somente aqueles que choram pelos seus pecados podem receber o Consolador, pois esses, ao final, terão suas lágrimas enxugadas por Deus (Ap. 7.17). Os mansos - praus em grego - seguem o modelo que é Cristo, em Sua mansidão (Mt. 11.29). Dr. Lloyd Jones explica essa bem-aventurança com a seguinte declaração: “a mansidão é, em essência, a verdadeira visão que temos de nós mesmos, e que se expressa na atitude e na conduta para com os outros”. A promessa de Jesus aos mansos é que eles herdarão a terra, que ecoa as palavras do Salmo 37, para não nos indignarmos por causa dos malfeitores, e a mantermos nossa esperança no Senhor.

2. OS QUE TÊM FOME E SEDE DE JUSTIÇA, OS MISERICORDIOSOS
Maria, em seu Magnificat, declara que Deus encheu de bens os famintos e despediu vazios os ricos (Lc. 1.53). De fato, os que têm fome e sede de Deus, e de justiça, é que serão fartos. A ambição desses não é material, como tanto se propaga atualmente, mas espiritual. Essa fome e sede de justiça não serão cumpridas enquanto estivermos aqui na terra. No mundo impera a maldade e o engano, as pessoas fazem de tudo para tirar vantagem. O rico prospera e ostenta o produto das suas aquisições, muitas vezes adquiridas ilicitamente. Enquanto que o pobre é injustiçado, trabalha por um salário de fome, e é constantemente oprimido. Mas bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, pois eles, no céu, jamais terão fome e nunca mais terão sede (Ap. 7.16,17). Os misericordiosos - eleos em grego - também são bem-aventurados, pois demonstram compaixão pelas pessoas que passam necessidade. Existe uma diferença marcante entre graça (charis) e misericórdia (eleos). A primeira é resultante do favor imerecido, em relação ao pecado, enquanto que essa última é uma demonstração de alívio diante da dor, da miséria e do desespero. O mundo desconhece tanto a graça quanto a misericórdia, pois trata as pessoas com crueldade, foge da dor e do sofrimento dos homens. A cultura da vingança e da competitividade se consolidou no contexto de uma sociedade insensível à mensagem de Deus. Agir com misericórdia é está disposto a perdoar, conforme instruiu Jesus na parábola do credor incompassivo (Mt. 18.21-35).

3. OS LIMPOS DE CORAÇÃO, OS PACIFICADORES E OS PERSEGUIDOS

Bem-aventurados são os limpos de coração, aqueles que oram, com Davi: “cria em mim, ó Deus, um coração puro, e renova dentro em mim um espírito inabalável” (Sl. 51.6). A pureza que agrada a Deus vem de dentro para fora, parte do interior do ser, não do exterior, como defendiam os fariseus (Lc. 11.39; Mt. 23.25-28). Umas das marcas dos limpos de coração é sinceridade, são pessoas que não entregam a alma à falsidade (Sl. 24.4). A motivação das suas atitudes é produto da honestidade. Os limpos de coração não vivem das aparências, do marketing pessoal em detrimento da sinceridade do coração. Somente os limpos de coração, os que são sinceros diante de Deus, que não vivem de máscaras, verão a Deus. Aqueles que assim vivem são pacificadores, por isso são bem-aventurados, pois não vivem dissimuladamente, antes agem com vistas a construir relacionamentos sólidos, sem que esses estejam baseados na pressão. Os cristãos não foram chamados por Cristo para viverem em conflito, mas em paz (I Co. 7.15; I Pe. 3.11; Hb. 12.14; Rm. 12.18). Os que são pacificadores são bem-aventurados porque foram agraciados com a paz de Deus, que nos reconciliou consigo mesmo (Cl. 1.10; Ef. 2.15). Aqueles que vivem a partir desses princípios sofrerão perseguição, mesmo assim, devem se considerar mais do que felizes (Mt. 5.12). A promessa para os que suportam as perseguições é a “o galardão nos céus”. Os profetas, por denunciarem o pecado, foram perseguidos, aqueles que fazem o mesmo atualmente, participam dessa sucessão (At. 5.41).

CONCLUSÃO
Lutero incluiu o sofrimento no rol das características de uma verdadeira igreja. Do mesmo modo, podemos afirmar que uma igreja verdadeiramente próspera passa por sofrimento. Paradoxalmente, há movimentos cujo slogan é: “pare de sofrer”. Uma igreja que não sofre não pode se considerar igreja, pois conforme revelou Paulo ao jovem pastor Timóteo, todos aqueles que seguem piedosamente a Cristo padecerão perseguição (II Tm. 3.12).

BIBLIOGRAFIA
LLOYD-JONES, D. M. Estudos no Sermão do Monte. São Paulo: Fiel, 1984.
STTOT, J. A mensagem do Sermão do Monte. São Paulo: ABU, 2001.
Publicado no blog Subsidio EBD




Lição 10: O Exercício Ministerial na Casa do Senhor




Professoras e professores, para esta lição, apresento as seguintes sugestões:
- Iniciem a aula, cumprimentando os alunos, perguntem como passaram a semana. Verifiquem se há alunos novatos e/ou visitantes e apresentem cada um.
Após a chamada, solicitem ao secretário da classe a relação dos alunos ausentes e procurem manter contato com eles durante a semana, através de telefone ou email.

Vocês estão fazendo isto? Compreendem a importância desse ato?
- Falem do tema da aula: O Exercício Ministerial na Casa do Senhor.
- Introduzam o estudo do tema, utilizando a dinâmica “Cada Coisa no seu Lugar".
- Trabalhem os itens da lição, através das palavras e expressões abaixo apontadas:
PRIVILÉGIO                                               INTEGRIDADE
ABUSO DE PODER                                    ZELO
BENEFÍCIOS PESSOAIS                           COMPROMISSO COM DEUS
INTERESSES PRÓPRIOS                         FIDELIDADE
PERMISSIVIDADE                                    CORAGEM DO LÍDER
- Perguntem: O que pode representar “Tobias” na vida cristã? Reflitam sobre isto com os alunos.
- Para finalizar,  leiam o texto “O Árabe e o Camelo”, que proporcionará a reflexão de que a permissão da entrada de pequenas coisas em nossas vidas pode trazer grandes malefícios.
Tenham uma produtiva aula! Planejem, não improvisem!  
Divulguem para os professores do Discipulado I e II que eles poderão encontrar subsídios pedagógicos para estas lições no blog Atitude de Aprendiz.
Visite o Atitude de Aprendiz e encontre várias dinâmicas!








O Compromisso com a Palavra de Deus






PASTOR GERALDO CARNEIRO FILHO
TEXTO ÁUREO – Ne 10:29



LEITURA BÍBLICA EM CLASSE: Ne 10:28-33

e-mail: geluew@yahoo.com.br

blog: http://pastorgeraldocarneirofilho.blogspot.com/


I – INTRODUÇÃO:

É urgente rompermos com o estilo de vida deste presente século e assumirmos, com temor e tremor, o que nos prescreve o Livro dos livros, porquanto…
… “A Bíblia é o Livro de todos os séculos, de todos os povos e de todas as idades”. (César Cantu)

II - O LIVRO DOS LIVROS - MANUAL INDIVIDUAL DO CRISTÃO:
Após experimentarem um genuíno e profundo avivamento, os judeus firmaram o solene compromisso de obedecer rigorosamente a Palavra de Deus. Isto porque a Bíblia é indispensável à vida de cada filho de Deus neste mun­do. Ela deve ser lida cotidianamente, examinada, estudada e amada de forma profunda. Ela é o nosso manual para todas as situações; é o guia seguro e infalível que nos conduz a uma vida vitoriosa e abundante. Vejamos abaixo:
(1) - BÍBLIA, O MANUAL PARA NOSSA CONDUTA – Nela descobrimos o padrão divino: Ela nos indica o verda­deiro modo de viver, e, quando a observamos, o nosso ca­minho prospera - II Tm 3.10; Js 1.8.
(2) - BÍBLIA, O MANUAL PARA NOSSO RELACIONAMENTO COM DEUS - É ela que nos fixa as diretrizes: Fala sobre o per­dão (Mt 6.12-15; Lc 11.4); sobre a adoração (Jo 4.23,24; Fp 3.3); sobre a oração da fé (Jo 14.12; Tg 5.17) e sobre nossa comunhão com Deus (I Co 1.9; I Jo 1.6,7).
(3) - BÍBLIA, O MANUAL PARA NOSSA ESPERANÇA DA VIDA FUTURA - A verdadeira motivação vem também das Escrituras, Hb 6.18,19; At 28.20; Cl 1.5,6,23,27; Ap 22.12 - Usemos este bendito manual como peregrinos do Senhor, até chegarmos ao desejado porto celestial.
(4) - BÍBLIA, O MANUAL DO CRISTÃO NO LAR - Deus tem cuidados especiais com a família. As grandes provi­dências salvadoras de Deus sem­pre incluem a família, Gn 7.1; At 16.30-31, etc.
(5) - BÍBLIA, O MANUAL DAS CRIANÇAS – Sl 127:3; Pv 22:6; Mt 19:14-15
(6) - BÍBLIA, O MANUAL DOS FILHOS - A Bíblia está cheia de conselhos e exortações aos filhos, visando a sua felicidade e o prolongamento de seus dias aqui na terra: Êx 20.12; Lv 19.3,32; Dt5.16; Ef6.1-3; Cl 3.20; I Tm 3.4; Lc 18.20; Mt 15.4; Mc 10.19; Pv 1.8,9; os filhos também são exortados a buscarem ao Senhor, louvando-O e obedecendo os Seus mandamentos, Sl 148.12,13; Pv 3.1-3; 6.20-25.
(7) - BÍBLIA, O MANUAL DOS JOVENS - Cada jovem cristão deve reconhe­cer que a Bíblia é um livro para a juventude - I Jo 2.14 – Ela está repleta de vidas jovens, fonte de inspiração para a mocidade de todos os tempos. A Bíblia apresenta advertências, exortações, conselhos, mandamentos e mensagens diretamente aos jovens: Tt 2.6; I Tm 4.12; Pv 4.23; Lc 15.11-23; Ec 12.1; Pv 10.1; I Jo 2.13-17; Pv 31.1-3.
(8) - BÍBLIA, O MANUAL DOS ESPOSOS - A Bíblia defende o casamen­to. O primeiro, foi efetuado pessoalmente pelo Pai (Gn 2.24; Mt 19.4,5). O primeiro milagre, Je­sus o efetuou em uma festa de ca­samento (Jo 2.11). Eis algumas palavras da Escri­tura para os maridos cristãos: Ef 5.28; Ec 9.9; Cl 3.19; I Pe 3.7; I Tm 5.8; I Co 11.3.
(9) - BÍBLIA, O MANUAL DAS ESPOSAS - A seriedade com que a Bíblia expõe o matrimônio chega ao ponto de ilustrá-lo como um retrato do rela­cionamento de Cristo com a Igreja. Eis aí alguns textos que Deus oferece às esposas: Ef 5.22,31; Pv 31.10-30; Gn 2.18,20; Sl 128.3; Pv 19.14; I Co 14.34,35; Cl 3.18; Tt 2.5; I Pe 3.1,6; Gn 18.6; Pv 14.1.
(10) - BÍBLIA, O MANUAL DAS MULHERES NOVAS - As senhoras recém-casadas também são favorecidas com mensagens específicas da Bíblia (Tt 2.4,5) - Elas devem estar prepara­das em humildade para aprender; devem ser prudentes, castas e moderadas. Isto envolve o cuidado no falar, o espírito simples e a dedicação ao lar.
(11) - BÍBLIA, O MANUAL DAS MULHERES IDOSAS - A Bíblia põe uma grande responsabilidade nos ombros das senhoras idosas (Tt 2.3,4) - Muitas recém-casadas têm destruído o seu lar por causa de conselhos ímpios e levianos de senhoras mais idosas.
Mas também é verdade que muitas senhoras, como verdadei­ras santas de Deus, têm sido amigas, conselheiras e ajudadoras, evitando, com suas experiências, gra­ves problemas na casa de Deus!
(12) - BÍBLIA, O MANUAL DAS VIÚVAS - Deus é amigo das viúvas. As igrejas devem cuidar “das que são verdadeiramente viúvas”- I Tm 5.3-13; Dt 10.18; Sl 68.5; 146.9; Pv 15.25; Jr 49.11; At 6.1-7; Tg 1.27; I Tm 5.3.
(13) - BÍBLIA, O MANUAL DO OBREIRO - Não se admite um verdadeiro obreiro sem que a Bíblia Sagrada seja uma prioridade em sua vida (Js 1.7,8). Ele deve ler a Bíblia diariamente, fazendo dela “o pão nosso de cada dia”; deve pesquisá-la mais que todos os compêndios seculares. Ela é a fonte principal de seu conhecimento e a base de suas mensagens.
Os conselhos, a doutrina, as exortações e o ensino do Obreiro devem todos fundamentar-se na Palavra. Ele deve aceitá-la integralmente. Ele deve crer com perseverança no que ela afirma - Tt 2.1; II Tm 4.2.
A recomendação de Deus sobre este assunto é abundante: Dt 6.6-9; SI 37.30,31; Is 59.21; Mt 12.35; Ef 4.29; Lc 11.28.
Ao prestar contas do seu ministério, Jesus orou ao Pai e disse:
“Porque lhes dei as palavras que tu me deste…” Jo 17.8
Que cada Obreiro possa dizer o mesmo.
(14) - BÍBLIA, O MANUAL DA IGREJA - Enquanto a Igreja estiver neste mundo, há de depender da Bíblia Sagrada, porque:
(A) - Ela é a base de nosso conhecimento, I Jo 2.2; I Jo 5.13.
(B) - Ela é a base de nossa iluminação, Sl 119.105.
(C) - Ela é a base do nosso consolo, I Ts 4.18.
(D) - Ela é a base de nossa vitalidade, Mt 4.4.
(E) - Ela é a base de nossa boa conduta, II Tm 3.16.
(F) - Ela é a base de nossa santificação, Sl 119.9.
(G) - Ela é a base de nossa sabedoria, I Co 1.18-24; Sl 19.7.
(H) - Ela é a base de nosso conforto, Rm 15.4.
(I) - Ela é a base de nossa vitória, Ef 6.17.

III – UM POVO SEPARADO:
Dt 7:2-4 cf I Cor 7:39 - Deus continua não aceitando a mistura entre justos e ímpios; entre o mundo e a Igreja. Por isso, o casamento com descrente tem gerado crises na família. A Palavra de Deus ensina que o casamento do cristão deve ser “no Senhor”, isto é, segundo o ensino da Palavra do Senhor. O casamento de crente com descrente afeta negativamente o casal, os genitores, os parentes e os filhos, caso os tenham.
II Cor 6:14 - Num Casamento Cristão o jugo desigual tem que ser evitado - Esta questão do “jugo desigual” que, antigamente, era levada muito a sério, caiu de importância, sendo aceito ou tolerado.
No Casamento, o jugo desigual pode existir entre os próprios Crentes.
É sabido, de acordo com A Palavra de Deus, que entre os membros de Igrejas locais existem os crentes salvos, as virgens prudentes, o trigo, os peixes bons e as árvores boas, que produzem frutos bons. Porém, existem também os crentes não salvos, as virgens loucas, o joio, os peixes ruins e as árvores ruins, que produzem frutos ruins. Assim, só Deus, que conhece os corações, poderá, em resposta à oração, livrar os filhos de um jugo desigual dentro da própria Igreja. Para casar-se, portanto, mesmo que entre crentes, não se pode dispensar a oração.
Os crentes devem separar-se das associações com o mundo - Ex 23:1-2; Dt 12:30; Jo 15:19; 17:16; At 2:40; II Cor 6:17; Ef 5:11; II Ts 3:6
Advertencias bíblicas contra o mundanismo - Mt 16:26; Lc 21:34; Cl 3:2; Tt 2:12; Tg 4:4; I Jo 2:15
O trágico resultado da mistura (Os 7:8-16)
A separação é uma ordem divina (Js 23:1-13)
A vida separada glorifica a Deus (Dt 28:1-13)
IV - O CUIDADO COM O TEMPLO DO SENHOR:
Os israelitas amavam o Santo Templo, pois era o lugar em que adoravam ao Senhor. Por causa disso, comprometeram-se a ofertar, voluntária e regularmente, os dízimos da terra, para a manutenção do culto divino – Ne 10:32-38.
Poluição da Casa de Deus - II Cr 33:1-7; 36:11-14; Jr 7:1-17; Ez 8; 44:5-8; Sf 3:1-5
Devemos ter reverencia pelo Templo - Lv 19:30; I Tm 3:14-15; Hb 12:28; Sl 89:7; 93:5
Devemos ter amor à Casa de Deus (I Cr 29:3; Sl 26:8; 27:4; 65:4; 84:1-4; 100; 122:1)
O exemplo de Cristo (Lc 4:16; Jo 7:14)
O exemplo dos apóstolos (Lc 24:52-53; At 2:46-47; 3:1)
Outras referencias bíblicas (Mc 11:15-19; Is 56:6-7; Zc 14:21; Ml 3:1-2)

V - OFERTAS PARA MANUTENÇÃO DA CASA DE DEUS:
Leiamos II Cr 31:2-21:
(1) - OS TURNOS DEVERIAM ESTAR EM SEUS LUGARES - Cada qual tinha sua função, conforme a natureza do serviço, sacerdotes e levitas, cada qual no seu lugar. As contribuições também eram destinadas cada uma ao seu fim, de modo a não se misturar dízimos com ofertas pacíficas. Ezequias mesmo fazia grandes ofertas das suas fazendas (II Cr 31:3)
(2) - O POVO FOI CONVIDADO A CONTRIBUIR LIBERALMENTE - (II Cr 31:4-10) - Os sacerdotes e levitas partilhavam das ofertas e dos sacrifícios e com isso se mantinham. Além disso, os dízimos eram seus, bem como as primícias (II Cr 31:5). O povo de Judá e Benjamim correspondeu com muita liberalidade, de modo a se fazerem montões e montões à porta do templo (II Cr 31:6). Em sete meses ajuntaram tanto que não havia mais lugar para guardar tanta coisa. Os próprios sacerdotes confessaram que tinham comido à farta e ainda havia sobras em abundância (II Cr 31:10)
(3) - NOVAS ORDENS PARA O SUSTENTO DO CULTO - (II Cr 31:11-19) - Então o rei Ezequias mandou construir depósitos para guardar as ofertas de azeite, vinho e cereais, de maneira que estas coisas não ficassem amontoadas no templo, ficando como intendentes dos suprimentos o levita Conanias e Simei, seu irmão. Havia ainda outros funcionários subalternos, filhos de Coré. Este trabalho estendeu-se às cidades dos sacerdotes, onde eram feitos os depósitos (II Cr 31:15), pois em Jerusalém, no templo, não haveria espaço bastante para guardar tanta dádiva, especialmente nos tempos das colheitas de trigo, cevada, azeite, vinho, etc.
(4) - DEUS SE AGRADOU DO SERVIÇO - (II Cr 31:20-21) - Deus colocou o seu “De acordo” na organização de Ezequias, e tudo prosperou, pois o povo estava de coração voltado para o serviço do mesmo Deus.
Assim, baseados na Palavra de Deus, analisemos o seguinte:
Quanto ao sustento remunerado do ministério e daqueles que dão tempo integral à obra de Deus, é isto uma recomendação bíblica. Vejamos:
(1) - Paulo recebeu salário de determinadas igrejas para servir aos crentes em Corinto (II Cor 11:8)
(2) - O ministro do evangelho que dá tempo integral à igreja, é digno do seu salário (I Tm 5:18)
(3) - Paulo ensinou à igreja de Corinto a sustentar os pregadores do evangelho (I Cor 9:4-14)
(4) - Timóteo foi advertido por Paulo a não cuidar dos negócios seculares para se sustentar (II Tm 2:4)
(5) - Pedro disse que a única ocupação dele e de seus companheiros de ministério era a oração e a pregação (At 6:4)
(6) - Os apóstolos de Jesus viviam das ofertas que recebiam (Jo 12:6 cf Jo 13:29)

VI - DEUS CONTINUA CUIDANDO DO SUSTENTO DE SEUS SERVOS:
Leiamos I Rs 17:1-16 e analisemos:
(1) - Há Igrejas que não conseguem sustentar seus líderes. Mas estes, como uns heróis da fé, continuam fazendo a obra do Senhor, porque sabem que foram chamados pelo Deus Sustentador e Provedor de todas as coisas.
(2) - No tempo em que Elias iniciou o seu ministério, havia fome na terra. Foi ele mesmo quem transmitiu ao rei Acabe a mensagem de Deus que não cairia chuva sobre a terra.
(3) - As águas nos rios se secaram e a fome reinava. Porém, Deus sempre se responsabilizou pela vida e pelo sustento de Seus servos
(4) - Elias alcançou as provisões materiais de Deus quando obedeceu às Suas ordens. Foi milagre de Deus tanto o providenciar o pão e carne, como o impedir que os corvos comessem tal comida.
(5) - Quando as águas do ribeiro Querite se secaram, Deus mandou Elias para Zarefate, onde também, por meio de um milagre, o sustentou, usando uma pobre viúva.
Logo, Deus cuida daqueles que O servem com sinceridade, sustentando-os, pois continua sendo O DEUS DA PROVIDÊNCIA! - Sl 33:18-19; 34:9
(A) - Ele é um excelente Pai - Mt 6:32 - “…VOSSO PAI CELESTIAL BEM SABE…”
(B) - Mt 6:26 - A expressão “OLHAI” significa “OBSERVAI BEM”, “APRENDEI BEM”.
(B.1) - Quando as aves estão em movimento, indica que Deus está vivo e, se Ele é vivo, está se movimentando em direção às nossas necessidades.
(C) - Mt 10:29 cf Lc 12:6 - Em Mateus se compram DOIS PÁSSAROS por apenas UM CEITIL;
(C.1) - Em Lucas, compram-se CINCO PÁSSAROS por DOIS CEITIS.
(C.2) - Isso significa que UM DESSES PÁSSAROS FICOU SEM VALOR DIANTE DOS HOMENS.
(C.3) - É exatamente sobre esse “PÁSSARO SEM VALOR ou ESQUECIDO” QUE RECAI O CUIDADO DE DEUS.
(C.4) - O Criador de todas as coisas afirmou “NENHUM DELES ESTÁ ESQUECIDO”
(D) - Lc 12:7 - Ele conta até os nossos cabelos!
(E) - Lc 22:35 - “E perguntou-lhes: Quando vos mandei sem bolsa, alforje, ou alparcas, faltou-vos porventura alguma coisa? Eles responderam: NADA” .
Confiemos no Senhor! Tenhamos compromisso com a Palavra de Deus! Só então poderemos responder da mesma maneira que os discípulos responderam a esta pergunta feita por Jesus.

VII - CONSIDERAÇÕES FINAIS:
Em resumo de tudo que foi exposto, podemos dizer:
“A Bíblia contém a mente de Deus, o estado do homem, o caminho da salvação, a condenação dos pecadores e a felicidade dos cristãos. As doutrinas da Bíblia são santas; suas histórias são verdadeiras e suas decisões são imutáveis. Leiamos a Bíblia para sermos sábios; creiamo-la para sermos salvos; pratiquemo-la para sermos santos. Ela é o mapa do viajante, o bordão do peregrino, a bússola do piloto, a espada do soldado e o manual do cristão” (A.J. Disbio).

FONTES DE CONSULTA:
Lições Bíblicas Maturidade Cristã - Edições CPAD - 2º Trimestre de 1987 - Comentário: Elienai Cabral
O Crente e a Prosperidade - Edições CPAD - Autor: Severino Pedro da Silva
Estudo Nos Livros de Crônicas, Esdras, Neemias e Estes - JUERP - Autor: Antônio Neves de Mesquita
Revista Educação Crista - Volume IV - Dinheiro Para a Igreja
Lições Bíblicas Maturidade Cristã - Edições CPAD - 3º Trimestre de 1981 - Comentário: Eurico Bergstén
Teologia Sistemática - Doutrina da Igreja e Doutrina dos Anjos - Edições CPAD - Autor: Eurico Bergstén
Estudo Bíblico “Adoração a Deus” – Pastor José Antônio Corrêa
Lições Bíblicas – CPAD – 4° Trimestre de 1980 – Comentarista: Geziel Gomes






Arrependimento, a Base para o Concerto - CPAD



Texto Bíblico: Neemias: 9.1-3,16,33-36



INTRODUÇÃO


I. OS RESULTADOS DE UM GENUÍNO AVIVAMENTO

II. A LEI DO SENHOR E REMINISCÊNCIA

III. A GRANDE MISERICÓRDIA DE DEUS



CONCLUSÃO



O ARREPENDIMENTO E FÉ

Por Daniel B. Pecota



O arrependimento e a fé são os dois elementos essenciais da conversão. Envolvem uma “virada contra” (o arrependimento) e uma “virada para” (a fé). As palavras primárias, no Antigo Testamento, para expressar a ideia de arrependimento são shuv (”virar para trás”, “voltar”) e nicham (”arrepender-se”, “consolar”). Shuv ocorre mais de cem vezes no sentido teológico, seja quanto ao desviar-se de Deus (1 Sm 15.11; Jr 3.19), seja no sentido de voltar para Deus (Jr 3.7; Os 6.1). A pessoa também pode desviar-se do bem (Ez 18.24,26) ou desviar-se do mal (Is 59.20; 3.19), isto é, arrepender-se. O verbo nicham tem um aspecto emocional que não fica evidente em shuv; mas ambas palavras transmitem a ideia do arrependimento.

O Novo Testamento emprega epistrephô no sentido de “voltar-se” para Deus (At 15.19); 2 Co 3.16) e metanoeô/metanoia para a ideia de “arrependimento” (At 2.38; 17.30; 20.21; Rm 2.4). Utiliza-se de metanoeô para expressar o significado de shuv, que indica uma ênfase à mente e à vontade. Mas também é certo que metanoia, no Novo Testamento, é mais que uma mudança intelectual. Ressalta o fato de uma reviravolta da pessoa inteira, que passa a operar uma mudança fundamental de atitudes básicas.

Embora o arrependimento por si só não possa nos salvar, é impossível ler o Novo Testamento sem tomar consciência da ênfase deste sobre aquele. Deus “anuncia agora a todos os homens, em todo lugar, que se arrependam” (At 17.30). A mensagem inicial de João Batista (Mt 3.2), de Jesus (Mt 4.17) e dos apóstolos (At 2.38) era “Arrependei-vos!” Todos devem arrepender-se, porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus (Rm 3.23).

Embora o arrependimento envolva as emoções e o intelecto, é a vontade que está profundamente envolvida. Quanto a isso, basta citarmos como exemplos os dois Herodes. O evangelho de Marcos apresenta o enigma de Herodes Antipas, um déspota imoral que encarcerou João Batista por ter este denunciado o casamento com a esposa de seu irmão Filipe, mas ao mesmo tempo “Herodes temia a João, sabendo que era varão justo e santo” (Mc 6.20). Segundo parece, Herodes acreditava em algum tipo de ressurreição (6.16). Portanto, possuía algum entendimento teológico. Dificilmente poderíamos imaginar que João Batista não lhe tenha proporcionado uma oportunidade de se arrepender.

Paulo confrontou Herodes Agripa II com a própria crença do rei nas declarações proféticas a respeito do Messias, mas o rei não quis ser persuadido a tornar-se cristão (At 26.28). Não quis arrepender-se, embora não negasse a veracidade do que Paulo lhe dizia a respeito de Cristo. Todos nós precisamos dizer, assim como o filho pródigo: “Levantar-me-ei, e irei ter com meu pai” (Lc 15.18). A conversão subentende “voltar-se contra” o pecado, mas igualmente “voltar-se para” Deus. Embora não devamos sugerir uma dicotomia absoluta entre duas ações (pois só quem confia em Deus dá o passo do arrependimento), não está fora de propósito uma distinção. Quando cremos em Deus e confiamos totalmente nEle, voltamo-nos para Ele.

Texto extraído da obra: Teologia Sistemática: Uma Perspectiva Pentecostal, editada pela CPAD.



Neemias Lidera um Genuíno Avivamento


Pr. Geraldo Carneiro Filho




ESCOLA BÍBLICA DOMINICAL
IGREJA EVANGÉLICA ASSEMBLEIA DE DEUS EM ENGENHOCA
NITERÓI - RJ
LIÇÃO Nº 06 - DATA: 06/11/2011
TÍTULO: “NEEMIAS LIDERA UM GENUÍNO AVIVAMENTO”
TEXTO ÁUREO – Ne 8:2-3
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE: Ne 8:1-3, 5-6, 9-10





I – INTRODUÇÃO:

AVIVAMENTO É A AQUISIÇÃO, O RETORNO E A CONSERVAÇÃO DA VIDA ESPIRITUAL EM TODA A PLENITUDE.

(1) - AQUISIÇÃO para aquele que jamais experimentou o avivamento;

(2) - RETORNO para aquele que perdeu o avivamento; e

(3) - CONSERVAÇÃO para aquele que já possui o avivamento.

II – DEUS USOU ESDRAS PARA TRAZER UM AVIVAMENTO:

Esdras era um ensinador dedicado. Consideremos algumas qualificações desse homem de Deus:

(1) – UM ESCRIBA – Os escribas eram judeus educados e espirituais, os quais percebiam que a conservação da nação de Israel dependia da fidelidade para com a Lei de Deus. Por essa razão, dedicavam-se à tarefa de fazer cópias dos escritos sagrados e a ensiná-los ao povo. Eles constituíram a primeira “SOCIEDADE BÍBLICA” do mundo.

(2) – HOMEM DE DEUS – Ed 7:10 – Que belo exemplo para todos nós! Sendo homem de Deus, Neemias endireitou a sua própria vida, antes de endireitar a vida do próximo! Não podemos persuadir o próximo a aceitar uma verdade que não tem lugar em nossas vidas! Não podemos despertar o próximo, se não estivermos acordados! Esdras, na qualidade de pregador, sabia que o ensino da Palavra de Deus é o mais importante sermão que devemos pregar.

(3) – UM HOMEM DE FÉ – Ed 8 – A caravana estava pronta para a longa viagem. Mas havia salteadores pelos caminhos que conduziam a Jerusalém. Era coisa fácil Esdras pedir uma escolta militar. Porém, em vez de assim fazer, anunciou uma reunião de oração. Por quê? Porque ele testificara perante o rei sobre o poder de Deus para proteger o Seu povo e punir o ímpio – Ed 8:21-23.

II.1 – CURIOSIDADE BÍBLICA:

Quanto à importância de Esdras à Educação Cristã, escreveu o Pr. Antônio Gilberto:
- “… É dessa época que temos o relato do primeiro movimento de ensino bíblico metódico popular, similar ao da nossa Escola Bíblica de hoje.
(1) – Esdras era o superintendente – Ne 7:2;
(2) – O horário ia da manhã ao meio-dia – Ne 7:3;
(3) – Os alunos eram homens, mulheres e crianças – Ne 7:3; 12:43;
(4) – O livro-texto era a Bíblia – Ne 7:3;
(5) – Treze auxiliares ajudavam a Esdras na direção dos trabalhos e outros treze serviam como professores, ministrando o ensino – Ne 7:4, 7-8;
III – O ENSINO DA PALAVA PRODUZ AVIVAMENTO:
Vejamos o que aconteceu com o povo ao receber o ensino da Palavra do Deus Vivo, por meio de Esdras:
(1) – O POVO EXIGIU O ENSINO DA PALAVRA – Ne 8:1 – Que bom seria se hoje fosse assim também e houvesse entre nós muitos mestres como Esdras. Devemos orar a Deus para que isso aconteça - Ne 8:2, 13-14; 9:1-3.
(2) – O POVO OUVIU COM ATENÇÃO A PALAVRA – Ne 8:8 - A fome espiritual do povo era grande. Durante seis horas, todos permaneceram ouvindo, reverentemente, os ensinos expositivos da Palavra, feitos por Esdras.
Que diferença em nossos dias!
Hoje, a maioria não quer saber de ouvir a Palavra por mais de meia hora.
É bem verdade, também, que os bons mestres e pregadores estão cada vez mais escassos.
Na maioria das vezes, os sermões não passam de meras repetições de “chavões” conhecidos de todos, entremeados de estridentes gritos de “aleluia” e “glória a Deus”, sem sentido algum e que nenhum proveito espiritual trazem aos ouvintes.
A verdadeira pregação da Palavra sempre produz um verdadeiro avivamento, e glorificação espontânea a Deus, além de produzir o arrependimento de pecados e conversões de pecadores.
Dito isto, em todo verdadeiro avivamento, o ensino da Palavra deve ocupar o primeiro lugar, porquanto renova a vida espiritual dos servos do Senhor.
Por exemplo: Ez 37:1-10
EZEQUIEL VIU UM VALE CHEIO DE OSSOS SECOS - Portanto, sem esperança. Homens longe de Deus são mortos espirituais. Somente os homens que têm os olhos espirituais abertos com o colírio comprado de Deus, é que conseguem enxergar o estado em que se encontra o vale – Apc 3:18
DEUS PERGUNTOU: - “ACASO PODERÃO REVIVER ESTES OSSOS?” - Aqueles que estão na carne, não conseguem responder esta pergunta do Senhor.
EZEQUIEL RESPONDEU: - “SENHOR, TU O SABES” - Somente Deus sabe todas as coisas e tem poder para fazer reviver aqueles que estão secos espiritualmente. No vale de ossos secos os esforços humanos não têm nenhum poder. Somente Deus pode ressuscitar os mortos espirituais - Ef 2:1-10.
O SENHOR DEU VIDA AOS OSSOS SECOS – Para que isso fosse possível, Deus NÃO ORDENOU QUE SE GRITASSE, QUE SALTASSE, QUE RODOPIASSE, QUE CAÍSSE AO CHÃO, QUE MARCHASSE…
Deus ordenou a Ezequiel para profetizar e conclamar que o fôlego divino entrasse naqueles corpos sem vida: Ezequiel:
(A) PROFETIZOU AOS OSSOS (TRANSMISSÃO DA PALAVRA DE DEUS) : - “Ossos secos, ouvi a Palavra do Senhor…”; “Assim diz o Senhor Jeová a estes ossos…”; “Então profetizei, como se me deu ordem; e houve um ruído, enquanto eu profetizava…” - Ez 37:4-5, 7; e
(B) CHAMOU O FÔLEGO DIVINO (ORAÇÃO: - “Vem dos quatro ventos, ó espírito, e assopra sobre estes mortos, para que vivam…” ) - Ez 37:9
Em outras palavras: Ezequiel anunciou aos mortos espirituais A PALAVRA DA VIDA e OROU.
A pregação da palavra e a oração sempre serão os meios para o novo nascimento, para o avivamento, para trazer vida espiritual.
Quando se faz o que Deus manda, a resposta divina não tarda chegar (Ez 37:10)
III.1 - OUTROS EXEMPLOS DE AVIVAMENTOS E SEUS RESULTADOS, REGISTRADOS NA PALAVRA DE DEUS
(1) - JEOSAFÁ (II Cr 20:1-28) - Houve oração, jejum, reverência e submissão à Palavra de Deus;
(2) - JOSIAS (II Rs 22:1-20) - Houve reformas, encontro com a Palavra de Deus, arrependimento, humilhação e choro.
(3) - EZEQUIAS - (II Cr 30:1-27) - Houve conservação da Palavra de Deus e purificação.
(4) - MANASSÉS (II Cr 33:9-20) - Houve oração, arrependimento, humilhação e retorno à Deus.
IV - CUIDADO COM AS IMITAÇÕES:
Alguns dizem que nem todos os despertamentos têm as características que são mencionadas na lição de hoje. Concordamos plenamente.
Já no tempo dos apóstolos havia “movimentos” que realmente “tinham uma aparência de sabedoria, em devoção voluntária… porém, não eram de valor algum, senão para a satisfação da carne” – Cl 2:23.
Também em nossos dias, aparecem “movimentos” que são imitações baratas do verdadeiro avivamento.
Muitos destes “movimentos” empregam técnicas avançadas de dominações psicológicas.
Estes “avivalistas” ou “especialistas” sabem dominar o auditório com suas técnicas e podem fazer o público rir, chorar, jubilar, pular, marchar, saltar, cair, rolar, rodopiar… sabem até imitar o batismo com o Espírito Santo, “ensinando” o povo a falar em línguas! Porém, são experiências sem nenhum poder e sem a menor reverência.
Muitos cultos ditos evangélicos estão sendo transformados em “shows” com apresentações de cantores “evangélicos”. Nesses “shows” dominam os gritos, as vaias, os aplausos, os assobios, os jovens dançando e se requebrando de modo até mesmo sensual, enquanto os “hinos” são cantados.
Tenhamos cuidado! Este tipo de imitação pode fazer com que a glória de Deus se afaste! Todo movimento feito sem que o Espírito Santo esteja na direção, não pode prosperar. É como uma tartaruga deitada de costas: MOVIMENTA OS PÉS, MAS FICA NO MESMO LUGAR.
V – CONSIDERAÇÕES FINAIS:
Faz alguns anos, um Pastor pregou à porta da Igreja que pastoreava uma tabuleta com os seguintes dizeres:
- “ESTA IGREJA EXPERIMENTARÁ UM AVIVAMENTO OU UM FUNERAL”
Realmente, a Igreja do Senhor está sofrendo uma crise sem precedentes. A sua presença já não é sentida pela sociedade, nem temida pelo diabo. Pior ainda: À medida que abandona a sua vocação, parece deixar de ser motivo de alegria para Deus, que a comprou com o sangue de Seu Único Filho e que se propôs a santificá-la pela ação saneadora do Espírito Santo.
Por isso, Igreja do Senhor, VOLTEMO-NOS À PALAVRA DE DEUS! Ela deve ocupar o lugar que é devido nos cultos e nos corações do crente! - Sl 119:11.
Que atentemos para o exemplo de Esdras e dediquemo-nos mais ao ensino das Escrituras do que ao cântico dos já cansativos “corinhos” e às imitações de animadores de auditório. O ENSINO DA PALAVRA DE DEUS REQUER O PRIMEIRO LUGAR NO CULTO PRESTADO AO NOSSO SENHOR.
Afinal, o púlpito não é palco de teatro, tampouco local para se perder tempo com tiradas engraçadas ou com os “tristemunhos”, como pensam alguns desavisados. Não!
O púlpito é o lugar escolhido por Deus para que o pregador alimente espiritualmente o povo.
Em nome de Jesus, usemos o púlpito para pregação e ensinamento da Palavra de Deus, como fez Esdras – Ne 8:3-4.
FONTES DE CONSULTA:
Lições Bíblicas CPAD – 3º Trimestre de 1991 – Comentarista: Adilson Faria Soares
Lições Bíblicas CPAD – 3º Trimestre de 1993 – Comentarista: Eurico Bergstén
Lições Bíblicas CPAD – 1º Trimestre de 1998 – Comentarista: Valdir Nunes Bícego
Estudo Bíblico: - “Avivamento” – Autor: Adilson Faria Soares



Lição 5 - A conspiração dos Inimigos Contra Neemias 


Subsídio: Teológico-prático, Histórico e sócio-crítico - Professor Érick Freire





Ao adentrarmos no capítulo 6 de Neemias podemos tirar uma série de lições para nossa vida cotidiana, principalmente quando falamos da obra de Deus e seus objetivos para nossas vidas, pena que continuaremos falando sobre o “sem vergonha” do Sambalat, ô homenzinho peçonhento e cheio de si, maquiavélico e com intentos cada vez mais destruidores à Obra de Deus.

Sambalat e Tobias junto a seus amigos e conspiradores ficaram sabendo que, toda a pressão psicológica e a ameaça Feitas não foi suficiente para amedrontar o governador de Judá (Neemias), pelo contrário, em cima da perseguição ele desenvolveu ainda mais força para execução esplêndida da obra em um período inferior a dois meses, isso encheu o coração de seus opositores de ira, misturada a inveja e ao medo. Ira porque seus planos maléficos não tiveram êxito, inveja porque demonstrava Neemias ser um líder mais “persuasivo” e motivador do que ele e medo porque achavam em seus corações que Judá fortalecida iria começar a retomar e dominar as terras circunvizinhas, tornando Jerusalém uma cidade forte política e economicamente, por isso, sua tática mudou, agora infiltrava-se em meio ao povo de Judá através de seus “espiões”, na realidade, através de fofoqueiros mesmo.

Após uma série de leva e trás dos fofoqueiros, dentro de Jerusalém, Sambalat e seus astutos companheiros tentam convencer a Neemias a fazer um tratado de paz, como se estivesse reconhecendo que eles agora tinham que aceitar o novo vizinho, já que havia conseguido o intento de reerguer sua capital, impor respeito por um povo que era oprimido, recuperando seu lugar de igual e vizinho, Neemias agora tinha dado o grito e recebido a alforria, não para pisar seus opositores, mas mostrar-lhes que o Deus de Jacó é vivo e grande, e aí está a grande tarefa humanista de Neemias, libertar o povo de seus opressores.

A cartada de Sambalat foi uma carta! Trocadilho necessário, mas Neemias era um homem com uma capacidade espiritual incomensurável, seu discernimento era superior ao da maioria de nossos líderes que tomam, atualmente, decisões afobadas, o governador de Judá foi sábio e no primeiro convite enviado por seus vizinhos ele dá uma resposta plausível e à altura, não mentiu, como pensam alguns, nem tampouco se esquivou, pelo contrário, estava ele sim em uma grande obra, pois após a reconstrução do muro ele precisava planejar os próximos passos, a restauração física da cidade estava quase completa, mas a restauração espiritual ainda estava por vir, mas sobre esse assunto trataremos em outro capítulo.

O mais importante dessa história é entendermos que Neemias desconfiou, na realidade discerniu que esse tratado era um conluio contra sua vida, o interesse na realidade era de matá-lo, e isso se confirmou com a insistência impetuosa e corriqueira com outras cartas, só confirmava então o que Neemias previa, ou seja, Sambalat sabia que a única forma de enfraquecer o povo judeu era destruindo o seu líder, levando-o a morte e em consequência ao esquecimento.

Enquanto isso, Neemias pensava nas conseqüências futuras, seu sacerdotes era um bando de mercenário sem vergonha, os seus juízes e seus nobres eram avarentos e presunçosos, a altivez dos príncipes é notória desde o início do livro de Neemias, a conduta do povo era influenciável por qualquer um desses, e o pior é que, dentre os que queriam o pescoço de Neemias estavam os próprios “profetas” do meio do povo, a cidade estava terminando seu processo de restauração física, mas sua restauração espiritual ainda estava longe, Neemias tinha consciência disso e sabia que essa obra era para ele e não outro, por isso, não deveria desviar seu foco dos planos de Deus.

A última tentativa de Sambalat foi a mais sem vergonha de todas, sem nenhum escrúpulo ele escreve e manda a carta aberta, impessoal e publica, isso era um atrevimento e uma forma de tentar desmascarar com uma calúnia, afirmando categoricamente que “ouviu dizer” que você está armando uma revolta contra o reino Persa, contra o rei Artaxerxes. Será que Neemias seria capaz disso? Será que ele “cuspiria” no prato que comeu? Será que ele trairia a confiança do rei que o liberou? NÂO MEUS QUERIDOS! Neemias era um homem de Deus, seu intuito não era se tornar um opressor, pelo contrário, só queria dignidade e respeito ao povo de Deus, por isso vai meu alerta aos pastores: “Tenham vergonha em escutarem o primeiro que chegar com uma fofoca ou calúnia de alguém! Tenham prudência ao acusarem alguém! Ponham–se no lugar de apaziguadores e não de multiplicadores de dissensões! Cuidado pastores! Deus cobrará muito de vocês!”

Caro leitor, não sei se você entendeu qual era o objetivo de Sambalat, mas vou deixar bem claro, Sambalat queria criar um mal estar dentre o povo, queria provocar desconfiança entre os judeus em relação a Neemias, queria por a prova e acusar, como o Diabo faz, ao servo de Deus. Chegando ao cúmulo de se por como promotor publico de Neemias, isso era uma forma de represália, queria fazer com que o servo do Senhor fosse tirar satisfação com ele, abrindo um parêntese, o Diabo tem usado pessoas na igreja para lhe acusar, chamar de ovelha negra, pedra de tropeço, infame, sem caráter, entre outros adjetivos absurdos, mas o que querem é desviar você do foco de servir a Deus indo tirar satisfação com seus acusadores, mas faça como Neemias, ele continuou em seu lugar, não intentou contra os propósitos do Pai.

Mas, não pense que isso ficou barato não! Neemias pagou um preço alto, a carta manchou sua reputação, muitos nem o respeitavam mais, inclusive amigos e familiares de Tobias ficavam desdenhando Neemias, falando dos feitos dele, como que para atingir a honra de Neemias e deixá-lo com medo, além disso Tobias o enviava inúmeras cartas de ameaça, mas Neemias respondeu orando assim: “Agora, ó Deus, aumenta as minhas forças” (6.9b).

Mais audaciosos ainda foram Sambalat e Tobias, subornaram sacerdotes, profetas e outros para porem medo em Neemias, falavam-lhe conselhos como que preocupados com Neemias, mas na realidade eram armadilhas para o humilharem, tem muita gente no meio do povo de Deus, o joio, que fica procurando diminuir os outros para se mostrar superior e maior, mas tenhamos uma só percepção nisso, Deus não está procurando estrelas para aparecer, mas servos para fazer a sua obra, cuidado falsos sacerdotes, falsos profetas e falsos mestres, o Hades está cheio de pessoas como você! Tenha vergonha na cara e se converta, seja você só um “congregado” ou um “pastor” procure se santificar!

Então devemos ter, como Neemias, paciência, discernimento, cuidado com os falsos profetas, falsos sacerdotes, falsos pastores e acima de tudo direção de Deus para realizar toda a boa obra do Senhor aqui na Terra, não desista do que faz para o Senhor se alguém zombar de você, tentar diminuir seu valor diante das pessoas, tentar humilhá-lo, exilá-lo, excluí-lo, excomungá-lo. Só faça uma coisa, orar muito e pedir a Deus que redobre suas forças para aguentar a tribulação e no fim os inimigos terão medo de você, pois está sob a mão potente do Senhor, o respeitarão e sairás da condição de oprimido, não para a condição de opressor, mas à condição de libertador de si mesmo e do próprio opressor que, se sentirá acuado ao enfrentá-lo, porque você tem um escudo e proteção superior a qualquer arma que é a santidade e a fé!



Retirado do site EBD Brasil: http://www.ebdbrasil.net/2011/10/licao-5-conspiracao-dos-inimigos-contra.html#more




Competências Imprescindíveis ao Ensino na Escola Dominical


Competências são capacidades, habilidades, aptidões ou um conjunto de conhecimentos e atitudes que utilizamos para estabelecer relações com e entre objetos, situações ou pessoas que desejamos conhecer.

Para realizar um trabalho dinâmico, pertinente e eficaz, o professor de Escola Dominical precisa, no mínimo, desenvolver as seguintes competências:

Competência para traçar e alcançar objetivos

Um professor do interior contou-me que para lavrar a terra o agricultor precisa escolher um determinado ponto à frente, em linha reta, antes de começar a cavar. Isso faz com que a vala, aberta pelo arado, não fique sinuosa até o fim.

Do mesmo modo os mestres precisam de direção. Não há como desenvolverem um bom trabalho educativo sem metas bem delineadas à sua frente. Conforme lecionou Aristóteles, todos os nossos atos devem ter um fim definido, “à maneira dos arqueiros que apontam para um alvo bem assinalado”.

Quando o professor prevê as competências e habilidades que seus alunos revelarão à conclusão de uma seqüência de ensino, incorpora ao conteúdo didático, oportunidades para que eles pratiquem comportamentos que estejam de acordo com os objetivos visados. Um professor cônscio de sua chamada para o magistério eclesiástico jamais propõe atividades para o simples preenchimento do tempo de aula, uma vez que todas elas deverão estar de acordo com os objetivos formulados.

Competência para planejar o ensino

É inadmissível trabalhar com educação cristã sem um plano de ação didática. Há professores que repudiam a técnica do planejamento dizendo que o plano é apenas um roteiro, abreviado, esquemático, sem cor e aparentemente sem vida.   Essa atitude irrefletida demonstra claramente a falta de compreensão e de imaginação dos que assim procedem.

Todo plano, tanto no ensino quanto em qualquer área da vida humana, é, por sua própria natureza, esquemático, lacônico e despido de vivacidade. Comparece-se, por exemplo, a frieza geométrica da planta de uma casa com a beleza, o conforto e o aconchego dessa mesma residência já construída, mobiliada e com seus alegres moradores. Na área de ensino, o plano não foge à regra; ele é também esquemático e frio.

Define os objetivos a atingir, o tempo necessário para alcançá-los, as etapas a percorrer, os recursos a empregar e o método a seguir. Todo esse esquema e essa linguagem fria, não significam que o ensino a ser ministrado baseado nesse plano deva ser igualmente mecânico e despersonalizado. Pelo contrário, compete ao professor que o confeccionou, dar-lhe vida e colorido no ato de sua execução, impregnando-o de sua personalidade dinâmica, sua vibração, entusiasmo e graça divina. Mas, lembrem-se! A despeito de sua importância, o plano não é uma “camisa de força”, por isso jamais pode ser feito por outra pessoa e imposto ao professor.

Competência para orientar a aprendizagem
O ensino consiste na orientação que se dá aos alunos em seu aprendizado. O trabalho do educador cristão não se resume em simplesmente apresentar aos alunos conceitos, idéias e fatos bíblicos, mas, em conduzi-los no processo de aprender até que cheguem às suas próprias conclusões a respeito da matéria de estudo. O que o professor faz só é relevante em função do que leva seus alunos a fazerem. Em outras palavras, o autêntico educador não é o que apenas aponta o caminho do conhecimento, mas o que conduz seus alunos diligentemente ao longo desse caminho. A missão precípua do professor é estimular a busca do conhecimento e não trazê-los pronto para a sala de aula.

Tempos atrás, muitos educadores imaginavam que sua principal responsabilidade docente consistia na seleção de certa quantidade de informação, para serem amontoadas na mente dos alunos. Nesse sentido, o bom aluno era aquele capaz de armazenar o máximo possível desses “dados” e reproduzi-los todas as vezes que fosse solicitado.

Hoje se sabe que o ensino não está baseado no que o professor faz para os alunos, mas naquilo que o próprio aluno faz em decorrência da orientação recebida pelo professor. Isto nos faz lembrar um adágio popular que diz: “Poderás levar o cavalo até a água, mas não poderás fazê-lo beber”.

A nobre tarefa de educar vai além das raias da informação ou mera instrução. Educar tem a ver com transmissão e assimilação de valores culturais, sociais e espirituais. Quem exerce apenas tecnicamente a função de ensinar não tem consciência de sua missão educativa, formadora de pessoas e de “mundos”.

O professor precisa mudar de postura! Abandonar a cômoda e “honrosa” atitude professoral e assumir, definitivamente, conforme leciona Carls Rogers, a função de “facilitador da aprendizagem”.

O que nossas crianças, adolescentes e jovens se tornarem sob a nossa orientação na Escola Dominical, servirá como prova do que de fato representou o nosso ensino para eles.

Conclusão 

São tantas competências necessárias aos professores da Escola Dominical, devido à especificidade do seu trabalho, que jamais esgotaria o tema em espaço tão exíguo. Não é fácil encontrar alguém que reúna uma boa parte de todos os atributos necessários a um professor capacitado e idôneo. Por isso, gostaria de concluir este artigo dizendo que o mestre da Escola Dominical não necessita ser um exímio técnico do conhecimento. O que realmente precisa é de ser um educador cristão em toda a acepção da palavra. O educador não é um simples professor, no sentido daquele que apenas ensina uma ciência, técnica ou disciplina. Educadores e professores possuem natureza e função distintas. Eles não são forjados no mesmo forno.

Os alunos podem se esquecer das lições de seus mestres, mas, dificilmente da pessoa que eles representam. Afinal, os melhores professores ensinam as lições da própria vida.

Se um educador revela personalidade estável, ajustando-se e enfrentando ponderadamente os problemas da vida, se sempre combina os ensinamentos de Cristo aos seus melhores conhecimentos e habilidades, por certo conduzirá seus alunos ao âmago de suas próprias experiências. O ensino realmente ocorre quando os alunos conservam na memória as lições vividas por seus competentes mestres.

Marcos Tuler é pastor, pedagogo, escritor, conferencista e Reitor da FAECAD (Faculdade de Ciência e Tecnologia da CGADB)

Contatos
marcos.tuler@cpad.com.br
www.marcostuler.com.br
www.prmarcostuler.blogspot.com.br





LIÇÃO 4 | Como Enfrentar Oposição à Obra de Deus

Pb. José Roberto A. Barbosa

Twitter: @subsidioEBD


Texto áureo: Ne. 4.9 - Leitura Bíblica: Ne. 4.1-9


Objetivo: Refletir com os alunos sobre como devemos lidar diante daqueles que se opõem à obra de Deus.


INTRODUÇÃO

A obra de Deus sempre enfrentará oposição, pois não são poucos os que a confundem com obra de homens. Na lição hoje estudaremos a respeito de como os crentes devem responder às ameaças daqueles que desejam o fracasso do trabalho. Nesta aula aprenderemos a identificar os inimigos e as suas estratégias, em seguida, destacaremos a necessidade de confiança em Deus diante das afrontas do inimigo, e por fim, demonstraremos que a melhor defesa contra os adversários está no desenvolvimento do trabalho do Senhor.



1. OPOSIÇÃO À OBRA DE DEUS
Existem muitos inimigos da obra de Deus, e não é fácil responder às ameaças dos adversários. A fim de paralisar o serviço, os opositores se unem, como fizeram Sambalá (norte), Tobias (leste) e Gesém (Ne. 2.19). No capítulo 4 de Neemias, outros inimigos são apresentados: os arábios (sul), os amonitas e os asdoditas (Ne. 4.7). Uma das razões pelas quais os inimigos não querem o progresso da obra de Deus é a inveja. Eles não medem esforços para atingir aqueles que trabalham para o Senhor. Sambalá, o líder dos adversários, ajunta o seu exército, incitando o povo contra o povo de Deus (Ne. 4.2). A estratégia do inimigo é a ridicularização, ele escarnece a fim de afetar a autoestima dos obreiros, chamando-os de fracos (Ne. 4.3). O inimigo não quer que acreditemos no potencial de Deus em nós para fazer o trabalho. Se deixarmos de crer que Deus está conosco, e que nos capacitará para a obra, o inimigo terá êxito e vencerá a batalha, pois aquele que pensa que é incapaz já perdeu a luta. Para tanto, os inimigos tentaram se infiltrar no meio do povo de Deus a fim de causarem confusão (Ne. 4.8). Essa estratégia do inimigo visa desintegrar a identidade, não por acaso, muitos movimentos que nada têm de doutrina bíblica se apresentam como evangélicos, a fim de fazer com que as pessoas deixem de identificar os que servem verdadeiramente a Deus dos que servem apenas a eles mesmos. Eles também atacam frontalmente os obreiros do Senhor, usam todos os recursos possíveis, para, se possível, destruir o povo de Deus. A mídia, nos dias atuais, tem desempenhado esse papel, os inimigos a utilizam em larga escala para denegrir a imagem dos evangélicos. Os pseudoevangélicos também contribuem para a descaracterização daqueles que seguem o evangelho de Cristo.

2. A CONFIANÇA NO DEUS DA OBRA
Mas essa não é obra de homens, mas de Deus, pois Ele mesmo nos comissionou para que a desempenhassemos (Mt. Mc. 16.15; Mt. 28.19,20). Por essa razão, devemos, a todo instante, confiar em Sua Palavra, e demonstrarmos nossa confiança nEle através da oração. Neemias ora a Deus, pois o servo do Senhor está consciente de a quem está servindo (Ne. 4.4-9). A oração de Neemias é urgente, ele não deixa para depois, sabe do perigo e do risco que a obra corre, por isso, lança-se aos pés do Senhor. É também uma oração franca, pois ele abre o seu coração, destacando como o povo, e ele mesmo, se sente diante da ridicularização dos inimigos. As palavras de Neemias na oração são fervorosas, ele demonstra paixão pelo Deus a quem serve. Mas não apenas Neemias orou, todos os obreiros foram conduzidos à oração, e diante da afronta do inimigo, eles oraram e também se prepararam para o caso de precisarem entrar em peleja (Ne. 4.9). A oração continua sendo uma demonstração de confiança em Deus nos dias modernos. Estamos diante de uma geração que esqueceu o real valor da oração, as facilidades tecnológicas e científicas instigam à autoconfiança. Muitos cristãos praticamente deixaram de buscar ao Senhor em oração, preferem tão somente agir, mas é preciso orar antes, durante e depois da ação, em todo tempo e lugar (Mt. 26.41; Ef. 6.18; I Ts. 5.17; I Tm. 2.8). A oração e a leitura da Bíblia resultam em coragem e disposição para enfrentar os boatos espalhados pelos inimigos (Ne. 4.12), aqueles que confiam em Deus e se dispõem a orar não se deixam tomar pelo desânimo causado pelos opositores (Ne. 4.10). As palavras de encorajamento do líder também fazem toda a diferença, Neemias disse ao povo que não temesse, que se lembrasse do Senhor e que lutasse pelas suas famílias. Os cristãos estão envolvidos em uma batalha espiritual, mas nossa luta não é contra a carne e o sangue, mas contra as potestades do ar. As armas das nossas milícias são poderosas em Deus para a destruição das fortalezas do Inimigo (II Co. 10.4). Portanto, façamos uso de toda a armadura de Deus, para que possamos estar firmes contra as ciladas do Diabo (Ef. 6.10,11).

3. DESENVOLVENDO A OBRA DO SENHOR
Ao invés de dar ouvidos às palavras do Inimigo, devemos nos voltar para o Senhor, e fazer a parte que nos compete na obra (Ne. 4.15). Se ficarmos paralizados, refletindo sobre as afrontas do inimigo, não conseguiremos progredir, por isso, mantenhamos as mãos ocupadas, trabalhando para o Senhor, e em constante vigilância, com os olhos bem abertos (Ne. 4.16-18). Os ouvidos também devam estar atentos ao caso de algum chamado urgente, isso aponta para a necessidade de identificar os diferentes toques do Inimigo, principalmente a liderança deve ser capaz de reconhecer a voz do Adversário, para não se deixar levar pelas suas estratégias (Ne. 4.18; Cl. 2.4,8). Em resposta à fragmentação que o inimigo tenta impor ao povo de Deus, devemos permanecer juntos uns dos outros, em unidade (Ne. 4.19; At. 2.47,48). O convívio da igreja é um antídoto contra o individualismo que campeia na sociedade moderna. As pessoas estão cada vez mais isoladas, mesmo as igrejas não estão imunes a essa realidade. As grandes igrejas padecem desse mal, pois os membros não conseguem construir relacionamentos, apenas contatos esporádicos. O envolvimento social, desenvolvido por Neemias no capítulo 5, é uma demonstração de integração do povo de Deus e de compromisso com as questões sociais. Não podemos nos deixar controlar pelo capitalismo selvagem que objetifica as pessoas, sacrificando-as ao deus mercado. Na crise os ricos se aproveitam para tirar vantagem e explorarem os mais pobres (Ne. 5.5). A solidariedade, ao invés da ganância, deva ser a moeda mais forte, a situação dos que passam por privação precisa ser uma preocupação constante (Ne. 5.1,2). As pessoas endividadas devam ter a oportunidade de sairem de tal condição, caso contrário estarão para sempre debaixo do jugo da opressão, em desequilíbrio tanto moral quanto espiritual (Ne. 5.3). Os impostos devam ser usados para investir nas necessidades básicas da sociedade, não para o enriquecimento ilícito de uma minoria (Ne. 5.4). A liderança cristã deva ter cuidado para não se tornar presa e serem cúmplice de esquemas corruptos que defraudam o dinheiro dos pobres (Ne. 5.15,16). O interesse pelo desenvolvimento do público sobre o privado é uma das principais marcas do líder compromissado com Deus (Ne. 5.14, 18), seu objetivo maior não é o de tirar vantagem, muito menos de viver em ostentação, mas o de permanecer íntegro e ver o bem de todos (Ne. 5.14).

CONCLUSÃO
A obra de Deus sempre enfrentou oposição, e nós, enquanto Igreja do Senhor Jesus, não estamos imunes às afrontas do Inimigo. Passaremos tanto por oposição externa quanto interna, mas precisamos estar vigilantessermos, fundamentados na Palavra de Deus, e em oração, para não sermos prisioneiros das armadilhas do Diabo. Se confiarmos no Senhor seremos capazes de vencer, a ninguém temeremos senão ao Deus que segue adiante na batalha (Ne. 5.15; Pv. 1.7). As portas do inferno não prevalecerão contra a Igreja do Deus Vivo (Mt. 16.18), e isso é motivo para demonstrar compaixão pelo povo (Ne. 5.18), não agurdando recompensa de homens, mas a que vem de Deus (Ne. 5.19; II Tm. 4.8).

BIBLIOGRAFIA
LOPES, H. D. Neemias. São Paulo: Hagnos, 2006.
PACKER, J. I. Neemias: paixão pela fidelidade. Rio de Janeiro: CPAD, 2011.
Publicado no blog Subsidio EBD



SUBSÍDIO PARA A LIÇÃO BÍBLICA DO III TRIMESTRE
Texto I
Neemias – O Homem por trás da Muralha
por Dorothy D. Resig (tradução de Thiago Nascimento dos Santos)

Poucas pessoas estão familiarizadas ou conhecem o personagem bíblico Neemias, que foi um grande instrumento de Deus na reconstrução e restauração de Jerusalém no século 5 a.C. durante o período de exílio dos judeus na Babilônia. Apesar de não haver consenso em relação à cronologia dos livros de Esdras e Neemias (As datas bíblicas não são exatas), o retorno de Neemias à Jerusalém provavelmente começou com a ação de Esdras. Ambos trabalharam juntos para restaurar a cidade e orar a Deus para que o povo de Israel se voltasse novamente para adorar somente a Deus.
Neemias foi um grande oficial da corte do Império Persa, governado pelo rei Artaxerxes I, na capital da cidade de Susã, que estava localizada a 250 quilômetros a oeste do rio Tigre, onde hoje é o atual Irã. Neemias serviu como copeiro do rei (Ne 1, 1), que evidentemente o colocou em uma posição de prestígio para que pudesse ser porta-voz e atender a favores feitos pelo rei. Depois de ouvir a triste notícia do estado de calamidade em Judá, Neemias pediu a permissão do rei para retornar a Jerusalém e reconstruir a cidade e todas as suas fortificações. Ele enviou cartas para o rei, a fim de garantir uma passagem segura pelo território e obter madeira de floresta para os portões e muros de Jerusalém.
Neemias retornou à Jerusalém en 445 a.C. como um governador pr ovincial de Judá. Ele ainda teve de enfrentar grandes embates como a bem conhecida jornada noturna ao redor das muralhas (Ne 2, 2-15). Ele pediu ajuda do povo para que pudessesm consertar o que havia sido destruído no muro. Ainda alertou ao povo e aos soldados para que se organizassem, visando defender a região contra os constantes ataques daqueles que se opusessem ao esforço dos israelitas. Entre esses povos, havia os exércitos de Samaria, os Amonitas e os homens de Asdode.      
            O livro de Neemias normalmente é lido junto com o livro e Esdras, como se fossem um livro só (o cânone judaico tem os dois livros em um só volume). Os capítulos de 8 a 10 do livro de Neemias incluem os capítulos de 7 a 10 de Esdras; e os capítulos 1 a 7 e 11 a 13 daquele são uma parte separada que os estudiosos chamam de “Memórias de Neemias”, pois nele há detalhes da vida de Neemias, sua administração na província e também é escrito em primeira pessoa. 


Texto II -  A Construção da Igreja

       A igreja é um núcleo não de encontro, de conversas alheias, entre outros assuntos. Todavia, a igreja se caracteriza como o local onde aprendemos mais a respeito de Deus e de Sua instrução para as nossas vidas (Sl 27, 1). Além disso, sabemos que na igreja preza-se pela UNIDADE, pela COMUNHÃO, pelo AMOR, pelo RESPEITO, entre outros atributos que caracterizam o Reino de Deus, do qual também todo cristão é participante.

          J. I. Packer (2010, p. 11) afirma que “o eclesiocentrismo do próprio Cristo manifestou-se claramente na primeira ocasião em que o vemos usando a palavra ‘Igreja’. Foi num ponto decisivo de seu ministério, quando Pedro, como porta-voz dos discípulos, respondeu a indagação de Jesus, ‘Quem dizeis que eu sou?’, declarando: ‘Tu és o Cristo’, O Rei enviado e ungido de Deu, o verdadeiro centro da história do mundo. A resposta dada por Jesus (Mt 16, 15 18), é um declaração de sua pessoa, de quem Ele é, de que a Igreja pertence a Ele e sobre todas as manifestações do mal, certamente, a Igreja de Cristo, se estiver em constante preparação, não será derrotada, pois Cristo nos faz enxergar isso.
          Diante disso, e se retornamos à história de Neemias, podemos perceber que ele foi um líder que teve essas características: motivou o povo a reconstruir o templo e as muralhas de Jerusalém, restaurou as fortificações da região e, mesmo tendo sido um tempo de desobediência a Deus, em que o povo hebreu desviava-se rapidamente de Deus, ele obteve sucesso como grande líder de Israel naquele tempo. A desobediência foi um motivo para que os inimigos invadissem sua nação, destruíssem suas bases espirituais e morais, além de promover uma grande desordem. Contudo, devemos sempre lembrar que o Senhor nos conclama a nos espelharmos na vida, no exemplo e no testemunho dos pioneiros, daqueles que foram levantados por Deus para liderar e conduzir novamente o povo a Deus.  

Referências
PACKER, J. I. Neemias – Paixão pela Fidelidade. Rio de Janeiro: CPAD, 2010.
RENOVATO, Elinaldo. Neemias – Integridade e Coragem em tempos de crise. Rio de Janeiro: CPAD, 20

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Lição 3 - Aprendendo com as Portas de Jerusalém

Pb. José Roberto A. Barbosa
Twitter: @subsidioEBD

Objetivo: Mostrar aos alunos que as crises, apesar do seu desconforto, sempre nos abre grandes e oportunas portas, principalmente quando dispomos de cooperadores comprometidos com o Reino de Deus.

INTRODUÇÃO
Na lição de hoje estudaremos a respeito das portas de Jerusalém, fazendo algumas aplicações a respeito de cada uma delas. Em seguida, abordaremos particularidades do ministério de Neemias, ressaltando o segredo do seu sucesso, que não dependia dele mesmo, mas de Deus. Ao final, meditaremos a respeito das características dos cooperadores da obra do Senhor.

1. AS PORTAS DE JERUSALÉM
As portas de Jerusalém tinham um significado especial, elas estavam associadas ao julgamento. Os juizes davam o veredicto às causas do povo a partir das portas. Por esse motivo, Neemias teve a iniciativa de priorizá-las na recondução do serviço do Senhor. As portas precisavam ser reedificadas, e o sumo-sacerdote Eliasibe, como símbolo da restauração espiritual, deveria orientar os trabalhos. Nenhuma reconstrução se sustenta na sociedade a menos que Deus assuma o primeiro lugar. O sumo-sacerdote reedificou a Porta das Ovelhas (Nm. 3.1) que se situava na entrada mais oriental do lado norte das muralhas de Jerusalém (Ne. 12.39; Jô. 5.2). Nessa porta as ovelhas eram lavadas antes de serem conduzidas ao templo para o sacrifício. Ela aponta para o sacrifício ao Senhor, que não deva ser apresentado de qualquer jeito, mas com corações puros (Mt. 5.8). Aos filhos de Hessaná coube a reforma da Porta do Peixe (Ne. 3.3), provavelmente por ser aquele o lugar onde os peixes eram comercializados. Devemos lembrar, a esse respeito, que somos “pescadores de homens” (Mt. 4.19; 13.47,48). O cristianismo era simbolizado, pelos primeiros crentes, através da figura de um peixe, isso porque a palavra grega para peixe é ICHTHUS, formando o acrônimo Iesus Christus Theou Huios Soter, que quer dizer: Jesus Cristo Filho de Deus Salvador. A Porta Velha (Ne. 3.6), localizada na parte mais antiga da cidade, também foi restaurada, essa pode representar os fundamentos da fé, a doutrina bíblica que não pode ser substituída pelos modismos (I Tm. 3.14; I Jo. 2.24). A Porta do Vale (Ne. 3.13) foi reparada por Hanun e os moradores de Zenoa, e, a respeito dessa, é possível aplicar que a vida cristã está repleta de altos e baixos, montanhas e vales (Dt. 11.11). Com o Senhor, isto é, nas situações adversas, os vales se enchem de trigo (Sl. 65.13). A Porta do Monturo (Ne. 3.14) também foi restaurada. Essa porta recebeu esse nome por causa do lixo da cidade que era levado por meio dela para o vale de Hinom, a fim de ser queimado. Na vida do cristão essa porta precisa estar aberta para que todos os dejetos que o distanciam da presença do Senhor sejam retirados (Mt. 5.30). Se deixarmos de salgar e iluminar o mundo, para nada mais prestaremos, senão para sermos lançados fora e pisados pelos homens (Mt. 5.13). Salum, filho de Col-Hozé, reparou a Porta da Fonte (Ne. 3.15), que ficava situada próximo ao Tanque de Siloé. Jesus é a fonte que jorra para a vida eterna (Jo. 4.14). Não são poucos os que se distanciam dessa fonte, preferem ir após cisternas rotas (Jr. 2.13). Depois Malquias restaurou a Porta da Guarda, localizada na seção nordeste de Jerusalém, adjacente ao Templo. Como cristãos, devemos lembrar de guardar os mandamentos de Jesus (Jô. 14.15), pois a Palavra de Deus é lâmpada para os nossos caminhos, devemos guardá-la no coração para não pecar contra o Senhor (Sl. 119.11).

2. O SUCESSO SEGUNDO DEUS
O capítulo 3 de Neemias favorece também a meditação a respeito do sucesso. Não o sucesso conforme apregoam os adeptos da auto-ajuda, pois o sucesso verdadeiro é aquele que vem de Deus. Para que tenhamos êxito na obra do Senhor, precisamos: 1) não nos conformarmos com o caos, ao invés de tão somente lamentarmos, devemos fazer alguma coisa para mudar a realidade; 2) saber escolher as pessoas certas para fazerem obras específicas (Ne. 3.2-15); 3) busque desempenhar as tarefas em integração com as pessoas, saiba trabalhar em equipe: e por fim, 4) não dispense as facilidades, Neemias não colocou empecilhos à realização da obra, antes aproveitou as pessoas que moravam nas localidades das portas (Ne. 3.13; 28-30). Em uma sociedade patriarcal como a de Israel, Neemias não dispensou o trabalho das mulheres. Elas desempenharam papel fundamental na reconstrução da obra de Deus sob a direção de Neemias. A Bíblia está repleta de exemplos de mulheres que foram usadas pelo Senhor: Miriam, Débora, Ester, Maria, entre outras. No tempo de Jesus, como ainda acontece nos dias atuais, as mulheres foram as principais mantenedoras do Reino de Deus (Lc. 8.2,3). A Bíblia destaca o ministério de Dorcas, uma mulher generosa, envolvida em obras caridosas (At. 9.36,39). A Samaritana foi um baluarte no trabalho missionário, ao conduzir muitos a Cristo através do seu testemunho (Jo. 4.28-30). Paulo, injustamente acusado de machista, agradeceu a Deus pelo ministério das mulheres na igreja do Senhor (Rm. 16.1,12; Fp. 4.13). No ministério do ensino, Priscila, geralmente citada antes do marido, Áquila, ministrou a Palavra com ousadia, reafirmando a fé de muitos crentes (Rm. 16.3). Para obter sucesso na realização da obra do Senhor não podemos dispensar força, principalmente a motivação dos irmãos, ainda que essa precise ser supervisionada. As pessoas devam ser tratadas pelo nome, o reconhecimento é parte fundamental, o texto de Neemias 3 cita nominalmente as pessoas que atuaram na reconstrução. Não apenas as grandes realizações devam ser apreciadas, mas também as pequenas, tanto os moradores de Zanoa, que repararam uma porta e mais de 500 metros de muro foram citados quanto Malquias que edificou apenas uma porta. Por fim, é necessário dar instruções claras, a comunicação é imprescindível na execução da obra de Deus, bem como atribuir tarefas, determinando, antecipadamente, as atribuições das autoridades delegadas (Ne. 3.13,17).

3. OS COOPERADORES DA OBRA
Os cooperadores da construção assumiram lugares específicos e determinados para atuarem. Isso revela o senso de organização e planejamento de Neemias. A Porta das Ovelhas foi a primeira, e teve um sumo-sacerdote a frente em razão da sua prioridade. Com essa escolha Neemias também demonstrou a necessidade da pessoa certa ocupar a posição apropriada. Os construtores não trabalharam desordenamente, uns distanciados dos outros, cada um não fazia o que bem entendia. Havia uma unidade da parcialidade, isto é, cada um fazia a sua parte, a fim de chegar a uma totalidade. A individualidade de cada um deles também foi respeitada. Os cooperadores da obra de Deus não são diferentes, eles (e elas) têm personalidades e características distintas. Deus não tem problema de trabalhar com a diversidade, na verdade, Ele foi o Criador da diferença. Há líderes que não têm essas mesmas características, querem que todos trabalhem do mesmo jeito. É comum, no movimento neopentecostal (ou pseudopentecostal) a imitação dos líderes. Não da fé e exemplo espiritual, como Paulo ordenou a ser imitadores de Cristo, mas dos trejeitos, modo de se vestir, entre outras características de menor relevância (I Co. 11.1). Os cooperadores da obra não eram pessoas interesseiras, não estavam edificando a cidade porque quisessem tirar algum proveito pessoal. Pelo que inferimos do texto de Neemias 3, se tratavam de pessoas das diversas regiões de Judá, mas que não mediram esforços, sacrificaram seus interesses pessoais a fim de reconstruírem a cidade. Em muitos arraiais evangélicos as pessoas somente se envolvem no trabalho se tiverem algum retorno: financeiro ou a consagração para algum cargo na hierarquia eclesiástica. Mas como acontece com todo trabalho, havia também os orgulhosos, aqueles que não queriam se envolver, que achavam ser um demérito fazerem a obra do Senhor. Em Ne. 3.5 está escrito que os nobres não se sujeitaram ao serviço do Senhor. Sempre existirão, na obra de Deus, aqueles que se acham importantes demais para determinadas atribuições. Os pastores “nobres” não querem mais ministrar para poucas ovelhas. Eles amam as multidões, principalmente os holofotes, adoram serem vistos pelos homens. Mas louvamos a Deus pelos obreiros compromissados com a obra, os quais, a exemplo de Paulo, estão integrados, que servem ao Senhor “com toda a humildade, e com muitas lágrimas e tentações” (At. 20.19), que nada esperam “senão prisões e tribulações” (At. 20.23), que não têm suas vidas por preciosa (At. 20.24), que são constituídos pelo Espírito Santo para apascentar o rebanho, não deles mesmos, mas “de Deus”, comprado com o sangue de Cristo (At. 20.28).

CONCLUSÃO
A obra de Deus carece de ceifeiros, o Senhor Jesus constatou que “A seara é realmente grande, mas poucos os ceifeiros” (Mt. 9.37). E acrescentou: “Rogai, pois, ao Senhor da seara, que mande ceifeiros para a sua seara” (v. 38). Deus espera que oremos por obreiros comprometidos com a edificação do Seu Reino, mais que isso, que sejamos esses cooperadores. No meio evangélico, muitas portas estão derrubadas, algumas delas, como nos tempos de Neemias, foram queimadas a fogo. Devemos orar a Deus para que envie obreiros e para que também sejamos obreiros e obreiras que respondam às exigências do Reino, que estejamos dispostos a sacrificar nossos interesses pessoais em prol da realização de coisas grande e pequenas para Deus.

BIBLIOGRAFIA
LOPES, H. D. Neemias. São Paulo: Hagnos, 2006.
TUNNERMANN, R. As reformas de Neemias. São Leopoldo: Sinodal, 2001.

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Lição 01: Quando a Crise Mostra a sua Face

Professoras e professores, para esta lição e panorâmica do trimestre, apresento as seguintes sugestões:

1 - Iniciem a aula, cumprimentando os alunos, perguntem como passaram a semana, apresentem os visitantes e observem quem são os alunos faltosos e procurem, posteriormente, entrar em contato com eles.

2 - Falem que antes de iniciar o estudo da lição 01, é necessário fazer uma panorâmica do trimestre, para isto apresento as indicações abaixo, que deverá ser realizada de forma objetiva:
- Apresentem o tema: Neemias – Integridade e coragem em tempos de crise.
- Perguntem: O que a figura da capa da revista tem a ver com o tema?
Espera-se que os alunos falem sobre a reconstrução dos muros de Jerusalém.
- Falem sobre o comentarista: Pastor Elinaldo Renovato de Lima. Na “Interação” da lição 01, vocês encontram informações sobre ele. Seria interessante, também mostrar uma foto do Pastor Elinaldo.
- Apresentem as 13 lições, lendo o título de cada uma, de forma alternada: vocês iniciam e os alunos falam a seguinte.

3 – Agora, comecem o estudo da lição 01: Quando a Crise Mostra a sua Face.
- Façam um breve “caminhar” pelo livro que servirá de fonte de consulta, então solicitem que os alunos abram a Bíblia. Vocês devem apresentar as partes principais do livro de Neemias por bloco de capítulos. Ao final, estimulem os alunos para que leiam este livro, durante estes primeiros 13 dias do trimestre.
- Façam uma linha do tempo, com uma breve retrospectiva histórica dos fatos que levaram o povo de Israel à crise que estavam vivenciando.
Para isto, utilizem um quadro ou cartolina. Façam uma linha, coloquem as datas principais e à medida que forem narrados os acontecimentos, vocês pregam os fatos já digitados(veja o item I da lição).
- Quando vocês estiveram trabalhando sobre o item II da lição, isto é, sobre a biografia de Neemias e falarem sobre o significado do nome desse personagem bíblico, sugiro que vocês façam uma surpresa para os alunos, entregando para eles um papel ou cartolina colorida, contendo o significado do nome deles, por exemplo:
Sulamita
Que possui a perfeição
A preferida de Salomão

Para isto, é importante que vocês saibam os nomes dos alunos e procurem com antecedência em sites de pesquisa o significado de cada nome.

- Ao término do item III e para finalizar a aula, utilizem a dinâmica “Líder em oração”.


Observação: Divulguem para os colegas professores do Discipulado I e II que eles também podem encontrar orientações para estas lições no Blog Atitude de Aprendiz.

Tenham uma excelente e produtiva aula!

Dinâmica: Líder em Oração


Objetivo: Refletir sobre a importância da oração intercessória realizada pelo líder.

Material:
¼ da folha de papel ofício e caneta para cada aluno.
01 caixa, uma sacola ou um envelope.

Procedimento:
- Distribuam ¼ da folha de papel ofício para cada aluno e solicitem que escrevam de um lado do papel um motivo de oração pessoal e do outro lado uma necessidade de oração coletiva.
- Peçam para que os alunos coloquem os pedidos de oração na caixa, sacola ou envelope.
- Leiam:
“Admoesto-te pois, antes de tudo, que se façam deprecações, orações, intercessões e ações de graças por todos os homens”.  I Tm 2. 1
 “Rogo-vos irmãos, por nosso Senhor Jesus Cristo e pelo amor do Espírito, que combatais comigo nas vossas orações por mim a Deus”. Rm 15.30.
“E sucedeu que, ouvindo eu essas palavras, assentei-me, e chorei, e lamentei por alguns dias; e estive jejuando e orando perante o Deus dos céus”. Ne 1.4         
“Ah! Senhor, estejam pois. Atentos os teus ouvidos à oração do teu servo...” Ne 1. 11
- Em seguida, façam uma oração intercessória por seus alunos e afirmem que continuarão orando por eles.

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LIÇÃO 01 - QUANDO A CRISE MOSTRA A SUA FACE


INTRODUÇÃO
O tema da lição deste último trimestre do ano é: Neemias, integridade e coragem em tempos de crise, onde estudaremos sobre a biografia desse grande líder do Antigo Testamento, bem como a sua difícil tarefa de liderar a restauração dos muros de Jerusalém e a promover um grande avivamento espiritual em Israel. Sem dúvidas, o estudo das treze lições sobre a vida e obra de Neemias nos ensinarão grandes lições, não só espirituais, mas também de liderança, planejamento e administração. Na lição 1 estudaremos mais especificamente sobre a biografia de Neemias e o contexto social e espiritual em que ele viveu.

I - QUEM ERA NEEMIAS
Seu nome significa “Yahweh consola”. Ele era filho de Hacalias (Ne 1.1), tinha um irmão por nome Hanani (Ne 7.2) e foi copeiro do rei Artaxerxes no período persa (Ne 2.1). Neemias é um excelente modelo de liderança. Um homem cheio de compaixão (Ne 1.1-4), sabedoria (Ne 2.4), coragem (Ne 2.5), fé (Ne 2.20), e possuidor de ricos dons de liderança e organização (Ne 2.7-9; 11-17). Porém, devemos entender que ele executou tarefas que pareciam impossíveis, não apenas por causa dos seus dons naturais, mas, acima de tudo, por que era um homem de profunda comunhão com Deus (Ne 1.4-11; 2.4; 4.4,9; 5.19; 6.9,14; 13.14,22,29,31).
II - O CONTEXTO HISTÓRICO E SOCIAL DE NEEMIAS
2.1. Contexto Histórico de Neemias. Em 606 a.C. Nabucodonosor rei de Babilônia levou cativo os judeus para a Babilônia. O cativeiro durou 70 anos (de 606 a 536 a.C.). Mas, em 536 a.C, a Pérsia subjugou Babilônia, e Ciro, o primeiro governante persa, proclamou a restauração de Jerusalém e o retorno dos judeus, que voltaram à Jerusalém em três levas:
  • A primeira ocorreu em 536 a.C., sob a liderança de Zorobabel, quando se deu início à construção do templo de Jerusalém em 535 a.C. (Ed 2.1-70).
  • A segunda ocorreu em 457, sob a liderança de Esdras, que veio da Pérsia com a missão principal de embelezar o templo (Ed cap. 7,8).
  • A terceira ocorreu por volta de 445, sob a liderança de Neemias, para reconstruir os muros de Jerusalém (Ne cap 1,2).
2.2. Contexto Social de Neemias. Por volta de 444 a.C. Neemias tomou conhecimento por intermédio de Hanani, seu irmão, e outros judeus que vieram de Judá, acerca da situação que se encontrava os judeus repatriados, bem como a cidade de Jerusalém: “Os restantes, que ficaram do cativeiro, lá na província estão em grande miséria e desprezo; e o muro de Jerusalém fendido e as suas portas queimadas a fogo” (Ne 1.3). Apesar de estar em uma situação bastante confortável, pois, como copeiro do rei ele dispunha de segurança, boa alimentação e conforto, Neemias se dispõe a ir à Jerusalém para reedificar os muros da cidade (Ne 2.1-5).
III - NEEMIAS, UM HOMEM CHAMADO POR DEUS EM UM MOMENTO DE CRISE
Apesar de não encontrarmos nas páginas da Bíblia um chamado específico para Neemias, tal qual ocorreu com Abraão (Gn 12.1-3), Moisés (Ex 3.1-10), Gideão (Jz 6.11-23) Jeremias (Jr 1.1-9) e outros; não há como duvidar que ele foi chamado por Deus para aquela tarefa (Ne 2.12). Foi por esta razão que ele se dispôs a ir reedificar Jerusalém. Sua missão não se restringiu apenas a restaurar os muros de Jerusalém, mas também, promover um grande avivamento na nação. Sua vida e missão nos ensina como vencer e superar os momentos de crise. Vejamos:
3.1 Neemias orou a Deus. Ao saber de Hanani a situação de Jerusalém, bem como dos demais judeus, Neemias pôs-se a buscar ao Senhor em oração (Ne 1.4-11). Em sua oração, Neemias adorou a Deus e lembrou-se de Sua benignidade (Ne 1.5); confessou seus pecados, bem como os da nação (Ne 1.6,7); fez menção às promessas divinas (Ne 1.8,10); e pediu ao Senhor que atendesse a sua oração, lhe fizesse prosperar e lhe desse graça perante o rei (Ne 1.11). É através da oração que podemos superar toda e qualquer crise. Foi isto que fez Abraão (Gn 20.17), Isaque (Gn 25.21), o rei Josafá (II Cr 20.5-12), Paulo e Silas (At 16.25) e outros. O salmista Asafe disse:“Invoca-me no dia da angústia; eu te livrarei , e tu me glorificarás”(Sl 50.15).
3.2 Neemias jejuou. O jejum é uma abstinência parcial ou total de alimentos, por um determinado período e propósito específico. O jejum bíblico não deve ser visto como penitência, e sim, como um sacrifício agradável a Deus. A Bíblia registra diversos exemplos de pessoas que jejuaram em situações específicas, como ocorreu nos dias de Samuel (I Sm 7.6), Esdras (Ed 8.21,23), Ester (Et 4.16), Daniel (Dn 9.3) e outros.
3.3 Neemias confiou em Deus. Neemias era um homem de uma fé inabalável. Ele não temeu, mesmo em meio aos perigos e ameaças dos inimigos e encorajou a outros a confiar em Deus. Certa ocasião ele disse: “O Deus dos céus é o que nos fará prosperar” (Ne 2.20); e, em outra ocasião disse aos magistrados e ao resto do povo:“Não os temais; lembrai-vos do Senhor, grande e terrível…” (Ne 4.14).
3.4 Neemias prontificou-se a ir à Jerusalém. Quando o rei Artaxerxes percebeu o semblante triste de Neemias, perguntou-lhe a razão de sua tristeza. E, quando Neemias relatou ao rei o motivo pelo qual estava triste, o rei perguntou-lhe: Que me pedes agora? Ele orou a Deus e disse ao rei: “Se é do agrado do rei, e se o teu servo é aceito em tua presença, peço-te que me envies a Judá, à cidade dos sepulcros de meus pais, para que eu a reedifique” (Ne 2.1-5)Neemias nos ensina que em meio à crise, não basta orar. É preciso agir!
IV - BREVE RESUMO DOS EVENTOS QUE OCORRERAM NOS DIAS DE NEEMIAS
Neemias pediu ao rei Artaxerxes cartas para os governadores que estavam além do rio para que eles lhe permitisse passar, bem como madeira para utilizar na reconstrução (Ne 1.7,8) e seguiu sua viagem com destino a Jerusalém. Destacamos alguns eventos importantes:
4.1. Ao chegar em Jerusalém Neemias não informou a ninguém o motivo de sua ida, e saiu à noite para ver como estavam os muros e as portas de Jerusalém (Ne 2.2.11-16).
4.2. Depois de ver a condição dos muros de Jerusalém, Neemias convocou o povo para a reconstrução (Ne 2.17,18). E, apesar das oposições que enfrentou, principalmente por causa dos inimigos (Ne 2.19; 4.1-4; 6.1-3), os muros foram erguidos em cinquenta e dois dias (Ne 6.15).
4.3. Além das reformas e reconstruções, Neemias conduziu o povo a um genuíno avivamento, através da leitura da Lei (Ne 8.1-8), arrependimento e confissão de pecados (Ne 9.1-38) e estabelecimento do culto ao Senhor (Ne 8.18).
CONCLUSÃO
A Bíblia descreve diversas crises vivenciadas pelo povo de Deus, tanto no Antigo como no Novo Testamento. Aprendemos com Neemias que a melhor maneira de enfrentar a crise é recorrer a Deus com jejum, oração, fé e disposição para servi-Lo. Estes foram os meios que Neemias se utilizou para superar a crise e, sua experiência foi registrada nas páginas da Bíblia para servir de exemplo para todos nós.
REFERÊNCIAS
  • Bíblia de Estudo Pentecostal. C.P.A.D.
  • Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal. C.P.A.D.
  • O Antigo Testamento Interpretado versículo por Versículo. R.N. Champlin. HAGNOS.
  • Conheça melhor o Antigo Testamento. Stanley Ellissen. VIDA.
Publicado no site da Rede Brasil de Comunicação